Fenômenos Inexplicáveis

A incrível tecnologia dos Antigos - Parte 9

tecan94O Enigma da Tecnologia Antiga (livro: “A Incrível Tecnologia dos Antigos” de David Hatcher Childress) Capítulo 6B – Fogo grego, armas a plasma e guerra nuclear.Se dermos crédito ao grandioso épico indiano do Mahabharata, bata­lhas fantásticas foram travadas no passado, com aeronaves, feixes de par­tículas, guerra química e, presumivelmente, armas atômicas. Assim como algumas batalhas do século XX foram travadas com armas incrivelmente devastadoras, pode ser que nos últimos dias da Atlântida as batalhas fos­sem travadas com armas altamente sofisticadas e hi-tech.

O misterioso fogo grego era uma “bola de fogo química”. Misturas incendiárias remontam pelo menos ao século V a.C., quando Enéas, o Táti­co, escreveu um livro chamado On the defense of fortified positions. Dis­se:

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“E o fogo que é poderoso e quase inextinguível, deve ser preparado desta maneira: piche, enxofre, estopa, incenso granulado e serragem de pinho em sacos aos quais você deve atear fogo caso deseje incendiar alguma ins­talação ou arma do inimigo”.

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Em seu livro The ancient engineers, L. Sprague de Camp menciona que, em algum momento, descobriu-se que o petróleo, que emerge do solo no Iraque (antiga Suméria) e em outros lugares, era a base ideal para misturas incendiá­rias, pois podia ser esguichado por meio de mangueiras do tipo usado para apagar incêndios. Outras substâncias eram agregadas a ele, como enxo­fre, azeite de oliva, resina, betume, sal e cal viva.

Alguns desses aditivos podem ter ajudado – o enxofre produzia um excelente mau cheiro, pelo menos – mas outros não, embora se imaginas­se que fossem úteis. O sal, por exemplo, podia ser adicionado porque o sódio nele presente dava à chama uma cor alaranjada intensa. Os antigos, supondo que chamas mais brilhantes fossem necessariamente mais quen­tes, erroneamente acreditavam que o sal fazia com que o fogo queimasse mais. Essas misturas eram depositadas em barris de madeira fina e lançadas por catapulta contra navios hostis, máquinas de ataque (catapultas) de ma­deira e instalações de defesa.

Segundo de Camp, em 673 d.C. o arquiteto Kallinikos antecipou-se aos invasores árabes, indo de Heliópolis-Baalbek até Constantinopla. Lá, ele revelou ao imperador Constantino IV uma fórmula aprimorada de líquido incendiário. Este podia ser lançado não só contra o inimigo, mas ser usa­do com efeitos impressionantes no mar, pois incendiava ao tocar a água e flutuava em chamas sobre as ondas.

De Camp diz que galeões bizantinos eram armados com um aparelho lança-chamas na proa, composto por um tanque com essa mistura, uma bomba e um bico. Com a ajuda dessa mistura, os bizantinos romperam os cercos árabes de 674-676 e de 715-718 d.C., além de vencerem os ataques russos em 941 e 1043 d.C. O líquido incendiário causava imenso caos; dos oitocentos navios árabes que atacaram Constantinopla em 716 d.C., ape­nas um punhado deles voltou para casa.A fórmula para a versão úmida do fogo grego nunca foi descoberta(1). Segundo de Camp:

“Tomando as medidas de segurança necessárias, os imperadores bizantinos conseguiram manter o segredo dessa substância – o “fogo úmido” ou “fogo selvagem” – tão bem-protegido que ela nunca chegou a ser conhecida do público. Quando lhes perguntavam a respeito, diziam com ar ingênuo que um anjo revelara a fórmula ao primeiro Constantino. Só resta, portanto, tentar adivinhar a natureza dessa mistura. Segundo uma teoria controvertida, o fogo líquido era petróleo misturado a fosfato de cál­cio, que pode ser feito com lima, ossos e urina. Talvez Kallinikos tenha cria­do essa substância por acaso, no decorrer de experiências alquímicas”.

A vitrificação de tijolos, pedras e areia pode ter sido causada por di­versos meios avançados. O escritor neozelandês Robin Collyns sugere, em seu livro Ancient astronauts: a time reversal?, que há cinco maneiras pelas quais os antigos, ou os “antigos astronautas”, poderiam ter guerreado com diversas sociedades do planeta Terra. Ele mostra que esses métodos res­surgiram na sociedade moderna.

Os cinco métodos são: armas a plasma, maçarico de fusão, buracos fei­tos na camada de ozônio, manipulação de processos climáticos (HAARP) e liberação de energias gigantescas, como uma explosão atômica. Como o livro de Collyns foi publicado em 1976 na Grã-Bretanha, a menção a buracos na ca­mada de ozônio e a alterações climáticas parece estranhamente profética.

Explicando a arma a plasma, Collyns diz: “A arma a plasma já foi de­senvolvida experimentalmente para fins pacíficos: cientistas ucranianos do Instituto de Mecânica Geotécnica cavaram túneis em minas de ferro usando um plasmatron, ou seja, um jato de plasma que produz uma tem­peratura de 6.000°C”.

Plasma, neste caso, é um gás eletrificado. Gases eletrificados tam­bém são encontrados no antigo livro indiano sobre vimanas, o Vymanika Shastra, que fala de maneira cifrada do uso de mercúrio líquido como combustível, que poderia se transformar em plasma se fosse eletrificado. Collyns prossegue na descrição de um maçarico de fusão:

Esta é outra possível forma de combate usada por homens do espaço ou por antigas civilizações avançadas da Terra. Talvez os espelhos solares da Antigüidade fossem, na verdade, maçaricos de fusão que, basicamente, é um desdobramento do jato de plasma. Em 1970, na reunião sobre ciência aeroespacial em Nova York, os doutores Bernard J. Eastlund e William C. Cough apresentaram uma teoria para desenvolver-se um maçarico de fu­são. A idéia básica seria gerar um calor fantástico, de 50 milhões de graus Celsius, pelo menos, de forma contida e controlada. Ou seja, a energia libe­rada poderia ser usada em muitas aplicações pacíficas, desprovida de pro­duto radiativo que pudesse contaminar o meio ambiente e sem gerar elementos radiativos que seriam muito perigosos, como o plutônio, a subs­tância mais letal conhecida pelo homem. A fusão termonuclear ocorre na­turalmente em processos estelares e artificialmente em explosões de bombas de hidrogênio feitas pelo homem.

A fusão de um núcleo de deutério (isótopo pesado de hidrogênio que pode ser extraído facilmente da água do mar) com outro núcleo de deutério, com trítio (outro isótopo de hidrogênio) ou com hélio pode ser a base. O maçarico de fusão em si seria um jato de plasma ionizado que vaporizaria toda e qual­quer coisa para a qual fosse direcionado – caso fosse utilizado com propósi­tos nocivos -; ou eqüivaleria a um jato empregado na extração de elementos básicos de peças metálicas inúteis, no caso de aplicações pacíficas.

Em 1974, cientistas da Universidade do Texas anunciaram o desenvolvi­mento do primeiro maçarico experimental de fusão, que produziu o incrível calor de 93 [milhões?] de graus Celsius. É cinco vezes superior à mais eleva­da temperatura produzida por um gás dentro de um recipiente, e duas vezes superior ao calor mínimo necessário para a fusão. Porém, durou a fração de 1/50.000.000 de segundo, e não o tempo de um segundo, que seria necessá­rio para o processo.

É curioso observar que o doutor Bernard Eastlund é o detentor da pa­tente de outro aparelho incomum, associado ao projeto HAARP em Gakona, Alasca. O HAARP (High Frequency Active Aurorai Research Program, ou Programa de Pesquisas sobre a Atividade de Alta Freqüência Auroral) es­taria ligado à manipulação do clima, um dos modos pelos quais Collyns imagina que os antigos atacavam os inimigos. No que diz respeito a buracos no ozônio e manipulação do clima, Collyns afirma:

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Cientistas soviéticos têm discutido e proposto nas Nações Unidas um veto ao desenvolvimento de novas idéias bélicas, como a criação de buracos ou “janelas” na camada de ozônio para bombardear regiões da Terra com ra­diações ultravioleta cada vez mais intensas, matando todas as formas de vida e transformando o planeta em um deserto estéril. Outras idéias discutidas na reunião foram o uso de “infra-som” para des­truir navios, criando-se campos acústicos no mar ou lançando um imenso pedaço de rocha ao mar com um aparato atômico barato. A onda resultante poderia destruir a região costeira de um país. Outras ondas sísmicas po­dem ser criadas detonando-se artefatos nucleares nos pólos congelados. Inundações, furacões, secas e terremotos controlados, dirigidos a cidades e alvos específicos, são outras possibilidades.

Finalmente, embora não seja um novo método de combate, estão sendo desenvolvidas hoje armas incendiárias capazes de produzir “bolas de fogo químicas”, irradiando energia térmica similar à de uma bomba atômica.

Evidências de guerra atômica no Vale da Morte, Califórnia?

Em Secrets of the lost races, Rene Noorbergen discute as evidências de uma guerra cataclísmica no passado remoto, que incluiria o uso de aero­naves e armas que vitrificariam cidades de pedra.

Os remanescentes vitrificados mais numerosos do Novo Mundo situam-se no oeste dos Estados Unidos. Em 1850, o capitão Ives William Walker, ex­plorador americano, foi o primeiro a avistar algumas dessas ruínas, locali­zadas no Vale da Morte. Ele descobriu uma cidade com 1,5 quilômetro de extensão, mais ou menos, com as linhas das ruas e as posições das edificações ainda visíveis. No centro, encontrou uma imensa pedra, com uma altura de 7 a 10 metros, com os restos de uma enorme estrutura sobre ela. As faces sul da pedra e da edificação estavam derretidas e vitrificadas. Walker presumiu que um vulcão fora responsável por esse fenômeno, mas não há vulcões na área. Além disso, o calor tectônico não teria causado a liquefação da superfície da rocha. Um assistente do capitão Walker, que acompanhou sua primeira explora­ção, comentou:

“Toda região entre os rios Gila e San Juan está coberta de ruínas. As ruínas de cidades lá encontradas são vastas, estão queimadas e parcialmente vitrificadas, cheias de pedras fundidas e crateras causadas por fogos cujo calor era suficiente para liqüefazer rocha ou metal. Há pedras de pavimen­tação e casas com grandes fissuras […] [como se tivessem sido] atacadas por um gigantesco arado de fogo”.

Parecem fascinantes essas ruínas vitrificadas do Vale da Morte – mas será que existem mesmo? Com certeza, há evidências de antigas civilizações na área. Em Titus Canyon, petróglifos e inscrições foram feitas nas paredes por mãos pré-históricas desconhecidas. Alguns especialistas acham que as inscrições podem ter sido feitas por pessoas que viveram lá muito antes dos índios que conhecemos, pois os índios de hoje não sabem nada a respeito dos glifos e, na verdade, tratam-nos com reverência supersticiosa. Diz Jim Brandon em seu livro Weird America:

As lendas paiute falam de uma cidade perto do Vale da Morte a qual dão o nome de Shin-au-av. Tom Wilson, guia índio na década de 1920, afirmava que seu avô tinha redescoberto o lugar percorrendo a esmo o enorme labi­rinto de cavernas situado sob o solo do vale. Finalmente, o índio chegou a uma cidade subterrânea onde as pessoas fala­vam uma língua incompreensível e vestiam roupas feitas de couro. Wilson contou essa história depois que um minerador chamado White afirmou ter caído em uma mina abandonada em Wingate Pass e em um túnel desconhe­cido. White seguiu esse túnel por uma série de recintos, nos quais desco­briu centenas de múmias humanóides com roupas de couro. Barras de ouro estavam empilhadas como tijolos e dispostas em prateleiras.

White afirmou que explorou as cavernas em três ocasiões. Em uma delas, sua mulher acompanhou-o e em outra quem o acompanhou foi seu sócio, Fred Thomason. Contudo, nenhum deles conseguiu localizar nova­mente a abertura para a caverna quando tentaram levar um grupo de ar­queólogos para percorrer o lugar.

Ao que parece, um personagem local sabia como encontrar o lugar. Brandon relata que “Death Valley Scotty”, um excêntrico que gastou mi­lhões de dólares construindo um castelo em sua propriedade na região, saía “minerando” quando suas reservas ficavam baixas. Death Valley Scotty saía pelas montanhas Grapevine, perto dali, trazendo de volta ouro aparentemente refinado, mas que ele dizia ter minerado. Muitos acham que ele obtinha ouro nas pilhas de barras do sistema de túneis sob o Vale da Morte.

A evidência de uma civilização perdida no Vale da Morte apareceu em um relatório estranho, repleto de cavernas e múmias no Hot Citizen, um jornal de Nevada, em 5 de agosto de 1947. A história é a seguinte:

EXPEDIÇÃO ENCONTRA ESQUELETOS DE 3 METROS DE ALTURA

Um grupo de arqueólogos amadores anunciou hoje a descoberta de uma civilização perdida de homens de 3 metros de altura, em cavernas da Califór­nia. Howard E. Hill, porta-voz da expedição, disse que a civilização pode ser “o fabuloso continente perdido da Atlântida”.

As cavernas contêm múmias de homens e animais e implementos de uma cultura com cerca de 80 mil anos de idade mas, “em alguns aspectos, mais avançada do que a nossa”, disse Hill. Ele informou que as 32 cavernas cobriam uma área de 290 quilômetros quadrados no Vale da Morte da Califórnia e no sul de Nevada.

ARQUEÓLOGOS ESTÃO CÉTICOS

“Esta descoberta pode ser mais importante do que a abertura da tumba do rei Tutankamon”, disse ele.

Arqueólogos profissionais mostraram-se céticos ao saber da história de Hill. Os cientistas do Museu do Condado, de Los Angeles, disseram que dinossauros e tigres – que Hill afirmou terem sido encontrados lado a lado nas cavernas – apareceram na Terra com uma diferença de 10 a 13 milhões de anos. Hill disse que as cavernas foram descobertas em 1931 pelo doutor F. Bruce Russell, médico de Beverly Hills, que literalmente caiu nelas enquanto bai­xava um eixo para explorar uma mina.

“Durante anos ele tentou despertar o interesse das pessoas pelas cavernas”, disse Hill, “mas ninguém acreditou nele”.

Russell e diversos amadores criaram a empresa AmazingExplorations, Inc., após a guerra, e começaram a escavar. Diversas cavernas continham vestí­gios mumificados de “uma raça de homens com 2,60 a 3 metros de altura”, disse Hill, “e aparentemente usavam um traje pré-histórico – roupa de peles de comprimento médio, casaco e calças na altura do joelho”.

TEMPLO DESCOBERTO NA CAVERNA

Outra caverna continha um espaço para rituais com aparatos e inscrições semelhantes às da maçonaria, disse ele.

“Um longo túnel que saía desse templo conduzia a um recinto”, disse Hill, “que continha os restos bem-preservados de dinossauros, tigres-de-dente-de-sabre, elefantes imperiais e outras feras extintas, lado a lado, em nichos, como se estivessem em exibição”.

“Aparentemente, alguma catástrofe levou a população para as cavernas”, disse ele. “Alguns dos implementos de sua civilização foram encontrados”, disse, “inclusive utensílios domésticos e fornos, que aparentemente cozi­nhavam com ondas de rádio”.

“Eu sei que você não vai acreditar”, disse finalmente.

Embora sua autenticidade seja questionável, é no mínimo uma histó­ria interessante. O comentário final, sobre preparar alimentos com ondas de rádio como algo inacreditável, é irônico. Essa seria a única coisa que os atuais leitores da história considerariam verídica, levando-se em conta o uso corriqueiro de fornos de microondas hoje em dia – mas quem ouviria falar deles em 1947?

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Sodoma e Gomorra são apresentadas a Hiroshima e Nagasaki

Provavelmente, a mais famosa de todas as histórias “atômicas” da Antigüidade é a conhecida história bíblica de Sodoma e Gomorra.

Então Javé disse: “O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito grande e o pecado deles é muito grave […] Então Javé fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra; destruiu essas cidades e toda a planície, com os habitantes das cidades e a vegetação do solo. A mulher de Lot olhou para trás e se transformou numa estátua de sal […] Olhou para Sodoma, para Gomorra e para toda a planície, e viu a fumaça subir da terra, como a fuma­ça de uma fornalha”. (Gênesis 18:20,19:24-26, 28).

Essa passagem bíblica sintetiza o poder destruidor da “ira de Deus” aplicado a lugares onde se peca. A Bíblia é muito específica quando trata da localização de Sodoma e Gomorra, bem como de muitas outras cida­des; elas ficavam no Vale de Sidim, na extremidade sul do mar de Sal (hoje chamado mar Morto). Outras cidades da área, segundo a Bíblia, eram Segor, Adama e Seboim (Gênesis 14:2). Mesmo na Idade Média, ainda exis­tia uma cidade chamada Segor na região.

O mar Morto fica 420 metros abaixo do nível do mar e tem a incrível profundidade de 396 metros. O fundo desse mar encontra-se, portanto, 818 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Aproximadamente 30% da água do mar Morto consistem de ingredientes sólidos, principalmente cloreto de sódio, ou seja, sal de cozinha (normalmente a presença de sal na água do mar é de 3,3% a 4%). 0 rio Jordão e muitos outros rios menores deságuam nessa bacia, que não tem uma única saída, e aquilo que seus tributários trazem em termos de substâncias químicas fica depositado nos 1.300 quilômetros quadrados do mar Morto. A evaporação sob o sol escaldante dá-se na superfície do mar à razão de 8,3 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo a tradição árabe, saem tantos gases venenosos do lago que as aves não conseguem sobrevoá-lo, pois morreriam antes de chegar ao outro lado.

A primeira exploração moderna do mar Morto deu-se em 1848, quando W. F. Lynch, geólogo americano, liderou uma expedição para lá. Do na­vio de pesquisas governamentais, tirou dois botes metálicos fixando-os a grandes carretas. A expedição de Lynch, puxada por parelhas de cava­los, chegou ao mar Morto alguns meses depois, e sua equipe descobriu que as tradições estavam corretas: uma pessoa não consegue afundar nele. Fizeram também uma prospecção no lago, observando sua profun­didade incomum e a área rasa, ou “língua”, na extremidade sul. Imagina-se ter existido nessa área o Vale de Sidim, com as cinco cidades bíblicas. É possível ver florestas inteiras recobertas de sal sob as águas dessa parte sul do lago.

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As teorias históricas convencionais sobre a destruição de Sodoma e Gomorra, como aquela apresentada em The Bible as history, por Werner Keller, afirma que as cidades do vale de Sidim foram destruídas quando um deslocamento de placa tectônica fez com que o Great Rift Valley, do qual o mar Morto faz parte, afundasse, e a área da extremidade sul do mar Morto cedesse. Durante o grande terremoto deve ter havido explosões, gases naturais teriam vindo à tona e enxofre teria caído como chuva. É provável que isso tenha acontecido por volta de 2.000 a.C., época de Abraão e Lot, segundo Keller, embora os geólogos situem o evento em muitos milhares de anos antes disso. Diz Keller:

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“O vale do Jordão é apenas parte de uma imensa fratura na crosta terrestre, e o caminho dessa fenda já foi mapeado desde então. Ela começa bem ao norte, centenas de quilômetros além da fronteira da Palestina, aos pés das monta­nhas Taurus, na Ásia Menor; ao sul, estende-se da margem sul do mar Mor­to, percorrendo o Wadi el-Arabah, até o golfo de Acaba, e só termina aquém do mar Vermelho, na África. Em muitos pontos dessa grande depressão, são óbvios os sinais de atividades vulcânicas no passado: há basalto negro e lava nas montanhas da Galiléia, no planalto da Transjordânia, nas margens do Jabbok, tributário do rio Jordão, e no golfo de Ácaba. O afundamento desencadeou forças vulcânicas que ficaram adormecidas no fundo, ao longo da extensão da fratura. Nos vales superiores do Jordão, perto de Bashan, ainda se vêem as elevadas crateras de vulcões extintos; grande acúmulo de lava e profundas camadas de basalto foram depositados sobre a superfície de calcário. Desde tempos imemoriais, a área ao redor dessa depressão esteve sujeita a terremotos. Há várias evidências deles, e a própria Bíblia os registra. Será que Sodoma e Gomorra afundaram quando uma parte da base dessa enorme fissura ruiu ainda mais sob terremotos e erupções vulcânicas?”

Quanto às estátuas de sal, Keller esclarece:

“A oeste da margem sul e na direção da bíblica “Terra do Sul” – o Negev -, estende-se uma crista de colinas de 50 metros de altura, aproximadamente, com cerca de 16 quilômetros, de norte a sul. Suas ondulações reluzem e bri­lham ao sol como diamantes. É um estranho fenômeno da natureza. A maior parte dessa pequena cadeia de colunas consiste de puro sal em pedra. Os árabes chamam-na de Jebel Usdam, um nome antigo que preserva a raiz da palavra “Sodoma”. Muitos blocos de sal foram desgastados pela chuva e des­lizaram coluna abaixo. Eles têm formas estranhas e alguns ficam em pé, parecendo estátuas. É fácil imaginar, num relance, que elas ganham vida. Essas estranhas esculturas fazem com que nos lembremos da descrição bí­blica da mulher de Lot, que se transformou em estátua de sal. E até hoje tudo que fica na proximidade do mar de sal se reveste rapidamente de uma crosta de sal.”

Contudo, o próprio Keller admite haver um problema muito sério com a teoria do cataclismo que mandou o vale de Sidom para o fundo do mar Morto: isso deve ter acontecido há muitas centenas de milhares, até mi­lhões, de anos, pelo menos segundo a maior parte dos geólogos. Diz Keller:

“Devemos nos lembrar especialmente do fato de que a fissura do Jordão foi formada antes de 4.000 a.C. Com efeito, segundo a mais recente cronologia dos fatos, a fissura teve origem no Oligoceno, o terceiro estágio mais antigo do Terciário. Assim, temos de pensar não em termos de milhares, mas de mi­lhões de anos. Sabe-se que desde então tem havido violenta atividade vulcâni­ca ligada à fissura do Jordão, mas mesmo assim não chegamos muito mais perto do que do Pleistoceno, que se encerrou há mais ou menos dez mil anos. Certamente não nos aproximamos do terceiro, muito menos do segundo mi­lênio a.C., período no qual geralmente são situados os patriarcas.”

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Em suma, Keller está dizendo que qualquer catástrofe geológica que tivesse destruído Sodoma e Gomorra deveria ter ocorrido há um milhão de anos, segundo lhe disseram os geólogos. Keller diz que os geólogos não encontraram nenhuma evidência de catástrofe recente na extremidade sul do mar Morto, pelo menos não nestes últimos dez mil anos. Diz Keller:

Além disso, é precisamente ao sul da península de Lisan, onde se diz que Sodoma e Gomorra foram aniquiladas, que cessam os vestígios de uma ativi­dade vulcânica anterior. Resumindo, a prova de uma catástrofe razoavelmen­te recente que teria destruído cidades, e que teria sido acompanhada de violenta atividade vulcânica nessa região, não é apresentada pelos geólogos.

Eis o problema: a área do mar Morto pode ter sofrido um cataclismo que seria a origem da história do Antigo Testamento; contudo, geólogos conservadores, adeptos do uniformitarianismo, disseram que essas mu­danças devem ter acontecido muito antes do surgimento de qualquer me­mória coletiva sobre o assunto.

No final de 1999, foi proposta uma nova teoria pelo estudioso bíblico inglês Michael Sanders e por uma equipe internacional de pesquisadores, que descobriram o que parecem ser os restos incrustados de sal de anti­gos assentamentos no leito do mar, após diversas semanas repletas de mergulhos em um minissubmarino.

Sanders declarou a uma equipe de televisão do Canal 4 da BBC, que fez um documentário sobre a expedição:

Há uma boa chance de que esses montes estejam cobrindo estruturas de tijolos e que sejam uma das cidades perdidas da planície, talvez até Sodoma e Gomorra, embora eu precisasse examinar as evidências. Essas histórias da Bíblia foram passadas por tradição oral de geração em geração, até se­rem registradas por escrito, e parece que isso levou um bom tempo.

O senhor Sanders encontrou um mapa datado de 1650 que reforçou sua crença na hipótese de que essas duas cidades talvez se situassem sob a bacia norte, e não na extremidade sul do mar Morto. Ele recrutou Richard Slater, geólogo americano e perito em mergulho profundo, para levá-lo ao fundo do mar Morto no minissubmarino Delta, de dois luga­res, que participou da descoberta do transatlântico Lusitânia, afunda­do há muito tempo.

A localização que Sanders aponta para Sodoma e Gomorra, na pro­funda parte norte do mar Morto, é ainda mais conflitante com a história e com a geologia do que as teorias apresentadas por Keller, que situa-as no raso extremo sul. Portanto, voltamos à teoria popular: essas cidades não teriam sido destruídas por um cataclismo geológico, mas por um apocalipse criado pelo homem (ou por extraterrestres) e de natureza tec­nológica e atômica. Teriam sido Sodoma e Gomorra vítimas de um ataque com ar­mas atômicas, como Hiroshima e Nagasaki?

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Em seu livro Footprints on the sands of time, o pesquisador L. M. Lewis afirma que Sodoma e Gomorra foram destruídas por armas atômi­cas, e diz que as estátuas de sal e o elevado teor salino do mar Morto são evidências de uma explosão nuclear. Segundo Lewis:

Quando Hiroshima estava sendo reconstruída, notou-se que grandes exten­sões de solo arenoso foram transformadas atomicamente em uma substân­cia semelhante a um silício vitrificado, permeado por um cristalóide salino. Foram cortados pequenos blocos da massa e vendidos a turistas como re­cordações da cidade – e da ação atômica.

Se uma explosão ainda maior tivesse pulverizado cada pedra de cada edifi­cação – e toda a cidade tivesse desaparecido no ar – ainda haveria indica­ções visíveis do evento nos arredores da área de devastação. Em alguns pontos, haveria certamente uma diferença marcante no solo ou uma altera­ção atômica em algum objeto digno de nota”.

Lewis afirma que se as estátuas de sal na extremidade do mar Morto fossem de sal comum, teriam desaparecido com as chuvas periódicas. Na verdade, essas estátuas são de um sal especial, mais duro, criado apenas por uma reação nuclear, como uma explosão atômica.

Essas estátuas de sal têm, com efeito, durado um bom tempo. Não ape­nas estavam presentes na Antigüidade como ainda hoje estão de pé. Lewis menciona o conhecido historiador romano Josefo, que em seu livro History of the jews (2) diz, “[…] mas a todo o momento a mulher de Lot se voltava para ver a cidade enquanto caminhavam, embora Deus os tivesse proibi­do de fazê-lo, e ela foi transformada em uma estátua de sal: eu a vi, e ela continua lá até este dia”.

Comenta Lewis: “Deve ser enfatizado que Flávio Josefo viveu entre 37 e 100 d.C. Como foi dito antes, Sodoma foi desintegrada em torno de 1898 a.C. Não é espantoso que Josefo tenha visto a ‘estátua de sal’ humana após quase dois mil anos? Se fosse sal comum, teria derretido na primeira chuva”. Embora possa ter havido muitas estátuas de sal ao longo da história, Lewis acha que a evidência endossa uma explosão atômica.

A alteração atômica do solo sobre o qual esteve a mulher de Lot e do solo de Hiroshima têm semelhanças que não podem ser negadas! Ambos passaram por uma conversão atômica repentina, que só poderia ter sido causada pela ação instantânea da fissão nuclear. Como coisas que produzem o mesmo resulta­do são iguais entre si, é difícil não nos convencermos de que, assim como Hiroshima foi destruída, Sodoma foi desintegrada por meios similares, e a mulher de Lot transformada atomicamente no mesmo instante. Se confiarmos na veracidade de Josefo, a única conclusão a que podemos chegar é que Sodoma foi destruída por fissão nuclear.

A história de Sodoma e Gomorra é intrigante, não apenas por causa da destruição, como das personalidades envolvidas, tal como o anjo que disse a Lot que deveria sair das cidades fadadas à destruição.

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Será que Lot foi avisado porque as cidades seriam “pulverizadas” por extraterrestres ou por humanos com armas de alta tecnologia? Eles disse­ram a Lot que ele deveria retirar sua família, mas sua mulher olhou para trás e foi cegada pelo brilho da explosão atômica. Talvez seu corpo tam­bém tenha sido transformado atomicamente.

Hoje, na extremidade sul do mar Morto, há uma moderna indústria química, parecida com uma base alienígena. Estranhas torres se erguem do deserto. Edificações inusitadas, com domos e espiras, estão cobertas de luzes multicoloridas. Dá até para esperar que um disco voador pouse a qualquer momento. É a Indústria Química do Mar Morto. De dia, ela parece mais normal, como se fosse uma refinaria de petróleo; à noite, porém, as luzes que se espalham pela instalação dão-lhe um ar estranho.

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Dizem que essa imensa fábrica química conta com um estoque ilimi­tado de matéria-prima, como minerais valiosos e sais radiativos. Será que alguns desses produtos são o resultado de uma antiga explosão atômica?

[1] Pesquisas recentes demonstram que o fogo grego era uma mistura de salitre, nafta e de outros elementos em menor quantidade. Graças à presença da nafta, a mistura química queima na superfície da água. [n.r.t.]

[2] josefo, Flávio. História dos hebreus. São Paulo: Editora das Américas, 1956. 9 vols.

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