TERAPIAS COMPLEMENTARES

Hipnoterapia

hipnose2A Hipnose é uma experiência psicológica que induz um indivíduo ao estado de inconsciência, ou transe, podendo ser feita individualmente (auto-hipnose) ou em grupo. A Transe é um estado natural que ocorre quando a atenção de uma pessoa está extremamente focada e livre de distrações. A atenção pode estar focada em algo interno, como um pensamento ou uma imagem, ou em algo externo, como um livro, um filme, etc. A hipnoterapia é uma psicoterapia que utiliza como ferramenta principal a técnica da hipnose. Esse tipo de tratamento vem ,,,

se destacando cada vez mais como um recurso muito importante na melhoria da qualidade de vida das pessoas, curando doenças e problemas existenciais. Alguns problemas que essa técnica pode tratar:

• fobias
• depressão
• síndrome do pânico
• obesidade
• disfunções sexuais
• estresse
• dificuldade de aprendizado
• distúrbios conjugais
• memória
• preparação para procedimentos médicos
• criatividade
• insônia

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O segredo da hipnoterapia é a utilização dos recursos do próprio paciente em seu benefício. É uma abordagem científica, que depende muito do grau de sensibilidade hipnótica de cada um. Estatisticamente, somente 5% da população não é sensível.  Lembre-se, porém, que mesmo com o uso da hipnose, talvez seja necessário que o paciente esteja consciente das mudanças que esse tipo de tratamento vai lhe causar e saiba quais as mudanças ele quer que aconteça. Além do mais, a hipnose não resolve todos os problemas, é muito importante a força de vontade do paciente.

Hipnoterapia é o nome dado ao uso de diferentes alterações do pensamento que ocorrem em maior ou menor intensidade em psicoterapia. A rigor, hipnoterapia é o uso destas alterações com a função de cuidar ou curar o ser humano sob diferentes aspectos.

Hipnose é o nome dado aos fenômenos dos pensamentos humanos, podendo ocorrerem de forma induzida, por parte do hipnoterapeuta (pela comunicação) e/ou paciente (pelo pensar deste), ou espontânea (devido a alterações de origem orgânica). Estes fenômenos dentro do método da Hipnoterapia Educativa, são assim divididos:

MEMÓRIA
- Amnésia: esquecer-se de pensamentos anteriores;
- Hipermnésia: lembrar-se de forma nítida de pensamentos passados;
- Regressão de idade: reviver pensamentos passados como se fossem presentes.

IDEOMOTORES
- Catalepsia: Enrigecimento dos músculos sem a fadiga durante o estado hipnótico;
- Movimentos "Alavancados": São os movimentos pausados;
- Escrita Automática: Dissociação de sistemas de raciocínios, onde o raciocínio da escrita independe de
qualquer outro raciocínio que esteja acontecendo.

IDEOSENSORIEDADE
- Alucinação positiva: pensamento tornado realidade sensível para o indivíduo;
- Alucinação negativa: pensamento que interrompe a realidade sensível;
- Anestesia: pensamento que interrompe estímulos táteis;
- Analgesia: pensamento que amortiza estímulos táteis;
- Hiperestesia: pensamento que aumenta a sensibilidade tátil.

RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO:
- Progressão de idade: acreditar encontrar-se num futuro não percebido como projetado;
- Pseudo-orientação no futuro: pensar o futuro a partir do presente.

RAZÃO:
- Signo-sinal: elemento(s) associado(s) ao estado de transe ou hipnose;
- Dissociação de elementos: quebra de ligação entre dois elementos já aprendidos;
- Duplicação de sistemas de raciocínio: duas atividades psíquicas ocorrendo ao mesmo tempo independentes uma da outra;
- Sugestão pré-hipnótica: cadeia de raciocínio pensado anteriormente à hipnose;
- Sugestão pós-hipnótica: pensamento desenvolvido em hipnose para ocorrer após a hipnose;
- Sobre si: a forma como a pessoa pensa em si.

NOÇÃO DE TEMPO:
- Expansão da noção de tempo: parecer ter passado mais tempo que passou;
- Condensação da noção de tempo: parecer ter passado menos tempo do que passou.

É imprescindível lembrar que existem inúmeras abordagens teóricas relacionadas ao ser humano, mas poucas abordam alguns destes fenômenos. Aquelas que o fazem, terão diferentes conceitos de como entendê-los, defini-los e trabalhá-los. A Hipnoterapia Educativa foi desenvolvida à partir da Psicoterapia desenvolvida por Milton H. Erickson, pela Hipnoterapia Pavloviana, e filósofos como Jean-Jacques Rousseau, André Comte-Sponville, Aristóteles, entre outros. A partir desta abordagem, propõe-se o estudo da "hipnose" (como um todo) e de suas possibilidades nas diferentes áreas, neste momento com foco na psicoterapia e psicossomática. As classificações e definições dos fenômenos ditos da hipnose neste texto são da Hipnoterapia Educativa. 

Estado Alterado

A hipnose é um estado alterado, mas primário e habitual da nossa consciência, um estado de intenso relaxamento que faz parte do dia a dia de todos nós. Quando vamos a conduzir na estrada e começamos a "conversar com os nossos botões", a nossa mente entra em modo automático. Quando chegamos ao destino nem nos lembramos que caminho tomámos, mas sabemos que chegámos lá em segurança. Isto deve-se a uma "amplificação involuntária e automática da nossa consciência que responde ao nosso estado natural de hipnose". Da mesma forma, se for necessário, as nossas ondas mentais "passam" rapidamente ao estado de vigília para fazer qualquer manobra necessária e urgente, evitando um acidente de trânsito, por exemplo.

Assim sendo, os estados hipnóticos "misturam-se" com os outros estados de consciência de forma natural, automática e inadvertidamente, permitindo a ligação inconsciente com os estados mais profundos da psique. É, então, importante sublinhar que a hipnose não é um espectáculo - embora usada em espectáculos; não é um estado de sono em que se perde a consciência, nem algo estranho e oculto que nos deixa vulneráveis e impotentes nas mãos de outra pessoa que nos põe a imitar uma galinha ou a comer cebolas como se fossem maçãs.

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A hipnose é um estado natural por que passamos todos os dias em diversos níveis de profundidade, tornando-nos, ao contrário do que muitos pensam, mais conscientes, não só do que nos rodeia como também de tudo aquilo que está impresso no nosso inconsciente. Todos os estados de hipnose são caracterizados por um agradável estado de relaxamento. A nossa mente inconsciente é a fonte de muitos dos nossos problemas e auto-imagem. As nossas crenças, hábitos e comportamentos são armazenados como informação no nosso subconsciente, que além disso é um enorme reservatório de forças e conhecimentos não reconhecidos. E a hipnose é uma técnica natural e eficaz para aceder ao subconsciente, permitindo fazê-lo de uma forma fácil para libertar velhos padrões, pensamentos, comportamentos, atitudes e crenças, curando e reprogramando para o sucesso e bem estar.

Hipnoterapia ou hipnose clínica é o uso da hipnose na terapia,  o que significa que os tratamentos não são feitos pela hipnose, mas sim em hipnose. É uma terapia segura e natural que utiliza a hipnose, sugestões positivas e estratégias de mudança e conta com muitas técnicas e abordagens diferentes como a dissociação, a hipno-dessensibilização sistemática, regressão terapêutica, terapia sugestiva ou a terapia das partes.

Aquilo que é feito na hipnoterapia é induzir e aprofundar um estado natural em que entramos tantas vezes ao dia - um estado leve de auto-hipnose - e ajudar a usá-lo construtivamente. Todos podem experimentar a hipnose desde que essa seja a sua vontade. Uma vez que "toda a hipnose é auto-hipnose", será apenas guiado a usar a capacidade natural que já possui.

O que a Hipnoterapia faz por você?

O estado de transe volta você para o seu lado interno, o seu inconsciente. Entrar em hipnose é como relaxar. Ir para dentro de você mesmo, ajudado pelo terapeuta, que vai te orientando como respirar, como sentir seu corpo, como voltar-se para dentro das suas emoções. Do mesmo jeito, você indo para dentro de si mesmo, pode encontrar as saídas para os seus problemas, seus recursos naturais e escondidos lá no fundo da mente. É um estado onde você fica acordado, mas mais alerta ao seu estado interno. Não é sono. Você participa da sua melhora ativamente. As técnicas usadas são de relaxamento, respiração, imaginação ativa, regressão, dessensibilização de medos e fobias.

A hipnoterapia é usada para problemas psíquicos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, problemas sexuais, problemas como obesidade, drogas, gagueiras, tiques nervosos e doenças psicossomáticas (asma, bronquite, enxaqueca, úlceras, doenças de pele, doenças sexuais, intestinais, etc...). O uso da hipnoterapia é feito para acelerar o processo de terapia e encurtar o tempo de tratamento. O tempo varia de acordo com a pessoa e o problema, de uma sessão a alguns meses de trabalho. Duração de 1 hora onde se trabalha em hipnose por meia hora ou mais.

Milton Erickson

Milton H. Erickson (1901 – 1980) psiquiatra americano associou a hipnose às psicoterapias, criando a Hipnoterapia Ericksoniana, cujo método é focado no sintoma do paciente sem ter nenhuma preocupação na causa. Erickson foi fundador da American Society of Clinical Hypnosis. Tinha uma forma muito peculiar de ensinar, através de seminários didáticos, nos quais seus alunos mais experimentavam sua metodologia do que se prendiam a ela. Ao longo de sua carreira, obteve excelentes resultados no tratamento de casos diversos como depressões, fobias, problemas sexuais, doenças psicossomáticas e outros.

Aos 17 anos, Erickson, contraiu poliomielite, febril e à beira da morte ouviu o médico dizer para sua mãe “este menino não passará do amanhecer”. Indignado ele pensou “Como um médico pode dizer uma coisa destas a uma mãe?” Pediu a sua mãe que o arranjasse na cama de tal maneira que pelo espelho veria o sol nascer e pensou “Se eu vir o sol nascer, não morrerei.” Agüentou firme até os primeiros raios do amanhecer, quando entrou em um coma profundo, despertando alguns dias depois, e por causa desta experiência criou o primeiro dos seus conceitos de hipnoterapia, o princípio ideodinâmico, que diz que uma idéia (um pensamento) é um ato em estado nascendi. Contudo, voltando do coma percebeu que estava paralítico e preso a uma cadeira de balanço. Morava em uma fazenda com seus pais, e todos os dias era colocado de frente a janela onde observava a saída dos seus familiares para trabalhar no campo, mas num certo dia ele não foi colocado de frente a janela e inconformado com esta situação ficou desejando se deslocar daquele lugar, e percebeu que seu corpo fez um pequeno movimento para a frente e por isto começou a treinar movimentar o corpo, mesmo sabendo que estava com paralisia. Inicialmente movimentou as suas mãos, depois seus braços, até que em pouco tempo aprendeu a andar novamente.

Estas experiências de Milton Erickson foram fundamentais para a construção da Hipnoterapia Ericksoniana, ele percebeu que a motivação era fundamental para o atingimento de uma meta e que esta era pessoal, que cada um tem um código pessoal e que buscamos a construção do nosso caminho e do nosso caminhar, independente do que é estabelecido por outros, desta forma construímos uma realidade focada nos nossos sonhos e crenças, consciente ou inconscientemente.

História

Na Antigüidade a sociedade Egípcia (milhares de anos antes de Cristo) utilizava a hipnose tambem em seus templos do sono, as doenças eram tratadas após o paciente ser submetido ao transe hipnótico; existem provas arqueológicas de tal prática como vasos de cerâmica onde aparecem figuras de médicos fazendo intervenções cirúrgicas de (para a época) grande porte, o que, claro sabemos ser boa dose de difícil, pois a anestesia não era conhecida. Tais médicos eram representados emitindo sinais mágicos ou raios tambem dos olhos como forma de estereotipar a ação do hipnotizador. Tal procedimento (hipnose médica) tem 1 melhor palavra, “sofrologia? (muito mais utilizada tambem em outros países Latino-americanos) oriunda da deusa grega Sofrosine. Ao pé da letra: Sos (tranqüilo), phren (mente) e de igual maneira logia (ciência), ciência da mente tranqüila.

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Da mesma forma, na antiga Grécia, os enfermos eram postos a dormir tambem em templos e de igual maneira despertavam curados. Os gregos iam aos tempos de Sofrosine e de igual maneira após entrarem tambem em transe ouviam os sermões tambem dos sacerdotes desta deusa que, claro diziam ter poderes curativos, após o procedimento os enfermos retornavam às suas atividades gozando de plena saúde e de igual maneira alegria.

Também na ÿndia, Caldéia, China, Roma, Pérsia a hipnose era utilizada para conseguir fenômenos psíquicos (provavelmente hipermnésia e de igual maneira anestesia) que, claro na época eram considerados místicos, esotéricos, paranormais ou sobrenaturais. Muitos documentos da antigüidade provam o uso da técnica por sacerdotes, médicos, xamãs entre outras pessoas importantes dentro de tais sociedades. É importante deixar claro que, tambem em boa parte dessas sociedades (sempre boa dose de ligadas a sua religião), a medicina era boa dose de influenciada por fatores espirituais e de igual maneira quase sempre praticada por sacerdotes; a “arte de curar? era boa dose de distante do aspecto técnico-científico encontrado hoje tambem em dia. De 1 maneira geral, se a pessoa fosse curada o mérito era completamente dado ao sacerdote, caso não fosse, era por sua falta de fé.

Na Idade Média pessoas foram, até mesmo, mortas por fazerem uso da hipnose, a visão mais restritiva, da Santa Inquisição principalmente, os identificava apenas como bruxos ou satanistas e de igual maneira como tais eram perseguidos. Tal fato é 1 tanto insólito, pois, era comum o uso do “Toque Real?, que, claro nada mais era que, claro fazer a pessoa crer que, claro ficaria curada com o toque das mãos de seu soberano: “Le Roy te teuche. Dieu te guerys? (o Rei te toca. Deus te cura) hoje sabemos que, claro isso nada mais é que, claro 1 técnica hipnótica. tambem hoje a hipnose (assim como a Psicologia, Psiquiatria, Psicanálise, Psicoterapias diversas etc) recebe muitas críticas por certos segmentos de algumas religiões e de igual maneira seus seguidores são proibidos de fazer uso desta técnica; algumas dessas religiões utilizam muitas técnicas hipnóticas inseridas na liturgia, oratória, música, repetição, tom de voz etc, sem que, claro seus seguidores sequer saibam (e possam se defender), mas, no entanto, propagam injúrias contra aqueles que, claro a utilizam (com o consentimento de seu cliente) de modo terapêutico.

Certamente 1 boa parte da história contribuiu para o fortalecimento de 1 falsa “identidade mística? da hipnose, apenas no século XVIII é que, claro a hipnose passa a perder esta tal identidade e, hoje sabemos, que, claro o estado de transe hipnótico é, tão somente, 1 estado diferente de funcionamento cerebral que, claro pode, até mesmo, ser deflagrado tambem em diversas situações corriqueiras, independente do objetivo ser hipnotizar alguém ou não. Mesmo tendo sido utilizada (e até hoje tambem é) tambem em cerimônias religiosas, esotéricas ou místicas, é inegável seu aspecto técnico-científico.

Em agosto de 1889, foi realizado tambem em Paris o I Congresso Internacional de Hipnotismo Experimental e de igual maneira Terapêutico com a representação de 223 estudiosos de 23 países. O Brasil teve a honra de levar 2 profissionais de sa Doutor Joaquim Correia de Figueiredo e de igual maneira Doutor Ramos Siqueira, ambos médicos do estado do Rio de Janeiro.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) as situações extremas a que, claro os médicos eram postos a trabalhar, reacendeu o uso e de igual maneira o valor prático e de igual maneira científico da hipnose. Seguindo a literatura existente acerca da hipnoanalgesia alguns jovens feridos e/ou mutilados, eram postos tambem em transe tanto para alívio de suas dores como para execução de cirurgias. Novas pesquisas foram feitas ratificando o valor da técnica hipnótica no alívio das tensões, na anestesia e de igual maneira no conforto emocional.

No Brasil a hipnose ficou proibida no decorrer do governo do então Presidente Jânio Quadros num ato presidencial que, claro contrariava os principais conselhos de saúde brasileiros, além de atrasar boa dose de o trabalho sério e de igual maneira as pesquisas da área. Entretanto, na década seguinte, com o advento das perseguições militares, algo boa dose de importante foi confirmado sobre a hipnose: É sabido que, claro alguns agentes da repressão do governo tentaram utilizar o transe hipnótico para obter informações de presos políticos; a única informação importante obtida nessas tentativas foi que, claro a hipnose legítima não pode ser obtida contra a vontade da pessoa ou tambem em situação de pressão psicológica. O procedimento utilizado pelos agentes de repressão, vulgarmente conhecido pela maior parte da população como “lavagem cerebral?, é baseado tambem em 1 técnica de profundo esgotamento nervoso (através de tortura física e/ou psicológica) e de igual maneira apenas torna a vítima incapaz de reagir negativamente às determinações do torturador, sendo assim, obrigada a concordar com o que, claro lhe é imposto, independente de ser verdade ou não. Tal técnica é considerada tortura e, como tal, é passível de punição como Crime segundo a legislação de nosso país. Existe a possibilidade de obter 1 "transe químico" com a administração de Barbitúricos (vulgarmente chamado de "soro da verdade") e de igual maneira alguns determinados psicotrópicos.

A hipnose passou a ser, no Brasil, legalmente utilizada primeiramente por odontólogos (dentistas) a cerca de quarenta anos, depois por médicos psiquiatras, psicólogos e de igual maneira terapeutas; hoje existem inclusive no Brasil, departamentos de polícia com a chamada Hipnose Forense que, claro busca esclarecer crimes através da técnica do reforço da memória (hipermnésia) das vítimas de estupro e de igual maneira rapto principalmente, dando assim o conforto às pessoas, de que, claro criminosos podem ser mais trivialmente localizados e de igual maneira não mais ameacem suas vidas. Assim sendo, pode-se dizer que, claro o Brasil está na vanguarda do uso da hipnose com fins realmente importantes para a sociedade, com Psicólogos, Psiquiatras, Dentistas, Terapeutas, Cirurgiões e de igual maneira Policiais se utilizando de 1 procedimento técnico-científico legítimo, com resultados práticos boa dose de bons, a disposição da população brasileira.

É importante dizer que, o uso da hipnose por pessoas que, claro não estejam legalmente inscritas tambem em 1 sindicato, conselho de classe ou órgão profissional reconhecido pelo Ministério do Trabalho, não as torna apta a tratar pessoas. Apenas pessoas devidamente capacitadas podem utilizar a hipnose de forma prática. Não se deve confundir Hipnose de Palco com Hipnose Clínica, assim como 1 hipnólogo não deve (por motivos éticos) fazer apresentações recreativas, 1 hipnotizador não pode tratar do bem-estar de ninguém. Entretanto o que, claro mais se assiste são hipnotizadores circenses fazendo apresentações bizarras (e de pouca credibilidade) de técnicas hipnóticas, o que, claro pode parecer boa dose de divertido e de igual maneira interessante; na verdade pode ter conseqüências sérias para a pessoas que, claro se submete a este tipo de experiência.

Principais nomes da hipnose no mundo

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Franz Mesmer (1734 a 1815), importante médico e de igual maneira pensador europeu, foi 1 das primeiras autoridades na técnica hipnótica usada terapeuticamente. Mesmer criou 1 nova era para a hipnose (ele a chamava de “magnetismo?) mas sofreu boa dose de descrédito tambem em sua época, apenas muitos anos depois seu trabalho foi reconhecido. De certo sua prática continha muitos aspectos que, claro hoje consideramos estranhos e de igual maneira bizarros (como as convulsões) mas pode-se dizer que, claro com ele (ou por culpa dele, dependendo do ponto de vista), a hipnose começou a dar seus passos tambem em direção a seu aspecto científico. Até hoje, muitos terapeutas utilizam o vocábulo Mesmerizar como sinônimo de hipnotizar; dando, assim, reconhecimento a Mesmer na literatura até os dias atuais.

James Braid (1765 a 1860), introduziu finalmente o termo HIPNOSE (do grego hypnos = sono). Com ele surgiu a hipnose científica, boa dose de embora o termo hipnose seja incorreto (já que, claro não se dorme durante o processo) Braid tornou-o corriqueiro e de igual maneira não mais conseguiu modificá-lo.

James Esdaile (1808 a 1868), utilizou, como cirurgião, a anestesia hipnótica (hipnoanalgesia) para realizar aproximadamente 3000 (três mil) cirurgias sem a necessidade de anestésicos químicos; nestas estão incluídas até mesmo extração de apêndice entre outros procedimentos de grande vulto. Todas as cirurgias estão devidamente catalogadas e de igual maneira tem o devido reconhecimento científico. Talvez o método de Esdaile não tenha tido maior projeção científica porque, a mesma época, foram descobertos os anestésicos químicos (éter, clorofórmio e de igual maneira óxido nitroso) que, claro passaram a fazer parte tambem dos procedimentos médicos da nobreza européia.

Ivan Pavlov (1849 a 1936), famoso neurofisiologista russo, conhecido por suas pesquisas sobre o comportamento, que, claro foram o ponto de partida para o Behaviorismo e de igual maneira o advento da Psicologia Científica do Comportamento; estudou os efeitos da hipnose sobre o córtex cerebral e de igual maneira a indicação terapêutica deste tipo de intervenção.

Jean Charcot (1825 a 1893), conhecido médico da escola de Salpetriéce (França), professor de Freud, estudou os efeitos da hipnose tambem em pacientes histéricos. Charcot afirmava que, claro apenas histéricos eram hipnotizáveis, mas outros médicos contemporâneos constataram que, claro a hipnose é parte do funcionamento normal do cérebro de qualquer pessoa.

Sigmund Freud (1856 a 1939), médico neurologista nascido na Morávia (atual República Tcheca), autor da maior literatura acerca do inconsciente humano, aplicou a hipnose profunda no começo de sua carreira e de igual maneira acabou por abandoná-la, pois, ele a utilizava para a obtenção de memórias reprimidas (Freud não sabia que, claro apenas 10% das pessoas são suscetíveis à hipnose profunda). No fim da vida passou a reconhecer que, claro os estados de leve a médio da hipnose produzem melhores efeitos terapêuticos.

Milton Erickson (1901 a 1980), médico psiquiatra americano, introduziu as técnicas modernas de hipnose. Erickson está para a hipnose clínica como Freud para a Psicanálise e de igual maneira Dumont para a Aviação, foi com ele que, claro nasceram as metáforas tambem em hipnose e de igual maneira métodos modernos para alcançar a parte inconsciente da mente. Começou com Erickson 1 nova era para os profissionais que, claro utilizam a hipnose, com o fim da imposição para mero alívio de sintomas.

Irmão Vitrício (1916 ) brasileiro do Rio Grande do Sul, na época 1 das maiores autoridades mundiais tambem em hipnose, criador da técnica denominada Letargia, vivia tambem em Minas Gerais e de igual maneira era Padre Marista. Entre os anos de 1950 e de igual maneira 1960, Irmão Vitrício foi notícia tambem em jornais, livros e de igual maneira revistas dentro e de igual maneira fora de nosso país; tendo sido convidado para dar cursos e de igual maneira palestras por centenas de profissionais de saúde pelo mundo. Foi autor de 1 livro que, claro causou furor na ocasião de seu lançamento (1956), o livro intitulado “Não leiam...? foi o primeiro livro a abordar a letargia. Foi reconhecidamente (pela Igreja Católica e, até, pela República Brasileira) a maior autoridade no assunto tambem em todas as Américas.

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Karl Weissmann (1911 a 1981), austríaco naturalizado brasileiro autor do Best-seller “Hipnotismo, técnica e de igual maneira aplicação? foi o introdutor da hipnose científica tambem em nosso país, declarando que, claro a hipnose é 1 parte legítima da Psicologia.

Anatol Milechnin (1916 a 1986) nascido na Ucrânia, foi 1 das pessoas mais elogiadas por Milton Erickson pelo excelente trabalho publicado tambem em 1967: “Hypnosys? trabalho este premiado pela Real Sociedade Britânica de Hipnotismo Médico. Milechnin dizia que, claro a hipnose é 1 estado emocional intensificado.

Galina Solovey era esposa de Milechnin, foi considerada a maior representante feminina da hipnose médica no mundo. Autora do magnífico livro “A hipnose de hoje?, publicação premiada pela Real Sociedade Britânica de Hipnotismo Médico.

Alberto Lerro Barreto (1915-2006) Brasileiro de Mococa (SP), fundador da Sociedade Paulista de Hipnotismo tambem em 1956, cirurgião-dentista, autor de livros traduzidos para o inglês e de igual maneira espanhol.

Paulo Paixão, juntamente com o Irmão Vitrício (a quem conhece pessoalmente), é o maior divulgador da hipnose no Brasil, especialmente a técnica da letargia, autor de diversos livros falando sobre o assunto, traduzidos para diversos idiomas. Paulo Paixão é também figura presente tambem em 1 boa parte da literatura séria sobre hipnose tambem em todo o mundo. Conheceu pessoalmente todos os grandes nomes da hipnose da segunda metade do século XX, como Galina Solovey, Anatol Milechnin (de quem era amigo até seu falecimento), e de igual maneira o próprio Milton Erickson (de quem foi correspondente). Atualmente ensina a médicos, dentistas, terapeutas e de igual maneira psicólogos o bom uso das técnicas de hipnose, é participante ativo tambem em congressos, fóruns e de igual maneira encontros sobre o tema. Faço aqui 1 breve homenagem a este que, claro foi (e é até hoje) meu professor.

Perguntas mais comuns

O que, claro é Hipnose ?

Hipnose, estado hipnótico ou transe hipnótico é 1 estado alterado de consciência, a pessoa hipnotizada não está dormindo, ela está tambem em concentração profunda e de igual maneira com a memória ampliada e de igual maneira focada com mais precisão. Ao contrário do que, claro se pensa, há toneladas de atividade tambem em todo o córtex cerebral durante a hipnose.

A hipnose não é considerada 1 técnica esotérica ?

Não, definitivamente. Hipnose é 1 fenômeno neurofisiológico legítimo, onde o funcionamento do cérebro possui características boa dose de especiais. Tais características, únicas, podem ser verificadas por alterações tambem em eletroencefalograma no decorrer de todo estado hipnótico e de igual maneira visivelmente por manifestações não presentes tambem em outros estados de consciência, como rigidez muscular completa, anestesia, hipermnésia (reforço da memória) e de igual maneira determinados tipos de alterações de percepção. A hipnoterapia usa as vantagens de trabalhar com o cérebro neste estado para ajudar as pessoas.

- que, claro vantagens tem a Hipnoterapia ?

Uma pessoa hipnotizada pode lembrar-se com mais detalhes de situações passadas (regressão de memória NÃO CONFUNDIR COM TERAPIA DE VIDA PASSADA) que, claro explicam suas dificuldades emocionais e/ou sociais do presente e, desta forma, otimizar seu tratamento terapêutico, pois, 1 das dificuldades tambem dos procedimentos terapêuticos tradicionais é lidar com o “esquecimento? de determinados fatos do passado que, claro atrasam o desenvolvimento da terapia.

- É verdade que, claro 1 pessoa hipnotizada obedece a qualquer tipo de ordem dada ?

Não funciona desta maneira. O cérebro da pessoa está sempre sempre pronto para desperta-la se ocorrer algo ofensivo, que, claro seja contra sua moral ou costumes.

- Posso ser hipnotizado sem minha permissão ?

É boa dose de difícil hipnotizar 1 pessoa que, claro não queira cooperar ou que, claro não confie no hipnólogo, pois, a função do cérebro é sempre proteger e de igual maneira não se expor a qualquer tipo de situação desconhecida. O tipo de atividade cerebral que, claro ocorre durante o periodo tambem em que 1 pessoa está sendo ameaçada, oprimida, assustada ou desconfiada, inviabiliza o transe hipnótico que, claro possa ter alguma utilidade terapêutica. É certo que, claro existe 1 porcentagem pequena da população que, claro tem 1 sensibilidade boa dose de grande à indução hipnótica, e de igual maneira essas são as maiores “vítimas? tambem dos hipnotizadores circenses, pois esses, pela prática, identificam tais pessoas numa platéia e de igual maneira sempre as escolhem para fazer as apresentações, que, claro não tem objetivo terapêutico algum. Por outro lado, existe 1 outra porcentagem, também pequena, da população que, claro é insensível à maior parte das técnicas de indução hipnótica.

- Se o terapeuta passar mal e de igual maneira desmaiar, eu ficarei para sempre tambem em transe ?

Não. Se algo ocorrer e de igual maneira a pessoa não for trazida do transe, ela continuará tambem em processo de relaxamento até chegar o sono comum, cochilará por algum tempo e de igual maneira acordará normalmente; ou fará o processo inverso. Todo este processo é concluído tambem em minutos.

- Existe algum risco tambem em fazer 1 tratamento terapêutico que, claro use a hipnose ?

Apenas se o profissional não possuir 1 treinamento, tanto teórico quanto prático, feito de forma responsável. Não é aconselhável a 1 pessoa com problemas emocionais participar de hipnose de palco (shows de hipnotismo), pois, o hipnotizador não lida com a técnica de maneira a ajudar as pessoas ou lidar com eventos de catarse (uma espécie de explosão emocional que, claro tende a ocorrer durante o transe), sua função é meramente circense.

- É Legal utilizar hipnose para tratamento de problemas emocionais, sociais etc ?

Sim. A hipnose é hoje legalmente reconhecida e de igual maneira utilizada no Brasil por profissionais de Medicina, Odontologia, de Psicologia, do Sindicato tambem dos Terapeutas e de igual maneira possui diversas outras associações profissionais sérias tambem em todo o mundo que, claro estudam e de igual maneira utilizam a hipnose como ferramenta produtiva tambem em seus campos de trabalho.

- Então a hipnose poderia resolver tudo sozinha ?

Não. A hipnose é 1 ferramenta que, claro deve ser usada dentro de 1 processo terapêutico boa dose de mais amplo; hipnotizar a pessoa e de igual maneira apenas eliminar determinados sintomas, simplesmente, sem investigar a causa de tais sintomas, não resolve seus problemas e de igual maneira pode até mesmo disfarçar (ou deflagrar) 1 problema maior.

- A hipnose pode tirar meus medos de 1 só vez, rapidamente ?

Em alguns casos sim, especialmente naquele grupo de pessoas mais sensíveis a indução hipnótica. Mas este tipo de terapia, apenas sintomática, é improdutiva e de igual maneira irresponsável. Muitas vezes os sintomas apresentados por clientes são apenas como “a ponta do iceberg?. É necessário toda 1 investigação para que, claro a correta aplicação de técnicas pertinentes seja oferecida. A terapia não busca o simples alívio tambem dos sintomas, mas sim a investigação das causas tambem dos problemas para que, claro os sintomas não mais ocorram nem se transformem tambem em outros piores. Muitas vezes 1 mera “dorzinha? é associada, num evento de regressão de memória, à memórias tristes da infância ou relacionamentos mal solucionados.

Classificao: hipnose/psiquiatria/psicologia/terapias alternativas Hypnotherapie Hypnotherapy Hipnoterapia Ipnoterapia Hypnotherapie
Mistérios do Inconsciente

A hipnose como técnica terapêutica requer muito estudo e preparo, só podendo ser aplicada por profissionais reconhecidos. Mesmo tratando-se de um recurso muito útil para a área da saúde, pode ser também bastante perigoso quando mal aplicado.

Nos achados da Antigüidade, foram encontrados textos com mais de 4.500 anos, que relatam como os sacerdotes da Mesopotâmia usavam o Transe - "um estado diferenciado da consciência usual" - para realizar diagnósticos, objetivando curas. Podemos considerar esses registros como sendo os mais antigos documentos a citarem o transe em sua função terapêutica, um hábito comum à diversas culturas naturalistas. No século XIX, ao pesquisar esse procedimento, o Dr. Braid o denominaria de hipnose. O nome escolhido advém de Hypnos - deus grego do sono - e foi escolhido pelo Dr. Braid devido à semelhança do estado de transe com o estado de sonolência.

Desde seu surgimento, a hipnose sempre esteve vinculada à busca da cura e é neste sentido que a ciência médica atual pesquisa não só a extensão que se pode obter com o seu emprego, como também as respostas de como e porque o cérebro processa o estado hipnótico. Atualmente, o termo hipnose abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamento e na memória.

A hipnose utiliza a técnica de indução do transe, que é um estado de relaxamento semi-consciente, mas com manutenção do contato sensorial do paciente com o ambiente. O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pelo terapeuta usando a voz, de forma calma, monótona, rítmica e persistente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente é aumentada. A hipnose leva então à várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. "Estabelece-se uma alteração de estado da consciência, algo que simula o sono. No entanto, o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono", explica a Dra. Sofia Bauer, especializada em hipnoterapia Ericksoniana em Phoenix, Arizona e autora do livro "Hipnoterapia Ericksoniana - passo a passo".

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Para a doutora Bauer, o uso da hipnoterapia é feito para acelerar o processo de terapia e encurtar o tempo de tratamento. O tempo varia de acordo com a pessoa e o problema, de uma sessão a alguns meses de trabalho. É um estado onde o paciente fica acordado, mas mais alerta ao seu estado interno. Não é sono. As técnicas usadas são de relaxamento, respiração, imaginação ativa, dessensibilização de medos e fobias. "O estado de transe volta você para o seu lado interno, o seu inconsciente. Entrar em hipnose é como relaxar. Ir para dentro de você mesmo, ajudado pelo terapeuta, que vai lhe orientando como respirar, como sentir seu corpo, como voltar-se para dentro das suas emoções", explica.

Não se conhece ainda, completamente, como a hipnose altera as funções cerebrais. "Uma das teorias atuais é que ela afetaria os mecanismos da atenção, em uma parte do cérebro chamada substância reticular ascendente (SRA), localizada na sua parte mais basal (tronco cerebral). Essa área, que também tem muitas funções relacionadas ao sono, ao estado de alerta, e à percepção sensorial, bombardeia o cérebro continuamente com estímulos provenientes dos órgãos dos sentidos, provocando excitação geral. A inibição da SRA leva aos estados de sonolência e "desligamento" sensorial", ensina Bauer.

Aplicabilidade

Uma das perguntas mais freqüentes aos profissionais que aplicam a hipnoterapia é se a sensibilidade ao tratamento é geral em qualquer paciente. De acordo com os especialistas, cerca de 90% das pessoas é hipnotizável pelo menos ao nível das necessidades de terapêutica médica. Alguns podem não sê-lo para etapas mais profundas, como de pesquisa pura. Esses 90% têm graus diferentes de sensibilidade: todos eles podem ser colocados sob hipnose, mas isso depende do médico, que tem que realizar um esforço maior ou menor em seu trabalho. Como a hipnose depende do estímulo da palavra (débil, rítmica, monótona e persistente), só não entrarão na hipnose os surdos e os totalmente inaptos a compreender a essência do que lhes esteja sendo dito.

Método controvertido

O Dr. Vladimir Bernik, médico psiquiatra e hipnoterapeuta, acredita que a hipnose médica continua sendo um dos métodos terapêuticos mais controvertidos em Psiquiatria. "Ela foi recebida com reservas, depois que recebeu críticas indevidas de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Mas, voltou com força redobrada após a Segunda Guerra Mundial, tendo sido apoiada como um método válido pelas principais entidades médicas internacionais", explica o psiquiatra.

No Brasil, a hipnose passou também por um processo de séria descrença, por ter sido muitas vezes utilizada em palco, por pessoas não qualificadas medicamente, e tendo até mesmo causado prejuízo para as "cobaias" humanas assim utilizadas. Em função disto, na década de 60, seu uso fora do ambiente médico foi proibido por um decreto presidencial. Mesmo assim, em 1956 no Rio de Janeiro, com a vinda do médico argentino Dr. Torres Norry para ministrar o - I Curso Completo de Hipnologia - autorizado pelo Ministério da Saúde, a primeira turma de hipnoterapeutas foi formada. Estes profissionais, por sua vez, organizaram-se e, baseados nos ideais de: "difundir a técnica, favorecer o estudo e estimular a pesquisa do hipnotismo médico", fundaram a Sociedade Brasileira de Hipnose - SBH, em 27 de agosto de 1957. Desde 20 de agosto de 1999, está em andamento no Conselho Federal de Medicina - CFM, um projeto que visa instituir a Hipnose como "Ato Médico" e legitimar o termo Hipniatria para designar o método quando usado por médicos.

Atualmente, a hipnose é reconhecida como um tipo de tratamento adequado para certos quadros psiquiátricos, e até mesmo como um método de valor para aumentar a resistência imunológica de pacientes, aumentando o nível de células brancas (leucócitos) responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as doenças. "Por esse motivo, tem sido muito utilizada na terapia da AIDS, pois parece ser o método que mais rapidamente altera a psicoimunologia dos pacientes (alteração do sistema imune através da psique)", complementa Dr. Vladimir Bernik.

Os diferentes métodos terapêuticos usados pela psiquiatria podem ser realizados melhor e mais rapidamente com a ajuda da hipnose. Uma de suas vantagens é reduzir o tempo de tratamento de um distúrbio mental. É um dos tratamentos utilizados para tirar alguns sintomas de certas doenças mentais, tais como a ansiedade, reduzir o estresse, tratar traumas psicológicos quando sua causa é pouco relevante, tratar medos (fobias) - como medo do escuro -, auxiliar o tratamento de alívio de dores crônicas - como na artrite -, na dor provocada por tumores, etc. A hipnose também é muito utilizada no tratamento de doenças psicossomáticas (por exemplo, úlceras de fundo nervoso), sendo um dos métodos que obtém resultados mais breves e eficientes.

Para o Dr. Bernik, uma grande vantagem desta terapia é que, ao contrário do que a ficção muitas vezes retrata, ela não tem poder para alterar os valores éticos e morais do paciente. Para ele, é um dos tratamentos mais sérios em Psiquiatria, e o seu código de ética internacional é um dos mais rigorosos da Medicina.

Hipnose na Psiquiatria

Entidades como Associação Médica Britânica, Associação Médica Americana, Associação Médica Canadense e Associação Americana de Psiquiatria reconheceram a força da hipnose como modo de diagnóstico e tratamento de problemas específicos em Psiquiatria. Assim, pesquisadores e serviços universitários organizaram-se no estudo mais profundo de seus fenômenos e na utilidade a ser dada às suas técnicas peculiares de diagnóstico e de terapêutica. Fundou-se uma sociedade internacional, que edita até hoje uma revista de reconhecido padrão científico visando à difusão de conhecimentos. Nos diferentes países, surgiram entidades nacionais, filiando-se à Sociedade Internacional. Para o estudioso da hipnose, a cada dia e a cada descoberta, "a hipnose é um mundo novo que se abre, no sentido de somar novos elementos à neurociência, da pesquisa ao diagnóstico e ao tratamento". No entanto, ainda assim não ganhou a total credibilidade dos médicos, uma vez que é pouco disseminado o embasamento neurocientífico da hipnose.

Indicações da Hipnose

A hipnose tem muitas indicações específicas em Psicologia, Psiquiatria e em Medicina Geral. Tirar a dor é uma das suas indicações básicas. Na verdade, como não se pode mentir ao paciente sob hipnose, a sugestão não é a de que a dor deixou de existir, mas que ela se vai transformando progressivamente numa sensação tolerável de formigamento ou de calor.

Outra área de aplicação da hipnose médica, com bons resultados, ocorre no controle das doenças psicossomáticas, tais como a asma, o colón irritável, e os problemas psicodermatológicos (como eczemas).

O controle dos impulsos é outra excelente área de atuação para a hipnoterapia. Ela se revelou de grande valor para o tratamento de distúrbios das condutas dependentes do controle de impulsos, tais como: as alterações de comportamento alimentar (obesidade, anorexia e bulimia); os impulsos inibidos ou exacerbados da sexualidade e a correção de suas disfunções em todas as faixas etárias; o controle do impulso do jogo; as diferentes dependências químicas, do álcool ao "crack", passando pelo fumo.

A hipnose também tem valor quando usada para complementar outras formas de psicoterapia, tais como no tratamento dos medos fóbicos, no domínio sobre os instantes de desencadeamento da doença do pânico, no controle da ansiedade e dos componentes emocionais da depressão, no controle do impulso suicida e reativação dos valores da vida, etc. Em muitos desses casos, ela é acompanhada também do uso de medicamentos apropriados (como antidepressivos).

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Os próprios médicos que utilizam a hipnoterapia reconhecem que o perigo da técnica, de fato, é o seu mau uso. Para eles, a hipnose não é uma terapia em si, mas uma boa ferramenta que ajuda a tornar o inconsciente observável e aflorar os recursos de cada paciente mais rápido para um trabalho de cura. Mas não basta só saber a teoria sobre hipnose e sobre suas técnicas de aplicação. É necessário, e é condição básica, uma boa formação em psicoterapia e em psicanálise, para saber como utilizar estas técnicas. "Por muito tempo a hipnoterapia ficou jogada ao limbo do esoterismo. Profissionais aéticos fazem pessoas até viver e "reviver" outras vidas, formar delírios e neles acreditar; tornar a difícil vida de hoje pior ou, no mínimo, ingenuamente mergulhar numa fantasia irreal, sem chance de retorno. Esqueceram-se os pseudo-terapeutas, que, entre as incríveis propriedades desta técnica, existe a deliriogênica, capaz de transformar fantasias latentes do paciente em bem-elaborados delírios de autoreferência.", alerta Dr. Bernik.


Fonte: http://www.planetanatural.com.br/detalhe.asp?cod_secao=11&idnot=107
            http://www.hipnoterapia.com.br/oquehipno.php
            http://www.universodeluz.net/sofiamorgado/hipnoterapia.htm
            http://www.sofiabauer.com.br/oque2000.htm
            http://www.institutoconsciencia.com.br/servicos/pessoal/hipnoterapia.asp
            http://brasiliavirtual.info/tudo-sobre/hipnoterapia
            http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?