LUGARES EXTRAORDINÁRIOS

Lago Karachai

lagora1Lago Karachai , por vezes escrito como Karachay, é um pequeno lago situado no sul dos Montes Urais, no oeste da Rússia. A partir de 1951, a União Soviética passou a utilizar o lago como repositório de resíduos radioativos da Mayak, uma instalação vizinha de reprocessamento e armazenagem de lixo tóxico situada próxima à cidade de Oziorsk (então chamada de Cheliabinsk-40). A partir da década de 1960,  o lago começou a secar; sua área diminuiu de 0.5 km² em 1951 para 0.15 km² no final de 1966. Em 1968, após um período de estiagem na região, o vento dispersou a poeira radioativa da área seca do Karachai, contaminando meio milhão de pessoas com 185 petabequereis (5 MCi) de radiação. Entre 1978 e 1986, o lago foi preenchido com mais de 10,000 blocos de concreto oco para evitar o deslocamento de sedimentos.


O lugar mais radioativo do mundo

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Se você algum dia for à Rússia, de preferência não chegue perto do Lago Karachay, que, embora seja muito bonito, emite 200 vezes mais radiação do que seria considerado normal, mais do que suficiente para matar alguém em menos de uma hora de exposição. Tudo começou em meados da década de 1940, quando o governo da extinta União Soviética construiu uma “cidade secreta” (Chelyabinsk-40) em uma área escondida pelos montes Urais, que serviria de base para a produção de armas nucleares. Em 1948, o primeiro reator do local já estava funcionando, transformando urânio em plutônio – carga que era enviada para fábricas de bombas.

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Curiosamente, o projeto inicial não especificava o destino dos resíduos, e, numa espécie de improviso inconsequente, os responsáveis pela planta nuclear começaram a despejar o material no rio mais próximo, o Techa, que abastecia 39 cidades e vilarejos. Apenas três anos mais tarde, foram enviados técnicos para investigar se o despejo de resíduos não estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras áreas dificilmente emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma unidade de medida para radiação) em um ano, o rio Techa emitia 5 Röntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos afetados.

Como isso não eliminou o problema da destinação do lixo radioativo, decidiram despejá-lo em um lugar do qual, supostamente, ele não sairia – o lago Karachay, que era alimentado por um único rio. Durante 30 ou 40 anos (as datas divergem, pois o governo soviético só confirmou a existência do projeto em 1990), o lago serviu de depósito radioativo. Contudo, ele não era tão seguro quanto se imaginava: parte da sua água “vazava” para o pântano Asanov, nos arredores, contaminando a área. Além disso, em 1967 uma grande seca fez com que uma parte considerável da água do Karachay evaporasse, o que expôs resíduos radioativos ao vento – partículas foram carregadas por uma área de 2,4 mil km², onde viviam cerca de 500 mil pessoas. Atualmente, as margens do lago emitem 600 Röntgens por hora, e, se uma única barragem do rio Techa se romper, os resíduos podem alcançar correntes marítimas no Ártico, que as espalhariam pelo Atlântico.


Esse lago russo é tão mortal que é capaz de matar uma pessoa em 1 hora

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As aparências enganam. Esse lago, que eu não hesitaria em chamar de um dos mais belos do mundo, não é convidativo a ninguém que queira experimentar uma morte dolorosa em cerca de 1 hora. Trata-se do lago Karachay, localizado no sul dos Montes Urais, na Rússia e, apesar de sua beleza, é considerado o lago mais poluído do mundo após ter sido usado anos como local de despejo de resíduos radiativos. Na época, o lago foi submetido a mais de 200.000 vezes a quantidade normal de radiação por causa do mal despejo de resíduos de instalações da União Soviética.

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O assassino silencioso tem emitido uma dose letal de radiação a quem entra ou até mesmo se aproxima de suas águas nos últimos 60 anos. Na década de 40, a URSS construiu uma cidade secreta na região apelidada de Chelyabinsk-40. Seu objetivo era a produção de armas nucleares a partir do urânio-238, que era extraído das montanhas ao redor. O primeiro reator foi colocado em operação no ano de 1948, e convertia a todo vapor urânio em plutônio.

Mas as coisas foram mal planejadas. Ao construir as instalações, os soviéticos voltaram todo o planejamento e recursos para converter o urânio, e se esqueceram de se livrar seguramente dos resíduos. Como solução, eles começaram a despejá-los no rio mais próximo, o Techa, que fornecia água potável para 39 cidades e aldeias. E a dor de cabeça começou.

Depois de envenenar silenciosamente sua população durante 3 anos, a URSS enviou pesquisadores para averiguar se os resíduos estavam fora do normal. Eles ficaram chocados ao descobrir que outras áreas não emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma medida para a radiação) a cada ano, enquanto o rio Techa emitia 5 Röntgens a cada hora.

Como medida de emergência, as autoridades mandaram imediatamente represar o rio, erguendo barragens e evacuando toda a população das proximidades, mas isso não foi suficiente. Enquanto isso, a União Soviética encontrou outro lugar para despejar seus resíduos nucleares, o lago Karachay. Entre 3 e 4 décadas depois (a URSS foi extinta, e só depois que a Rússia reconheceu a existência em 1990), o lago Karachay era o principal reservatório de resíduos da usina de Chelyabinsk. As autoridades argumentaram que o lago não alimentava nenhum rio (e, de fato, não alimentava), de modo que teoricamente não havia modo de resíduos radioativos escaparem.

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Leve engano. Anos depois, pesquisadores descobriram que as águas contaminadas do lago “vazavam” pelo subsolo do pântano Asanov.

Como se não bastasse, o calor durante uma seca em 1967 fez boa parte da água do lago evaporar, expondo os resíduos. Com o vento, uma poeira tóxica se formou e englobou 2,3 mil quilômetros quadrados, contaminado cerca de 500 mil pessoas. Foi relatado um aumento nos casos de leucemia em mais de 40% em alguns anos.

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Hoje, o Lago Karachay emite 600 Röntgens por hora, radiação suficiente para matar uma pessoa em cerca de 1 hora. E a situação ainda pode piorar: a área é muito instável, de modo que se a única barragem do rio Techa quebrar, toda a radiação irá vazar para o pântano, percorrer o rio Ob e cair no Mar Ártico, onde as correntes a espalharia pelo Oceano Atlântico.


Fonte: https://pt.wikipedia.org
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