QUALIDADE DE VIDA

Irradiação de Alimentos, um perigo a sáude ou não?

irradiao_topo18/09/2012, por Tônia Amanda Paz dos Santos - O Ministério da Agricultura, através da Instrução Normativa nº 9, publicada em fevereiro deste ano, reconheceu o uso da radiação ionizante como tratamento fitossanitário, isto é, na prevenção da  introdução ou disseminação de pragas quarentenárias¹. Com isso,  o Brasil passa a ter mais chances de expandir as exportações de frutas para os mercados mais exigentes. A irradiação de alimentos – como é conhecida essa técnica – consiste na exposição de alimentos, já embalados ou a granel, a uma quantidade controlada de radiação ionizante², por um tempo determinado e com objetivos bem definidos.

A irradiação auxilia no retardamento da deterioração do alimento, uma vez inibe a multiplicação de microrganismos que atuam sobre eles, como bactérias e fungos, alterando sua estrutura molecular. Além disso, contribui para desacelerar a maturação e envelhecimento de algumas frutas e legumes, através da modificação do processo fisiológico dos tecidos da planta, aumentando sua vida útil.


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Os efeitos causados nos alimentos irão depender do tipo de alimento que recebe o tratamento  e da dose de irradiação que está sendo aplicada. Dentre esses efeitos, podemos citar:

Inibição de brotamentos;

Retardo na maturação;

Redução da carga microbiana;

Eliminação de microorganismos patogênicos;

Esterilização;

Desinfecção de grãos, cereais, frutas e especiarias.

Outra grande vantagem desta tecnologia é que ela é limpa, isto é, não deixa qualquer tipo de resíduos no alimento. Como as doses médias aplicadas são baixas, não há risco de contaminar o consumidor ou o ambiente. Além disso, as propriedades físicas, químicas, nutritivas e sensoriais do alimento conseguem ser preservadas.

O que pode inibir o uso comercial da radiação em alimentos é o alto custo dessa tecnologia. Além do mais, pode haver certa resistência do consumidor em adquirir esses alimentos. Mas, ao contrário do que muitos podem pensar, a irradiação não os torna radioativos.

No Estado de São Paulo as empresas EMBRARAD (Empresa  Brasileira de Radiações) e a CBE (Companhia Brasileira de Esterilização) já se especializaram na área de irradiação de alimentos e outros materiais, o que pode beneficiar o produtor e a indústria que não podem ter o próprio irradiador.

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A seguir, um quadro que demonstra a eficácia da radiação ionizante em prolongar o tempo de vida útil dos alimentos.


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FONTE: LIARE –  Laboratório de Irradiação de Alimentos e Radioentomologia -CENA/USP

Curiosidades:

1. A edição de setembro de 1955 da revista Life trazia uma reportagem sobre uma experiência com alimentos irradiados durante o pós-guerra. O título da matéria era: “Conscientious Eaters of Atomic Diet”, que pode ser trazudido como “Comedores Conscientes de uma Dieta Atômica”. A experiência consistia na participação voluntária de jovens, que, em substituição do serviço militar, fariam parte de um estudo para ajudar a descobrir os possíveis riscos que a ingestão de alimentos tratados com radiação poderia implicar.

O resultado do experimento, a longo prazo, seria importante para os militares, uma vez que, além de manter os alimentos próprios para o consumo por períodos mais longos, a técnica poderia contribuir para a saúde das tropas ao eliminar certas doenças transmitidas pelos alimentos.

De acordo com a metéria da Life, não foram observados efeitos nocivos nos primeiros exames realizados com os voluntários, uma vez que a dose de radiação nuclear utilizada nos alimentos era baixa. No entanto, não podemos deixar de observar que o experimento era arriscado. Na época, os efeitos da irradiação nuclear nos alimentos ainda não eram conhecidos. Como se isso não bastasse, cerca de dez anos antes (1945) havia acontecido a detonação das bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Coragem pouca é bobagem!

2. Nem todos os alimentos podem ser irradiados. O leite, por exemplo, adquire um sabor impalatável. Por isso, antes de se adotar essa técnica para conservar determinado alimento, são feitos diversos estudos de suas características.

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3. Campanhas em países que já utilizam  a técnica, como México e França, demonstraram que, quando esclarecidos, os consumidores passaram a preferir os produtos irradiados devido a sua melhor qualidade.

4. De acordo com a OMS, alimentos irradiados com doses de até 10KGy não necessitam de avaliação toxicológica ou nutricional. Os alimentos irradiados consumidos no mundo, normalmente, recebem muito menos do que essa dosagem, entre 1 e 2 KGy.

5. No Brasil, alguns condimentos e corantes utilizados na elaboração de alimentos industrializados recebem o tratamento com radiação. Pode-se verificar nas nas embalagens de alguns produtos, como Ruffles sabor churrasco da Elma Chips, a informação de que, conforme a lei, os condimentos presentes no produto foram tratados pelo processo de irradiação. Ou seja, a gente já consome esses produtos e nem se deu conta.

¹ Praga quarentenária é todo organismo de natureza animal e/ou vegetal, que estando presente em outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta. Tais organismos são geralmente exóticos para esse país ou região e podem ser transportados de um local para outro, auxiliados pelo homem e seus meios de transporte, através do trânsito de plantas, animais ou por frutos e sementes infestadas (Fonte:  Agência de Informação Embrapa).
² Radiação Ionizante é qualquer radiação que retira ou desloca elétrons dos átomos, produzindo íons (Fonte:Glossário – CNEN- Comissão Nacional de Energia Nuclear).


Mais um PERIGO à saúde: Cuidado com os alimentos tratados com IRRADIAÇÃO

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18/01/2013 - Por Marcos Paulo Goes. Conheça uma outra técnica aplicada aos alimentos que é ocultada pela mídia corporativista e também, pouco divulgada até pela "mídia alternativa", é extremamente fatal para a saúde humana...

Além das corporações produzirem alimentos geneticamente modificados e adicionarem diversos elementos terrivelmente nocivos à saúde, comece também a procurar pelos rótulos de alimentos a informação: "Alimento tratado com irradiação", ou coisa similar.

Segundo os utilizadores desta técnica, irradiação de alimentos é o processo de exposição de comida à radiação ionizante para destruir microrganismos, bactérias, vírus ou insetos que possam estar presentes nos alimentos. Eles também afirmam que os alimentos irradiados duram muito mais que os sem este tratamento.

Mas, na realidade, os alimentos irradiados têm causado milhares de problemas sérios de saúde em animais de laboratório (assim como em pessoas, nos poucos estudos realizados), incluindo morte prematura, danos genéticos, nascimentos sem vida e outros problemas reprodutivos, danos nos rins, câncer, tumores, sangramento interno, baixo peso ao nascer e carências nutricionais.

A irradiação pode levar à formação de Unique Radiolytic Products – URPS (Produtos Radiolíticos Únicos – PRUs) que são compostos químicos enigmáticos que ainda não foram adequadamente identificados ou estudados no que tange ao risco que representam para a saúde humana. Recentemente se descobriu que um desses produtos químicos, cahamdo 2-DCB, causa danos genéticos em ratos e em células humanas. Este produto químico é um subproduto da radiação do ácido palmítico, um tipo de gordura que, em tese, existe em todos os alimentos.

A irradiação leva à formação de radicais livres, e estes podem detonar reações em cadeia no corpo que destroem os antioxidantes, rompem as membranas celulares e o deixam mais suscetível ao câncer, diabetes, doenças cardíacas, danos no fígado, falência muscular e outros problemas sérios.

Irradiar carne bovina, de frango ou de outro animal, não contribui de nenhuma forma para a remoção das fezes, urina, pus, vômito e tumores que com freqüência ficam nelas, e ainda pode gerar formas mutantes de Entamoeba coli, Salmonella e outras bactérias nocivas, tornando-as mas difíceis de matar. A carne bovina irradiada custa 40% mais cara do que a não irradiada, além disto, a carne irradiada possui mais gordura.

A irradiação destrói vitaminas, nutrientes e ácidos graxos essenciais nos alimentos, além de levar à formação de carcinogênicos, mutagênicos conhecidos e suspeitos, incluindo benzeno, etanol, hexano, metiletilcetona e tolueno. Ela mata microorganismos benéficos que ajudam a evitar o botulismo, os organismos responsáveis na produção dos odores que indicam o mau estado de conservação dos alimentos.

No Brasil, serão construídos 24 usinas de irradiação com capacidade suficiente para irradiar vários bilhões de quilos de alimentos por ano. Todo este sistema já está em vigor e faz parte do Codex alimentárius que se iniciou dia 31 de Dezembro de 2009. A cada dia será pior.



Fonte: http://maesso.wordpress.com/2011/09/18/iradiacao-de-alimentos-ja-e-legal-no-brasil/
http://www.citizen.org/cmep/foodsafet...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irradia%C3%A7%C3%A3o_de_alimentos