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Trabalhadores da Luz - Parte 1

trabalhaluzOs Trabalhadores da Luz são almas que possuem o forte desejo interior de difundir Luz (conhecimento, liberdade e amor) sobre a Terra. Sentem isso como sua missão. Freqüentemente vêem-se atraídos para a ...

espiritualidade e para algum tipo de trabalho terapêutico. Por causa de seu profundo sentimento de missão, os Trabalhadores da Luz sentem-se diferentes de outras pessoas. Ao experimentar diferentes espécies de obstáculos em seus caminhos, a vida os estimula a encontrar seu próprio, único caminho. Os Trabalhadores da Luz quase sempre são indivíduos solitários que não se adaptam a estruturas sociais estabelecidas. Uma observação sobre o conceito de 'trabalhador da luz' - A expressão "trabalhador da luz" pode provocar mal-entendidos, já que diferencia um grupo particular de almas, do resto. Além disso, pode chegar a sugerir que este grupo particular é de algum modo superior aos outros, por exemplo, àqueles 'não trabalhadores da luz'. Esta linha de pensamento não está de acordo com a verdadeira natureza e objetivo do trabalho da luz. Permita-nos estabelecer brevemente o que está mal nisso. Primeiro, as pretensões de superioridade geralmente não são iluminadas. Elas bloqueiam seu crescimento para uma livre e amorosa consciência. Segundo, os Trabalhadores da Luz não são 'melhores' ou 'superiores' a qualquer outro. Eles simplesmente têm uma história diferente daquela dos outros que não pertencem a este grupo. Graças a esta historia peculiar, que discutiremos mais adiante, eles têm certas características psicológicas que os distinguem como um grupo.

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Terceiro, toda alma chega a ser um trabalhador da luz em determinada etapa de seu desenvolvimento. Portanto, a qualificação 'trabalhador da luz' (lightworker) não está reservada para um número limitado de almas. A razão pela qual utilizamos a frase 'trabalhador da luz' (lightworker) (apesar dos possíveis mal-entendidos) é porque ela traz associações e remove memórias dentro de vocês que os ajuda a recordar. Também há uma conveniência prática nela, já que este termo é freqüentemente usado em sua literatura espiritual corrente.


Raízes históricas dos Trabalhadores da Luz

 

Os trabalhadores da Luz trazem consigo a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rapidamente que outras pessoas. Eles levam sementes internas para um rápido despertar espiritual e, por causa disso, parecem estar em uma via mais rápida que a maioria das pessoas, se assim o quiserem. Isto, mais uma vez, não é porque os trabalhadores da luz sejam de algum modo almas 'melhores' ou 'superiores'. Porém, são mais velhos que a maioria das almas encarnadas na Terra atualmente. Esta idade mais velha deve ser preferentemente entendida em termos de 'experiência', mais que 'tempo'.

Os trabalhadores da luz alcançaram um estágio particular de iluminação, antes de encarnarem na Terra e começarem sua missão. Conscientemente escolheram estar envolvidos na 'roda kármica da vida' e experimentar todas as formas de confusão e ilusão que existem nela. Fizeram isto para compreender completamente 'a experiência da Terra', o que lhes permitirá cumprir sua missão. Só passando eles mesmos por todos os estados de ignorância e ilusão, possuirão finalmente as ferramentas para ajudar os outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação. Por que os trabalhadores da luz seguem esta genuína missão de ajudar à humanidade, correndo o risco, deste modo, de perder-se eles mesmos por anos na densidade e confusão da vida terrestre? Esta é uma pergunta que responderemos extensamente mais adiante. Agora, diremos apenas que isto tem de ver com um tipo de karma galáctico.

Os trabalhadores da luz presenciaram a véspera do nascimento da humanidade na Terra. Eles fizeram parte da criação do homem. Foram CO-criadores da humanidade. No processo de criação, tomaram decisões e atuaram de modo a ter mais tarde profundos remorsos. Eles estão aqui agora para ressarcir suas decisões de então. Antes de entrar nesta história, citaremos algumas características das almas trabalhadoras da luz, que geralmente as distinguem de outras pessoas. Estes traços psicológicos não pertencem exclusivamente aos trabalhadores da luz e nem todos os trabalhadores da luz reconhecerão a si mesmos como tais. Ao detalhar esta lista, simplesmente queremos dar um perfil à identidade psicológica dos trabalhadores da luz. Ao considerar as características, o comportamento exterior é menos importante que as motivações internas ou intenções sentidas. O que vocês sentem por dentro é mais importante do que mostram.

Características psicológicas dos Trabalhadores da Luz


- Desde cedo em suas vidas, sentem que são diferentes. Quase sempre, sentem-se isolados dos outros, solitários e incompreendidos. Freqüentemente tornam-se individualistas e têm de encontrar seus únicos próprios caminhos na vida.

- Têm dificuldade em sentir-se satisfeito fazendo trabalhos tradicionais e/ou trabalhando em estruturas organizativas.

- Os trabalhadores da luz são naturalmente antiautoritários, o que significa resistirem naturalmente às decisões ou valores apoiados somente em poder ou hierarquia. Este traço de antiautoritarismo está presente mesmo entre os que são tímidos e envergonhados. Isto está conectado à verdadeira essência de sua missão aqui na Terra.

- Os trabalhadores da luz se sentem atraídos a ajudar as pessoas, seja como terapeuta ou como professor. Podem ser psicólogos, curadores, professores, enfermeiros, etc. Se sua profissão não estiver diretamente relacionada a ajudar as pessoas, suas intenções de contribuir para o bem-estar da humanidade estão claramente presentes.

- Sua visão de vida está matizada por um sentido espiritual de como todas as coisas estão relacionadas umas com outras. Consciente ou inconscientemente levam dentro deles memórias de esferas de luz não terrestres. Podem – ocasionalmente - sentir saudade dessas esferas e sentir-se como um estranho na Terra.

- Honram e respeitam a vida profundamente, o que freqüentemente se manifesta como afeição pelos animais e preocupação com meio ambiente. A destruição de partes do reino animal ou vegetal na Terra pelos atos do homem evoca neles profundos sentimentos de perda e aflição.

- São bondosos, sensíveis e empáticos. Podem sentir-se incômodos ao defrontar-se com um comportamento agressivo e geralmente experimentam dificuldades em defender-se. Podem ser distraídos, ingênuos ou profundamente idealistas, assim como também não estar suficientemente enraizados, por ex., não ter os pés na terra. Por facilmente captarem sentimentos e humores (negativos) das pessoas que os rodeiam, é importante para eles estarem a sós um tempo regularmente. Isto lhes permite distinguir entre seus próprios sentimentos e os das outras pessoas. Necessitam de momentos de solidão para recuperar a própria base e estar com a mãe Terra.

- Viveram muitas vidas na Terra nas quais estiveram profundamente envolvidos com a espiritualidade e/ou religião. Serviram, no passado, em grande número, nas velhas ordens religiosas, como monges, monjas, ermitães, psíquicos, bruxas, xamãs, sacerdotes, sacerdotisas, etc. Foram os que construíram uma ponte entre o visível e o invisível, entre o contexto diário da vida terrestre e os reinos misteriosos, de Deus e os espíritos do bem e do mal. Por cumprir este papel, freqüentemente foram renegados e perseguidos.

Muitos de vocês foram sentenciados e mortos pelos dons que possuíam. Os traumas das perseguições deixaram profundas marcas dentro da memória de suas almas. Isso pode manifestar-se atualmente como medo de estar completamente enraizado, por ex., medo de estar realmente presente, porque se recordam de ser brutalmente atacados por ser quem eram.

 

Perder-se: o perigo dos trabalhadores da luz

Os trabalhadores da luz podem estar presos nos mesmos estados de ignorância e ilusão, como qualquer outro. Embora comecem de um ponto de partida diferente, a capacidade deles para romper o medo e a ilusão com o propósito de alcançar a iluminação pode ser bloqueada por muitos fatores. (Por iluminação queremos dizer o estado do ser no qual vocês compreendem que são essencialmente de Luz, capazes de escolher a luz em qualquer momento).

Um dos fatores que se encontram interrompendo o caminho da iluminação para os trabalhadores da luz é o fato de que eles têm uma pesada carga kármica, que às vezes pode levá-los a extraviar-se por bastante tempo. Como esclarecemos antes, esta carga kármica está relacionada com decisões que eles alguma vez tomaram com relação à humanidade em suas etapas iniciais. Foram decisões essencialmente desrespeitosas à vida (falaremos disto depois neste capítulo). Todos os trabalhadores da luz, que vivem agora, desejam corrigir alguns de seus enganos passados e recuperar e apreciar o que foi destruído por causa disso.

Quando os trabalhadores da luz completarem seu caminho através da carga kármica, isto é liberar qualquer tipo de necessidade de poder, compreenderão que são essencialmente seres de luz. Isso lhes permitirá ajudar outras pessoas a achar seu próprio verdadeiro ser. Mas antes devem eles mesmos passar por esse processo o que geralmente exige grande determinação e perseverança no nível interno.

Por causa dos valores e julgamentos neles incutidos pela sociedade, que freqüentemente vão contra seus próprios impulsos naturais, muitos trabalhadores da luz se perderam, terminando em estados de desconfiança em si mesmos, abnegação e inclusive depressão e desesperança. Isto porque não se adaptam à ordem estabelecida das coisas e concluem que algo deve estar terrivelmente mal com eles.

O que os trabalhadores da luz têm que fazer quando chegarem a esse ponto é deixar de procurar seu valor externamente, através de pais, amigos ou da sociedade. Em algum momento, vocês (quem estiver lendo isto) terão que dar o salto à verdadeira habilitação, o qual significa realmente acreditar em vocês mesmos e verdadeiramente honrar suas inclinações naturais e seu conhecimento interior, e atuar apoiando-se neles.
Nós os convidamos a fazer isso e lhes asseguramos estar com vocês em cada etapa do caminho – exatamente como vocês, em um futuro não distante, estarão aí para ajudar outros em seu caminho.

 

O nascimento da alma

As almas dos trabalhadores da luz nasceram muito antes que surgissem a Terra e a humanidade.


As almas nascem por levas. Em certo sentido as almas são eternas, sem começo e sem fim. Mas, em outro sentido, elas nascem em um certo ponto, quando suas consciências alcançam um sentido de individualidade própria. Antes desse ponto, elas já estão aí, como uma possibilidade. Ainda não há consciência de 'eu' e 'outro'.

A consciência do 'eu' aparece quando, de algum modo, se faz uma linha de demarcação entre grupos de energias. Temos de voltar para as metáforas para poder explicar isto.

Pensem por um momento no oceano e imaginem que ele é um enorme campo de energias fluindo: correntes que se mesclam e se separam constantemente. Imaginem que uma consciência difusa se estende por todo o oceano. Chamem de oceano espiritual se o preferirem.

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Depois de um tempo, em certos lugares do oceano emergem concentrações de consciência. A consciência aqui está mais focalizada, menos difusa no seu entorno direto. Em todo o oceano, há uma diferenciação progressiva que leva ao desenvolvimento de formas transparentes. Essas formas, que são pontos focalizados de consciência, movem-se independentemente do entorno. Experimentam a si mesmas como formas diferentes do oceano (espírito). O que ocorre aqui é o nascimento de um sentido rudimentar de si mesmo ou da própria consciência.

Por que os pontos focalizados de consciência emergem em algumas partes do oceano mais que em outras? Isto é muito difícil de explicar. Podem sentir, de todos os modos, que há algo muito natural nesse procedimento? Quando atiram sementes sobre a terra, notarão que as pequenas plantas que brotarem, crescerá cada uma no seu próprio ritmo. Uma não crescerá tão grande ou tão facilmente como outra. Algumas não crescerão de jeito nenhum. Há diferenciação através do campo. Por quê? A energia do oceano (o oceano espiritual) intuitivamente procura a melhor expressão possível para todas suas múltiplas correntes ou camadas de consciência.

Durante a formação de pontos individuais de consciência no oceano, há um poder externo que trabalha sobre o oceano, ou isso é o que parece. Esse é o poder da divina inspiração que pode ser concebido como o 'aspecto masculino' daquele que criou vocês. Enquanto o oceano representa o 'lado feminino', receptivo, o aspecto masculino pode ser visualizado como raios de luz, derrubando-se no oceano, que incrementa o processo de diferenciação e de separação em massas individuais de consciência. Eles são como os raios de sol que enfraquecem o solo.

O oceano e os raios de luz juntos formam uma entidade ou ser que pode ser chamado de 'arcanjo'. É uma energia arquetípica com ambos os aspectos masculino e feminino e é uma energia Angélica que se manifesta ou expressa a si mesma em vocês. Voltaremos com a noção de arcanjo mais adiante.

Logo depois que a alma nasce, como uma unidade individual de consciência, lentamente abandona o estado de unidade oceânica que foi seu lar por muito tempo. Ela é cada vez mais consciente de estar separada e de si mesma. Com essa consciência, aparece pela primeira vez em seu ser uma sensação de perda ou ausência.

Quando ela se lançar em seu caminho de exploração como uma entidade individual, carregará consigo um certo desejo pela totalidade, um desejo de pertencer a algo maior que ela mesma. Bem no fundo, ela manterá a memória de um estado de consciência no qual tudo é 'um', no qual não existe 'eu' e 'outro'. Isto é o que ela considera o 'lar': um estado de estática unidade, um lugar de completa segurança e fluidez.

Com esta memória 'guardada na mente', ela começa sua viagem através da realidade, através de incontáveis campos de experiência e exploração interna. A nova alma é impulsionada pela curiosidade e tem uma grande necessidade de experiência. Esse é o elemento ausente no estado oceânico de unidade. Agora a alma é capaz de explorar livremente tudo o que deseja.É livre para procurar a totalidade de todas as maneiras possíveis.

Dentro do universo há incontáveis planos de realidade para explorar. A Terra é simplesmente um deles, um que surgiu relativamente tarde, falando em uma escala cósmica. Os planos da realidade, ou dimensões, sempre se originam por necessidades interiores ou desejos. Como todas as criações, são as manifestações de visões internas e considerações. A Terra foi criada de um desejo interno de colocar juntos elementos de diferentes realidades que colidiram uns com outros. Quis-se que a Terra fosse um crisol de fusão para um grande conjunto de influências. Explicaremos isto mais abaixo. Agora é suficiente dizer que a Terra chegou relativamente tarde na etapa cósmica e que muitas almas viveram muitas vidas de exploração e desenvolvimento em outros planos de realidade (planetas, dimensões, sistemas estelares, etc.), antes que a Terra nascesse.

Os trabalhadores da luz são almas que viveram muitas, muitas vidas nesses outros planetas, antes de encarnarem alguma vez na Terra. Isso é o que os distingue das 'almas terrestres', como poderíamos chamá-las por conveniência.

As almas terrestres são almas que encarnaram em corpos físicos na Terra relativamente cedo em seu desenvolvimento como unidades individualizadas de consciência. Poder-se-ia dizer que elas começaram seu ciclo de vidas terrestres, quando suas almas estavam em suas etapas infantis. Naquele tempo, os trabalhadores da luz eram almas 'crescidas'. Já haviam passado por muitas experiências e o tipo de relação que compartilharam com as almas terrestres pode ser comparado àquela de pais e filhos.


Na Terra, a evolução das formas de vida esteve estreitamente entrelaçada com o desenvolvimento interior das almas terrestres. Embora nenhuma alma esteja ligada a um planeta em particular, poder-se-ia dizer que as almas terrestres são os nativos de seu planeta. Isso porque seu crescimento e expansão coincidem amplamente com a proliferação de formas de vida na Terra.

Quando nascem unidades individuais de consciência, elas são similares a simples células físicas, tanto em estrutura como em possibilidade. Do mesmo modo que as células têm uma estrutura relativamente simples, os movimentos internos de uma consciência recém-nascida são transparentes. Não se estabeleceu muita diferenciação ainda. Há um mundo de possibilidades a seus pés (tanto física como espiritualmente) . O desenvolvimento de uma forma recém-nascida de consciência para um tipo de consciência que é introspectiva e capaz de observar e reagir a seu meio ambiente pode ser grosseiramente comparado ao desenvolvimento de um organismo unicelular para um organismo vivo complexo que interage com seu meio ambiente de múltiplas maneiras.
Estamos aqui comparando o desenvolvimento de almas conscientes com o desenvolvimento biológico da vida e não o fazemos somente para usar uma metáfora.

Na realidade, o desenvolvimento biológico da vida como acontece na Terra deve ser visto como uma necessidade espiritual de exploração e experiência por parte das almas terrestres. Esta necessidade ou desejo de exploração provocou a existência de rica variedade de formas de vida na Terra. Como temos dito, a criação é sempre o resultado de um movimento interno de consciência.
Embora a teoria da evolução, como atualmente é aceita por sua ciência, em certo sentido descreva corretamente o desenvolvimento de formas de vida em seu planeta, não contempla absolutamente o impulso interno, o motor 'oculto' detrás desse profundo processo criativo.
A proliferação de formas de vida na Terra deveu-se a movimentos internos em nível de alma. Como sempre, o espírito precede e cria a matéria.

No início, as almas terrestres encarnaram nas formas físicas que melhor se adaptavam a seu ainda rudimentar sentido de si mesmo: organismos unicelulares. Depois de um período de aquisição de experiência e integrando isto com sua consciência, apareceu uma necessidade de meios mais complexos de expressão física. Assim, formas de vida mais complexas foram impulsionadas a existir. A consciência cria a forma física em resposta a necessidades interiores e desejos das almas terrestres, cuja consciência coletiva habitou primeiro a Terra.

A formação de novas espécies e a encarnação de almas terrestres em membros individuais daquelas espécies significa uma grande experiência de vida e consciência. Embora a evolução seja dirigida pela consciência (e não por acidente e incidente), esta não segue uma linha predeterminada de desenvolvimento. Isso porque a consciência é livre e imprevisível.

As almas terrestres experimentaram toda classe de formas animais de vida. Habitaram vários tipos de corpos físicos no reino animal, mas nem todas elas experimentaram a mesma linha de desenvolvimento.

O caminho de desenvolvimento da alma é muito mais fantástico e aventureiro do que vocês supõem. Não há leis acima ou fora de vocês. Vocês são a lei para vocês. Assim, por exemplo, se vocês decidem experimentar as formas de vida partindo de um macaco, vocês podem em algum momento encontrar-se vivendo em um corpo de macaco, desde o nascimento ou como um visitante temporário. A alma, especialmente a alma jovem, implora por experiência e por expressão. Isso a incita a explorar a diversidade das formas de vida que emergem na Terra.

Dentro desse grande experimento de vida, o surgimento da forma de vida humana marcou o começo de uma importante etapa dentro do desenvolvimento da consciência de alma na Terra. Antes de explicar isso detalhadamente, discutiremos os estágios do desenvolvimento interior da alma.

Desenvolvimento da consciência: etapa infantil, maturidade, velhice.
Se observarmos o desenvolvimento da consciência da alma logo depois de nascer, como uma unidade individual, ela passa rudemente por três etapas internas. Estas etapas são independentes do plano particular de realidade (planeta, dimensão, sistema estelar) que a consciência escolhe para povoar ou experimentar.

1) A etapa da inocência ('paraíso')
2) A etapa do ego ('pecado')
3) A etapa da 'segunda inocência' ('iluminação')

Essas etapas poderiam ser comparadas metaforicamente à infância, maturidade e velhice.
Logo depois de nascerem como unidades individuais de consciência, as almas deixam a etapa oceânica de unidade, a qual recordam como ditosa e completamente segura. Em seguida, vão explorar a realidade de uma maneira completamente nova. Lentamente se tornam mais conscientes delas mesmas e de como são únicas em comparação a seus companheiros de viagem. Nesta etapa, são muito receptivas e sensíveis, como uma criança pequena que observa o mundo com grandes olhos abertos, expressando curiosidade e inocência.

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Essa etapa pode ser chamada paradisíaca, já que a experiência de unidade e segurança ainda está fresca na memória da alma recém-nascida. Ainda estão perto do lar; ainda não reivindicam seu direito de ser quem são.

À medida que a viagem continua, isto é, à medida que elas se introduzem em distintos tipos de experiência, a memória do lar se desvanece. Tudo é novo no começo e tudo é absorvido incondicionalmente na etapa da infância. Uma nova etapa começa quando a jovem alma começa a sentir-se como o ponto focal de seu mundo. Então realmente começa a dar-se conta que existe tal coisa como 'eu' e 'outro'. Começa a experimentar como pode influenciar seu meio ambiente ao atuar sobre ele.

A verdadeira noção de fazer algo que surge de sua própria consciência é nova. Antes, era mais ou menos uma percepção passiva do que fluía. Agora, há dentro da alma uma noção crescente de seu poder para exercer influência naquilo que experimenta.
Esse é o começo da etapa do ego. O ego originalmente representa a habilidade de usar sua vontade para afetar o meio externo.
Por favor, notem que a função original do ego é simplesmente o que permite à alma sentir-se completamente uma entidade separada. Isto é um desenvolvimento natural e positivo dentro da evolução da alma. O ego não é 'mau' em si mesmo.

Entretanto, tende a ser expansivo e agressivo. Quando a nova alma descobre sua habilidade para influenciar seu meio ambiente, 'apaixona-se pelo ego'. Bem no profundo, ainda existe uma dolorosa memória na alma, agora amadurecida, que lhe recorda o lar, que lhe recorda o paraíso perdido. O ego parece sustentar uma resposta a esta dor, a esta saudade. Parece que ele permite à alma obter ativamente um controle sobre a realidade. Intoxica a alma ainda jovem com a ilusão de poder.


Se alguma vez houve uma queda da harmonia ou uma 'queda do paraíso', aconteceu com a jovem consciência da alma voltando-se enfeitiçada pela possibilidade do ego, pela promessa de poder. De todo o modo, o verdadeiro propósito da consciência nascida como alma individual é explorar, experimentar tudo o que há, tanto o paraíso como o inferno, tanto a inocência como o 'pecado'. Portanto, a queda do paraíso não foi uma 'mudança equivocada'. Não existe culpa ligada a isto, a menos que vocês assim acreditem. Ninguém os culpa, além de vocês mesmos.

Quando a alma jovem amadurece, há uma mudança no modo 'centrado em mim' de observar e experimentar as coisas. A 'ilusão de poder' realça a separação entre as almas, em lugar de conectá-las. Por causa disso, estabelecem- se dentro da alma a solidão e um sentido de alienação. Embora não seja realmente consciente disso, a alma começa uma luta, uma batalha por poder. O poder parece ser a única coisa que alivia a mente – por um tempo.

Mais acima, distinguimos uma terceira etapa no desenvolvimento da consciência da alma: a etapa da iluminação, 'segunda inocência' ou velhice. Teremos muito para dizer a respeito desta etapa e em particular a respeito da transição da segunda para a terceira etapa, numa próxima mensagem. (Do ego ao coração – a ser publicada em seguida).

Agora, retornaremos à nossa história das almas terrestres e esclareceremos como o despertar da etapa do ego se encaixa com a aparição do homem na Terra.
As almas terrestres entrando na etapa do ego; a aparição do homem na Terra.

A etapa na qual as almas terrestres exploraram a vida vegetal e animal coincidiu com a etapa da inocência ou paraíso nos níveis internos. A vida floresceu na Terra, sob a orientação e amparo de seres espirituais dos reinos angélicos e dos devas. (Os Devas trabalham no nível etéreo de um modo mais próximo ao mundo físico que os anjos).

Os corpos etéreos de plantas e animais foram incondicionalmente receptivos ao cuidado e às nutritivas energias maternais dos reinos angélicos e dos Devas. Não tiveram inclinações de escapar ou ir-se e encontrar seu próprio modo de fazer as coisas... Ainda existia um grande sentido de unidade e harmonia entre todos os seres viventes.

O surgimento do homem macaco, entretanto, marcou um ponto de transformação no desenvolvimento da consciência. Essencialmente, ao caminhar ereto e através do desenvolvimento do cérebro, a consciência que residia no homem macaco obteve um maior domínio sobre o meio ambiente. A consciência, encarnada no antropóide, começou a experimentar como era ter mais controle sobre seu entorno direto. Começou a descobrir seu próprio poder, sua própria habilidade de influenciar seu meio ambiente.

Começou a explorar o livre-arbítrio.

Este desenvolvimento não foi fortuito. Foi uma resposta a uma necessidade interior sentida pelas almas terrestres, uma necessidade de explorar a individualidade em níveis mais profundos que anteriormente. O crescente autoconhecimento das almas terrestres estabeleceu a etapa para a aparição do homem em termos biológicos, o ser humano que conhecemos.

Quando as almas terrestres ficaram prontas para entrar na etapa do ego, a criação do homem permitiu a estas almas experimentar uma forma de vida com livre-arbítrio. Isso também dotou as consciências encarnadas com uma maior consciência do 'eu' como oposto ao 'outro'. Com isso, estabeleceu- se a etapa para possíveis conflitos entre 'meu interesse' e 'seu interesse', 'meu desejo' e 'seu desejo'. O individual escapou da unidade manifesta, da ordem natural de 'dar e tomar', para descobrir que outros caminhos estavam disponíveis. Isso marcou o 'fim do paraíso' na Terra. Pedimos que considerem isso não como um evento trágico, mas como um processo natural (como as estações do ano). Foi uma mudança natural de eventos que finalmente lhes permitiu (nestes dias e época) equilibrar divindade e individualidade dentro de seu ser.

Quando a consciência da alma terrestre entrou na etapa do ego e começou a explorar 'ser humano', as influências dos devas e angélicas lentamente se retiraram. A verdadeira natureza dessas forças é respeitar o livre-arbítrio de todas as energias que encontram. Nunca exercerão sua influência sem convite. Portanto, as consciências do ego tiveram um livre reinado e as almas terrestres passaram a conhecer todos os golpes e inconvenientes do poder. Isso também afetou o reino vegetal e animal. Poder-se-ia dizer que a emergente energia guerreira foi parcialmente absorvida por esses reinos não humanos, o que criou um certo distúrbio dentro deles. Isso ainda está presente hoje em dia. Quando as almas terrestres desejaram novas experiências, isto também as fez receptivas a novas influências externas. Aqui, queremos chamar a atenção especialmente para tipos de influência extraterrestre, galáctica, as quais muito afetaram as amadurecidas, mas ainda jovens, almas terrestres. É neste ponto de nossa história, que as almas, às quais denominamos trabalhadores da luz, entraram em cena.

Influências galácticas sobre o homem e a Terra

Por influências galácticas ou extraterrestres, entendemos as influências de energias coletivas associadas a certos sistemas estelares, estrelas ou planetas. No universo, há muitos níveis ou dimensões de existência. Um planeta ou estrela pode existir em várias dimensões, estendendo-se das dimensões materiais até as mais etéreas. Em geral, as comunidades galácticas que influenciaram as almas terrestres existiram em uma realidade menos 'densa' ou material que aquela na qual vocês existem na Terra.  Os reinos galácticos estiveram habitados por almas amadurecidas que nasceram muito antes que as almas terrestres que estavam nos começos de sua etapa do ego.

Quando a Terra tornou-se habitada por toda forma de vida, e finalmente pelo homem, os reinos extraterrestres observaram este desenvolvimento com grande interesse. A diversidade e abundância de formas de vida chamaram sua atenção. Sentiram que algo especial estava ocorrendo aqui. Entre as diferentes comunidades galácticas, ocorreram muitas lutas e batalhas por muito tempo. Isso foi, em certo sentido, um fenômeno natural, já que a consciência das almas acarreta necessidade de batalha para descobrir tudo a respeito 'do centrado em mim' e o poder. Estiveram explorando o trabalho do ego e, à medida que 'progrediram', tornaram-se adeptas da manipulação de consciência. Tornaram-se peritas em subordinar outras almas ou comunidades de almas a suas regras, por meio de sutis e não tão sutis ferramentas psíquicas.

O interesse que as comunidades galácticas tiveram sobre a Terra foi principalmente egocêntrico. Viram aí uma oportunidade para exercer sua influência de novas e poderosas maneiras. Poder-se-ia dizer que naquele momento as batalhas intergalácticas tinham alcançado um ponto morto. Quando vocês brigam uns com outros uma e outra vez, alcançam um equilíbrio logo depois de um tempo, uma divisão de zonas de poder por assim dizer. Vocês conhecem um ao outro tão bem que sabem quando há espaço para atuar e quando não há. Desse modo, a situação alcança um beco sem saída e os inimigos galácticos esperaram novas oportunidades na Terra.

Pensaram que a Terra poderia lhes prover um cenário para renovar a batalha e superar o beco sem saída. O modo como as comunidades galácticas pensaram exercer sua influência sobre a Terra foi por meio da manipulação da consciência das almas terrestres. As almas terrestres eram particularmente receptivas à sua influência quando entraram na etapa do ego. Antes disso, elas eram imunes a qualquer força externa motivada por poder, porque elas mesmas não estavam inclinadas a exercer o poder. Vocês são imunes à agressão e ao poder, quando dentro de vocês não há nada a que estas energias possam apegar-se. Portanto, as energias galácticas não puderam acessar a consciência das almas terrestres, antes que estas almas decidissem elas mesmas explorar a energia do poder.

A transição à etapa do ego tornou as almas terrestres vulneráveis porque, além de sua intenção de explorar a consciência do ego, elas eram ainda muito inocentes e ingênuas. Portanto, não foi difícil para os poderes galácticos impor suas energias sobre a consciência das almas terrestres. O modo como operaram foi por meio da manipulação da consciência ou controle mental. Suas tecnologias eram muito sofisticadas. Eles tiveram principalmente ferramentas psíquicas, não muito diferentes à lavagem de cérebro através da sugestão hipnótica subconsciente. Trabalharam em níveis psíquicos e astrais, mas influenciaram o homem nos níveis materiais/físicos do corpo. Influenciaram o desenvolvimento do cérebro humano, proporcionando mais experiências aos seres humanos.

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Essencialmente estimularam modelos de pensamento e emoções baseados no medo. O medo já estava presente na consciência das almas terrestres como resultado da dor e saudade que toda alma jovem traz dentro de si. Este medo existente foi tomado pelos poderes galácticos como seu ponto de partida para ampliar enormemente a energia de medo e subordinação nas mentes e emoções das almas terrestres. Isso lhes permitiu controlar a consciência humana. Os guerreiros galácticos conseqüentemente trataram de lutar contra seus anteriores inimigos galácticos através (utilizando o) do ser humano. A luta de poder sobre a humanidade foi uma luta entre velhos inimigos galácticos que utilizaram seres humanos como seus títeres.  O delicado sentido de individualidade e autonomia das almas da Terra foi talhado em seus primórdios por esta violenta intervenção, esta guerra pelo coração da humanidade.

Entretanto, os interventores galácticos não puderam verdadeiramente privar as almas da Terra de sua liberdade. Apesar da massiva influência extraterrestre, a essência divina dentro de cada consciência de alma individual permaneceu indestrutível. A alma não pode ser destruída, embora sua natureza livre e divina tenha ficado velada por um longo tempo. Isto está relacionado com o fato de que o poder no fim de contas não é real. O poder sempre alcança seu objetivo através das ilusões de medo e ignorância. Pode somente esconder e velar as coisas; não pode verdadeiramente criar ou destruir nada.  Mais ainda, esse verdadeiro ataque sobre as almas terrestres não somente trouxe escuridão à Terra. Conseguiu, sem intenção alguma, iniciar uma profunda mudança na consciência dos guerreiros galácticos, uma mudança para uma nova etapa da consciência: iluminação ou 'segunda inocência'.

PARTE 2