Fábio Bettinassi - 17/01/2011. Na Antártida nem tudo o que parece, é... Ao observar as vastidões brancas e azuis da Antártida envolta à ausência da ruidosa atividade humana, este continente bem que podia ser considerado como um outro planeta coexistido dentro da própria Terra. A quietude eterna estendida em planícies e montanhas de um aparente silêncio perturbador pode, em um primeiro plano, dar a impressão que se trata de uma terra morta, gelada e sem capacidade para manter a vida. No entanto, a realidade é bem contrastante. O expedicionário brasileiro Amyr Klink, considerado um dos principais especialistas ...
em navegação polar antártica de todo o mundo, revela em seus livros o quão vasta é a diversidade biológica das regiões geladas. O expedicionário relata um mundo de sonoridades exóticas produzidas pelos fenômenos naturais, como o vento tocando uma sinfonia nas cavidades de imensas geleiras e a beleza da luz solar refletindo em tipos diferentes de superfícies reluzentes.
Faz séculos a Antártida inspira expedicionários das mais diversas nacionalidades. Entretanto, somente no início do século 20 a “febre antártica” produziu uma linhagem de célebres aventureiros europeus ao continente gelado. Entre eles, Roald Amudsen, o primeiro homem a atingir o polo norte geográfico e Sir Robert Falcon Scott, empreendedor inglês que perdeu a vida vagando desorientado. Também se destaca Ernest Shackleton, cuja exploração acabou se tornando a maior operação de resgate de todos os tempos, quando 42 homens viveram por três anos e meio saltando entre placas de gelo, após o naufrágio de seu navio, o Endurance.
Todas estas expedições geraram livros e diários riquíssimos em detalhes e repletos de um tipo de bravura somente presente no sangue de legítimos expedicionários. O livro “A pior viagem do mundo”, escrito pelo cartógrafo inglês Apsley Cherry Garrard sobre a segunda expedição de Robert Scott à Antártida (na qual esteve presente), faz um relato extenso da difícil sobrevivência na região polar. De acordo com o autor, mesmo pagando um alto preço, explorar a Antártida foi sua maior experiência de vida, bem como de todos aqueles que por lá encenaram verdadeiras odisseias.
Estariam os nazistas interessados em gelo e desolação?
Diversas expedições militares e civis promovidas ao longo do século 20 contribuíram para a criação da aura de mistério ao redor das terras geladas do polo sul. Especulações vão desde a presença de uma cidade nazista subterrânea, até experimentos de viagem no tempo supostamente realizada por cientistas militares russos. Muitas destas histórias envolvem a presença de seres alienígenas que faz milênios operariam em silêncio debaixo do gelo e se utilizam de veículos como OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) e OSNIs (Objetos Subaquáticos Não Identificados) para explorar o mundo exterior.
O mito de que nazistas teriam descoberto entradas ocultas para um mundo quente e habitável, localizado a centenas de metros de profundidade da crosta antártica, intriga os pesquisadores, abrindo muitas portas para a imaginação dos teóricos de conspirações.
Durante a segunda guerra os nazistas ocuparam boa parte do sul da África, deslocando tropas e uma imensa quantidade de material bélico como submarinos u-boats armados com a mais avançada tecnologia militar alemã. O sul da África em termos marítimos significa o ponto mais próximo entre a “terra firme” e a Antártida e, para quem está na Europa, nada mais fácil e rápido.
O trânsito intenso de cientistas alemães de diversos segmentos, entre eles, zoologistas, biólogos, oceanógrafos, engenheiros, arqueólogos e um grande volume de edificadores levantaram desconfianças de que algum grande esforço oculto poderia estar sendo realizado na Antártida. Daí, tamanha preocupação dos nazistas em manter sob poderosa vigilância, a faixa que separa estes continentes.
Em termos de nazismo hitlerista, sabemos que eles possuíam poderosas facções ocultas como a Sociedade Thule, a SS e a tal sociedade VRIL, todas elas ligadas ao estudo e prática do ocultismo e de todo o tipo de “ciência-paralela”.
Aquela fora uma época em que tabus religiosos e mitológicos incentivaram expedições curiosas como a liderada pelo paleontólogo Dr. Enerst Schafer, na qual, um grupo de oficiais passou anos no Tibet em busca das raízes ancestrais da raça ariana. Hitler acreditava que super seres humanos originados na Atlântida deslocaram-se para as montanhas do Himalaia e de lá se espalharam por partes da Europa e Índia. Com o tempo, teriam formado outros povos, entre estes, os alemães.
Para se ter uma noção da verdadeira importância da crença no ocultismo por parte dos nazistas, estes empreenderam caras e complexas expedições ao Oriente Médio e Europa em busca do chamado Santo Graal, o cálice sagrado. Eles também teriam estado no Egito em busca da Arca da Aliança e até na Amazônia, além de muitos recantos da América do Sul. Entre eles, a Argentina, o Chile e o Peru - em especial a Terra do Fogo na Patagônia e Punta Arenas no Chile, ambas devido à proximidade com o continente Antártico.
Informações da época dão conta que embarcações e aeronaves nazistas foram avistadas trafegando na área de Mar del Plata, algumas semanas após a queda do Terceiro Reich. Tais afirmações suscitaram o mito de que Hilter não teria se suicidado no Bunker de Berlin, como afirma a história tradicional, mas teria fugido para a Argentina num avião ou submarino u-boat.
Diversos documentários exibidos pelo canal The History Channel mostraram provas documentais que cientistas alemães desembarcaram na Argentina e receberam novos passaportes emitidos pelo governo Argentino. Este governo teria suposto interesse pela tecnologia bélica alemã, tanto que o primeiro avião a jato da América do Sul teria sido inteiramente projetado por engenheiros aeronáuticos de Hitler. Alguns desses cientistas alemães teriam estado presentes no projeto dos supostos discos voadores alemães como o Vril e o Haunebu Flugkreisel. Um prova inegável da presença de oficiais do Terceiro Reich na América do Sul foi a enorme quantidade de prisões - décadas depois - de carrascos nazistas na Argentina e até no Brasil.
Rara imagem da expedição da SS no Tibet com o Dr. Ernest Schafer ao fundo.
Almirante americano Byrd relata cidades subterrâneas
O mito da existência de uma cidade subterrânea nazista na Antártida encontra muitos apoiadores com conhecimento da causa. Entre eles, estão respeitáveis militares condecorados, como o Almirante Richard Byrd, da Marinha dos EUA, cuja missão de exploração antártica gerou o mais impressionante relato já feito por um oficial de tamanha envergadura, acerca da possível presença de humanos e, inclusive, criaturas extraterrestres, no subterrâneo antártico.
Entre todos os exploradores antárticos, Byrd é considerado aquele que mais realizou descobertas e conquistas históricas na região. Esteve diversas vezes no continente gelado e, em uma de suas aventuras, passou o longo e escuro inverno polar voando em condições precárias, para identificar pontos do território gelado. Conseguiu fundar, em 1928, a base Little America, na Baía das Baleias. Passou pelas mais difíceis situações, enfrentando por anos seguidos, temperaturas de até -60ºC e ventos capazes de congelar uma pessoa em poucos segundos.
Em 1930 retornou à Antártida no comando de uma expedição de 50 homens. Entre 1933 e 1934 realizou vários sobrevoos no continente, executando experimentos meteorológicos e geológicos, o que culminou na descoberta das montanhas Edsel Forde e na Terra de Marie Byrd.
Entre 1946 e 1947, Byrd liderou a expedição High Jump, composta por cinco mil homens, durante a qual descobriu e cartografou 1,39 milhão de km² do território antártico. Durante este evento, compôs um detalhado mapeamento do solo profundo, em busca de minerais estratégicos como o urânio e o tório, usando um enorme aparato composto por aeronaves, navios, tratores especiais as tecnologias mais avançadas para a época.
Em 1955, já castigado físico e psicologicamente por tantas aventuras em ambiente extremo, realizou a sua última expedição, a Deep Freeze, também na Antártica, quando voou pela última vez sobre o polo austral em 1956.
Um de seus feitos marcou definitivamente sua vida. Alegando estudar fenômenos meteorológicos, Byrd permaneceu cinco meses sozinho, acampado numa tenda localizada cerca de 198 quilômetros ao sul da base Little America. Ele atravessou sob duras penas, o longo inverno polar e sua experiência foi relatada em seu livro “Alone” (Sozinho). Na ocasião, disse ter chegado perto da loucura e ter passado por situações transcendentais.
Contudo, Byrd não era só um oficial em busca de cumprir missões governamentais, mas um homem de fibra, impetuoso, racional e disciplinado. Ele se interessava por mistérios e era fascinado pelas lendas envolvendo civilizações antigas e vida extra e intraplanetária.
Se existe alguém que explorou a Antártida a fundo, não só pela ótica científica, mas que buscou desvendar mitos e mistérios, esse homem foi Richard Evelyn Byrd, um homem “quase de ferro”.
Segundo o relato de pessoas que o conheceram, Byrd nunca mais foi o mesmo após as experiências vivenciadas durante sua solitária invernagem polar. As coisas que ele viu e ouviu, produziram profundas alterações psicológicas que afetaram seu comportamento irreversivelmente.
Boatos sobre a operação High Jump sugerem que, na realidade, esta operação visava destruir os alemães supostamente recolhidos no subterrâneo antártico. A operação teria sido um sucesso, após a detonação de uma bomba atômica no local em que se acreditava existir a famigerada colônia alemã.
Almirante Richard Byrd, da Marinha dos Estados Unidos.
Um mundo perdido no subterrâneo antártico
Segundo o mito, alguns oceanógrafos alemães do Terceiro Reich, após estudarem a calota de gelo da Antártida, concluíram que centenas de metros sob o gelo, poderiam existir grandes bolsões de ar ou de água, bem como galerias e cavernas naturais, as quais seriam existentes muito antes do continente ser coberto de gelo.
O mesmo pensamento persiste há séculos entre pescadores e navegadores da região da Islândia no polo norte, situada no oposto da Antártida. Segundo eles, muitas histórias narram sobre entradas para um mundo interno da Terra, onde civilizações desconhecidas e animais exóticos sobreviveriam em harmonia, alimentados pelo calor provindo de fontes geotérmicas do centro do planeta.
Através de prospecções realizadas sob grande profundidade na Antártida, os alemães teriam encontrado túneis e aberturas que permitam o acesso às regiões abaixo da camada de gelo, onde se localizavam as supostas galerias e lagos pré-históricos num habitat de clima moderado.
Ao tomarem conhecimento da possibilidade de sobrevivência humana nestas cavidades, os alemães passaram a deslocar equipamentos e pessoal para assim, edificar uma pequena comunidade de pesquisa.
Com o tempo, a comunidade cresceu e com o final da Segunda Guerra, os habitantes fecharam as portas de acesso para tais locais, ficando somente poucas aberturas, estrategicamente camufladas, em montanhas das diversas cordilheiras antárticas.
O mito vai além, pois, segundo alguns pesquisadores, os alemães ‘subantárticos’ teriam encontrado uma raça de seres alienígenas que por milênios já habitava as profundidades daquela região, os quais teriam como missão, o acompanhamento e análise do desenvolvimento da vida humana na Terra. Especulação ou realidade, fato é que o próprio Almirante Byrd declara em bom tom, ter visitado estas comunidades subterrâneas da Antártida, como veremos a seguir.
O diário do Almirante Byrd
No relato que veremos a seguir, divulgado por diversas fontes e atribuído ao suposto Byrd, afirma que uma raça intraterrena, mas de origem extraterrestre, teria transferido tecnologia para os alemães ‘subantárticos’, promovendo um enorme avanço e permitindo ampliar a noção que eles tinham do nosso mundo e de como a humanidade se desenvolveu na Terra.
“Escrevo este diário em absoluto segredo me referindo ao meu voo no Ártico do dia 19 de fevereiro de 1947, virá uma época onde a racionalidade do homem se dissolverá em nada e então deverá ser aceita a inevitabilidade da verdade. Eu não tenho a liberdade de divulgar este documento e talvez ele nunca chegue ao conhecimento de todos, mas, de qualquer forma devo fazer o meu dever de relatar com a esperança de que um dia todos possam viver em um mundo onde o egoísmo e a avareza de certos homens já não poderão esconder a verdade.
A bússola magnética, assim como a bússola giroscópica começaram a oscilar e girar, não conseguimos mais manter a rota e nos guiar tendo por base nossos instrumentos de navegação. Os controles estão lentos na resposta e no funcionamento, a princípio pensei ser sinais de congelamento, depois vi que estava equivocado e não existia motivos aparentes para tal acontecimento.
Passados 29 minutos de voo desde as primeiras montanhas avistadas, posso dizer que não se trata de uma alucinação, posso avistar uma pequena cadeia de montanhas da qual até então eu ainda não possuía conhecimento.
Depois das montanhas existe algo que parece ser um Vale com um pequeno rio ou riacho que corre até a parte central. Não deveria haver nenhum vale verde aqui, Existe algo decididamente estranho e anormal, deveríamos estar passando somente por gelo e neve. A minha esquerda existe um grande bosque junto aos montes e os nossos instrumentos continuam a girar.
Mudo minha altitude para 1400 pés e efetuo um giro completo a esquerda para examinar melhor o Vale que está abaixo. É verde e a luz aqui parece diferente, porém, não podemos ver o sol, dou outro giro a esquerda e posso ver um animal de grande porte que se parecia a um elefante, melhor dizendo, um Mamute, é incrível! Descemos até 1000 pés e com um prismático busco examinar melhor o animal de forma visual e posso confirmar que sim, se trata de um animal semelhante a um Mamute.
Mais à frente nós encontramos outros bosques verdes, o indicador de temperatura exterior nos mostra -24 C e agora seguimos em nossa rota porque os instrumentos já parecem normais, fiquei mais uma vez surpreso, tentei contatar a Base, mas o rádio não funcionou.
Quando a paisagem parecia nivelada e normal diante de nós, avistamos o que parecia uma cidade e ficamos perplexos, isso seria impossível! O avião parece estar mais ligeiro e estranhamente flutuante, os controles já não respondem mais.
Volto a dizer que não alucino, existem estranhas aeronaves sobrevoando ao nosso lado e quando se aproximam algo irradia delas. Estão muito próximos e aproveito para ver suas insígnias, sem sucesso, posso comprovar que se trata de um símbolo estranho, uma suástica nazista, mas não se trata de um exercito ou civilização conhecida. Onde estamos? O que aconteceu?”.
Imagens de satélite do Google Earth mostram o que seriam entradas em montanhas distintas na Antártida,
elas se localizam sob as coordenadas 66 33' 11.58?s e 99 50' 17.86?. A cavidade da primeira imagem possui 122 metros de largura por 55 de altura, permitindo a passagem de um helicóptero ou outra aeronave.