HISTÓRIA E CULTURA

O Dinheiro como Dívida - Parte 2

grana22sA Simples Verdade - A verdade é que, quando nós assinamos na linha pontilhada por um pedido de empréstimo ou hipoteca, o nosso compromisso de pagamento garantido pelos nossos ativos que servem como garantia no caso de não pagarmos, são as únicas coisas de valores reais envolvidas na transação. Para qualquer pessoa que acredite que honraremos o nosso compromisso, aquele contrato de empréstimo ou hipoteca é agora um pedaço de papel de portabilidade que pode ser trocado e negociado.

É um IOU. Representa valor, e por isso é uma forma de dinheiro. Este dinheiro que o tomador troca pelo empréstimo do banco. Agora um empréstimo no mundo natural significa que o emprestador deve ter algo para emprestar. Se precisas de um martelo, se eu tu emprestar uma promessa de te fornecer um martelo que não tenho, não servirá de nada. Mas no mundo artificial do dinheiro, a promessa de um banco de pagar com o dinheiro que ele não tem é permitida e nós aceitamos isso.

"Assim, o nosso meio de circulação está agora a mercê das transações bancárias, que empresta, não dinheiro, mas promessas de fornecer o dinheiro que ele não possui." Irving Fisher, autor e economista.

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Assim que o tomador assina o seu compromisso de dívida, o banco salda a transação criando, com poucos clics num computador, um débito correspondente do banco para o tomador. do ponto de vista do tomador isto torna-se um empréstimo em dinheiro na conta dele ou dela, e pelo fato de o governo permitir esse débito do banco para o tomador a ser convertido numa moeda de aceitação pública e de curso forçado, qualquer um tem que aceitar como dinheiro. Novamente, a verdade é muito simples e básica. Sem o documento que o tomador assinou, o banqueiro não teria nada para emprestar !

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Alguma vez imaginas-te se qualquer um dos governos, das corporações, dos pequenos empreendimentos, das familias, que todos podem ter dívidas ao mesmo tempo e por qual quantia astronômica? Na te questionou como pode haver tanto dinheiro lá para emprestar? AGORA JA SABES !!! NÃO EXISTE !!! Os bancos não emprestam dinheiro. Eles simplesmente o criam a partir de uma dívida. E agora a dívida é potencialmente ilimitada, também é o suprimento de dinheiro. E assim como tudo pode mudar SEM DÍVIDA, SEM DINHEIRO, a situação oposta também é verdadeira. Náo é impressionante, que apesar da incrível riqueza de recursos, inovações e produtividade que nos cercam, quase todos nós, de governos e empresas e indivíduos, estamos severamente endividados para com os banqueiros !

Se ao menos as pessoas parássem e pensassem: COMO PODE SER ISSO? Como pode ser que aquelas pessoas que realmente produzem toda a riqueza real no mundo ESTÃO EM DÍVIDA COM AQUELES QUE MERAMENTE EMPRESTAM O DINHEIRO QUE REPRESENTA AQUELA RIQUEZA? Ainda mais incrível é que uma vez que nos percebemos que nosso dinheiro é realmente UMA DÍVIDA, passamos a compreender que se não houvesse dívida, não haveria dinheiro.

"É assim que o nosso Sistema Monetário. Se não houvessem dívidas no nosso Sistema Monetário, não haveria dinheiro nenhum." Marriner S. Eccles, presidente e diretor do conselho da Reserva Federal.

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Se isso é novo para ti, tu não estas sozinho. A maioria das pessoas acreditam que se todas as dívidas forem pagas, o cenário econômico iria melhorar. Isto é até verdadeiro num nível individual. Assim como nós temos muito dinheiro para gastar quando acabamos de pagar os nossos empréstimos, imaginamos que se qualquer um que se livra de uma dívida, todos teriam mais dinheiro para gastar. Mas a verdade é exatamente oposta. NÃO HAVERIA DINHEIRO NENHUM !!! Ai está... Somos totalmente dependentes da continua renovação do crédito bancário, sem a qual não seria possível a existência do dinheiro. Se não ha empréstimos, não ha dinheiro.

Que foi o que aconteceu duratne a Grande Depressão: o suprimento de dinheiro foi drasticamente contraído a medida que os empréstimos ficavam cada vez mais restritios.

"Este é um pesnamento surpreendente. Estamos completamente dependentes dos Bancos Comerciais. Alguém tem que pedir emprestado todos os dólares que temos em circulação, dinheiro ou crédito. Se os bancos criam uma vasta quantia de dinheiro, somos prósperos, se não, morremos de fome. Nós estamos absolutamente sem um Sistema Monetário permanente. Quando alguém alcançar a completa compreenção disto, o trágico absurdo da nossa esperança leva a crer que é quase incrível, mas ai está." Robert H Hemphill, administrador do CRédito da Reserva Federal. Atlanta, geórgia


Dívida Perpétua


Vamos supor que os banqueiros criam apenas a quantia equivalente ao principal (sem juros). Eles não criam o dinheiro para pagar os juros. Então de onde é que ele vem? O único lugar em que os tomadores podem ir para obter o dinheiro para pagar os juros é do suprimento total do dinheiro da economia. Mas quase todo o suprimento de dinheiro foi criado exatamente da mesma forma e assim o crédito bancário tem que reembolsado com um valor superior ao criado ! Em qualquer lugar, há outros tomadores na mesma situação, tentando obter freneticamente o dinheiro para pagar tanto o principal quanto os juros a partir de um reservatório de dinheiro que contém apenas o valor principal.

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É claramente impossível para toda a gente possa pegar o principal adicionado dos juros porque os juros do dinheiro não existem. Isto pode ser expresso através de uma simples fórmula matemática. O grande problema aqui é que para os empréstimos de longo prazo tais como hipotecas e dívidas do governo, em que o total dos juros chegam a exceder o valor do principal. A menos que muito dinheiro extra seja criado para pagar os juros, isso significa uma proporção muto alta de execuções hipotecárias, e uma economia nada funcional. Para manter uma sociedade funcional a quantidade de excecuções hipotecárias deve ser baixa. E assim, para conseguir isto, cada vez mais novo dinheiro em forma de divida tem que ser criado para satisfazer a procura atual por dinheiro para servir as anteriores dívidas.

Mas claro, isto apenas aumenta ainda mais a dívida total. E isto significa que devem ser pagos ainda mais juros, resultando numa eterna escalada numa espiral inescapável a fim de suportar as dívidas criadas.

DINHEIRO EM DÍVIDA / DINHEIRO CRIADO

É apenas uma defasagem entre a criação de dinheiro como novos empréstimos e o seu reembolso posterior que evita que a falta de dinheiro não consiga acompanhar o sistema e assim levá-lo a falência. Contudo, como o monstro insaciável do crédito dos banqueiros cresce cada vez mais, a necessidade de criar cada vez mais dinheiro de dívida a necessidade de criar cada vez mais dinheiro de dívida para alimentá-lo torna-se cada vez mais urgente. Porque é que as taxas de juros estão tão baixas? Porque é que recebemos tantos cartões de crédito sem solicitar pelo correio? Porque o governo dos EUA gasta cada vez mais depressa? Poderia ser para protelar o colapso de todo o Sistema Monetário?

A pessoa racional tem que perguntar: Isto pode ser mantido para sempre? SERÁ QUE O COLAPSO É INEVITÁVEL?

"Uma coisa para se constatar a respeito do Sistema de Reservas Fracionárias é que, como um jogo de danças de cadeiras entre crianças, enquanto a música estiver tocando, não ha perdedores." Andrew Gause, Historiador Monetário.

O dinheiro facilita a produção e a comercialização. A medida que o suprimento do dinheiro aumenta, o dinheiro se torna cada vez mais desvalorizado (inflação) a não ser que o volume da produção e do comércio no mundo real cresça na mesma quantidade para absorvê-la. Adicionado a isto esta a compreensão de que quando nós ouvimos que a economia está a crescer 3% ao ano, parece que é uma taxa constante. MAS NÃO É ! Os 3% deste ano representam mais mercadorias e serviços do que os 3% do ano passado porque é 3% sobre um novo total. Em vez de ser uma linha reta, como naturalmente visualizada a partir das palavras, ela é na verdade uma curva exponencial que se torna cada vez mais íngreme.

"A maior fraqueza da raça humana é a nossa incapacidade de compreender a funçao exponencial." Albert A Bartlett, físico

O problema, claro, é que o crescimento perpétuo da economia real necessita de intensificar perpetuamente o uso de recursos do mundo real e energia. Cada vez mais as matérias-primas deixam de ser recursos naturais para se tornarem lixo todos os anos, e para sempre, apenas para evitar que este sistema entre em COLAPSO !

"Qualquer um que acredite que com crescimento exponencial pode continuar para sempre num mundo finito ou é maluco ou é economista." Kenneth Boulding, economista.

O que podemos fazer nesta assustadora situação? Por um lado, é necessário um conceito muito diferente de dinheiro. Talvez seja o momento de mais pessoas se questionarem e aos seus governos 4 simples questões. Em todo o mundo, governos tomam dinheiro emprestado a juros de bancos privados. A dívida do governo é o maior componente da dívida total e para manter aquela dívida é ncessária uma grande fatia dos impostos que pagamos. Agora sabemos qeu os bancos simplesmente criam o dinheiro que emprestam e que os governos tem dado permissão para que eles façam isso. Então a primeira questão é:

QUESTÃO 1 - Porquê é que os governos escolhem tomar dinheiro a juros dos bancos privados quando o governo poderia criar todo o dinheiro que ele necessita sem pagar juros?

QUESTÃO 2 - Porquê criar dinheiro como DÍVIDA? Porque não criar dinheiro que circula de forma permanente e não tem que ser perpetuamente reemprestado a juros para poder existir?

QUESTÃO 3 - Como pode um Sistema Monetário, que só funciona com perpétuo crescimento acelerado, pode ser usado para construir uma economia sustentável? Não é lógico que um perpétuo crescimento acelerado e sustentabilidade são incompatíveis?

QUESTÃO 4 - O que ha com o nosso atual sistema que o faz totalmente dependente do crescimento perpétuo? O que precisa ser mudado para permitir a criação de uma economia sustentável?

PARTE 3