HISTÓRIA E CULTURA

Transumanismo

transur1Trans-humanismo (ou transumanismo, abreviado com H+ ou h+) é um movimento intelectual que visa transformar a condição humana através do desenvolvimento de tecnologias amplamente disponíveis para aumentar consideravelmente as capacidades intelectuais, físicas e psicológicas humanas. O que impele a filosofia transumanista é a erradicação de qualquer forma de sofrimento causado por doenças, pelo envelhecimento ou mesmo pela morte. O objetivo é alcançar as máximas potencialidades em termos de desenvolvimento humano. A tese mais comum é que os seres humanos serão capazes ...

de se transformar em diferentes seres com habilidades tão grandemente expandidas a partir da condição natural, de modo a merecer o rótulo de pós-humano, deixando em segundo plano a evolução biológica. Pensadores trans-humanistas estudam os potenciais benefícios e perigos de tecnologias emergentes que poderiam superar limitações humanas fundamentais, bem como a ética do uso de tais tecnologias. Influenciada pelos trabalhos seminais da ficção científica, a visão trans-humanista de uma humanidade futura transformada tem atraído muitos adeptos e detratores de uma ampla gama de perspectivas, incluindo filosofias e religiões. O Transumanismo tem sido caracterizado por um crítico, Francis Fukuyama, como tendo as ideias mais perigosas do mundo, com Ronald Bailey respondendo que é o "movimento que simboliza as aspirações mais ousadas, corajosas, imaginativas e idealistas da humanidade". Alguns autores acreditam que a humanidade já seria trans-humana, porque o progresso da medicina nos últimos séculos alteraram significativamente nossa espécie. No entanto, não seria de forma consciente e, portanto, trans-humanista.

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Filosofia

Por Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira, 2015 - O transhumanismo é uma filosofia (ou movimento intelectual) que visa analisar e melhorar a condição humana a partir do uso de ciência e tecnologia (biotecnologia, nanotecnologia e neurotecnologia) para aumentar a capacidade cognitiva e superar limitações físicas e psicológicas; analisar os problemas éticos na relação humano-robô e cérebro-máquina a partir de uma perspectiva humanística e; proclamar a liberdade e acessibilidade na escolha destes recursos pós-humanos.

Existem inúmeras teses que podem abarcar a filosofia transhumanista. No entanto, pretendo expor apenas seis delas, além propor alternativas às tradicionais e defendê-las brevemente. São tais: (1) cientificismo; (2) ceticismo (3) humanismo; (4) agatonismo; (5) sistemismo; (6) racioempirismo.

O termo “cientificismo” é polissêmico, comumente usado de modo pejorativo por aqueles que têm aversão à ciência e à tecnologia. Popularmente, o termo é usado como sinônimo de “positivismo lógico”, uma vez que os positivistas eram cientificistas, mas falharam em sua empreitada ao tratarem os problemas metafísicos como pseudoproblemas. Em defesa do cientificismo, dissociando do positivismo lógico, adoto a definição do Vocabulaire de Lalande [1] de que o “cientificismo é a ideia de que o espírito e os métodos da ciência deveriam ser estendidos a todos os domínios intelectuais e morais da vida, sem exceções.” Enxugando o cientificismo de qualquer definição destrutiva, ele torna-se um elemento crucial da filosofia transhumanista, uma vez que a mesma proclama a adoção da metodologia científica como a melhor ferramenta para proporcionar a melhoria da qualidade de vida e superar limitações físico-psicológicas do corpo humano.

“Ceticismo” também é um termo polissêmico, comumente usado como sinônimo de niilismo epistemológico (nada é cognoscível). Entretanto, o ceticismo que proclamo é o ceticismo metodológico. O ceticismo metodológico utiliza-se da dúvida como um modo de aferir ou propor novas ideias [2]. Assim, ele é compatível com a filosofia transhumanista para avaliar criticamente as implicações do uso certas tecnologias que visam a melhoria das capacidades humanas.

O humanismo é um conjunto (ou sistemas) de normas que busca a verdade e a justiça. Assim, ele advoga códigos morais e programas políticos que enfatizam a livre pesquisa, os direitos e o bem-estar humano [3]. O humanismo é compatível com a filosofia transhumanista porque é centrado no sujeito que enfatiza a livre pesquisa e busca a superação dos problemas cotidianos que prejudicam o bem-estar humano.

O agatonismo é uma filosofia moral proposta por Mario Bunge [2] que proclama que devemos buscar o bem para nós mesmos e para os outros. Esse princípio combina egoísmo e altruísmo. Além disso, o agatonismo coloca, ainda, que direitos e meios vêm aos pares, as ações devem ser moralmente justificadas e que os princípios morais devem ser avaliados por suas consequências. Assim, o agatonismo serve como um guia moral para a filosofia transhumanista.

O sistemismo postula que toda e qualquer coisa concreta e toda e qualquer ideia é um sistema ou um componente de algum sistema [4]. Em outras palavras, o mundo está composto por sistemas de distintos tipos (físícos, químicos, biológicos e sociais) e os sistemas têm características próprias que não possuem suas partes. O sistemismo é uma abordagem importante na filosofia transhumanista em sua aplicação nas ciências cognitivas (filosofia da mente, inteligência artificial e neurociência), pois nos auxilia em uma melhor compreensão dos processos mentais do cérebro humano.

O racionalismo contemporâneo (ou racioempirismo) proclama que a razão é necessária – mas não suficiente – para conhecer a realidade. Deve-se, portanto, unir-se à experiência [5]. Assim, a postura é a base da filosofia transhumanista.

O SER HUMANO É UM SER TRANSHUMANISTA

Quando falamos em evolução, lembramos de nossos ancestrais hominídeos em florestas e savanas, vivendo da caça e coleta. Entretanto, raramente percebemos que eles produziam artefatos técnicos para superar suas limitações físicas.

A antropologia evolutiva fornece uma farta literatura sobre a importância das ferramentas técnicas (estacas de pedras, lanças, etc.) como auxiliares para os primeiros modos de subsistência de nossos ancestrais. Essas ferramentas não foram apenas importantes armas de defesas contra animais carnívoros, mas também foram ferramentas essenciais que ajudaram a dominar o fogo para cozinhar a carne [6]. Além disso, foram ferramentas fundamentais para a prática da agricultura. Vejamos alguns exemplos mais recentes da interação entre homem-técnica:

Em 1883, o cirurgião e médico britânico William Arbuthnot Lane desenvolveu um sistema de pinos metálicos e placas para a fixação interna dos ossos [7]. Esse sistema acabou servindo para auxiliar no tratamento de fraturas ósseas.

O aparelho de comunicação do físico Stephen Hawking foi responsável para superar as consequências de sua doença degenerativa. Essa tecnologia não serviu apenas para que o Hawking pudesse se comunicar, mas também para que ele desse continuidade em sua pesquisa acadêmica no campo cosmológico.

Em 2014, cientistas da Universidade de Peking conseguiram implantar com sucesso a primeira vértebra impressa em 3D em um paciente jovem [8]. O paciente, um menino de 12 anos, tinha um tumor maligno em sua medula espinhal. Depois de horas de cirurgia, os médicos substituíram a vértebra em seu pescoço com a peça impressa em 3D.
Outra grande criação do ser humano para superar limitações físicas é o exoesqueleto do neurocientista Miguel Nicolelis [9]. Resumidamente, o exoesqueleto gera movimentos através do reconhecimento de impulsos cerebrais dos pacientes. Assim, os pacientes com algum nível de paralisia conseguem locomover-se.

Através de estudos feitos sobre visão artificial através da estimulação neuronal, em outubro de 2014, aconteceu o primeiro implante de um olho biônico [10]. O paciente Larry Hester, que era considerado oficialmente cego por mais de 30 anos, após a cirurgia, voltou a enxergar, mas não perfeitamente. Basicamente, o que acontece é o seguinte: o olho biônico detecta a luz, converte-a em impulsos elétricos, que são interpretados pelo cérebro em imagens.

Por fim, mas não menos importante, o inglês Neil Harbisson é o primeiro ser humano a ser reconhecido por um governo como um legitimo cyborg. O motivo foi que ele instalou um dispositivo no cérebro. Ele é daltônico, sempre enxergou tudo em preto e branco. Então, teve a brilhante ideia de desenvolver um dispositivo que detecta cores e transforma em sons [11]. Esse som é enviado para o crânio dele através de uma antena. Assim, ele aprendeu a associar o som às corres (ou seja, ele ouve as cores).

Assim, postulo que os seres humanos (de caçadores-coletores até o homem civilizado) mantém certas características nomeadamente transhumanas, uma vez que estas características e modificações foram responsáveis para melhorar a condição humana.

Quando olhamos para algumas pesquisas sobre as emoções no mundo natural [12], temos a convicção de que essas características (altruísmo, egoísmo, etc.) poderão ser aplicáveis ao sistema de inteligência artificial (I.A.). Assim, postulo que, para que uma tecnologia seja necessariamente dotada de inteligência e possua características humanas, não é necessário emularmos estados mentais conscientes, mas apenas em programarmos certas características emotivas, aptidões para a realização de tarefas lógico-matemáticas e funções de locomoção e movimento que sejam compatíveis com qualquer sistema auto-organizativo e emergente.

No livro Love and Sex With Robots (em português, Amor e Sexo com Robôs) [13], David Levy especula sobre as possíveis interações sexuais entre humanos e robôs. Assim, observando alguns exemplos cotidianos, podemos ver que essas hipóteses (interação sexual entre humanos e robôs) não são mera ficção científica a partir do momento que temos objetos que servem para o estímulo sexual (bonecas infláveis, plugs anais, vibradores, etc.), relacionamentos virtuais que despertam inúmeras características emotivas e filmes eróticos que despertam o desejo sexual.

O primeiro problema ético acontecerá quando a inteligência artificial chegar em um nível de que dificilmente poderemos conceber algumas diferenças significativas nas relações entre humanos e robôs. Pense nos seguintes exemplos:

Uma inteligência artificial com características psicobiossociais que interage e modifica sua estrutura interna com o meio externo (aqui especulo uma possível simulação de certas características emotivas e da neuroplasticidade do cérebro humano) e a intenção dos seres humanos em construir famílias com robôs inteligentes e usufruir dos mesmos direitos de uma família tradicional-religiosa.

Assim, temos as seguintes problemáticas para o campo da filosofia da ética resolver. Respectivamente, poderíamos elaborar as seguintes questões: “O que torna os humanos diferentes dos robôs?” e “Robôs devem ter os mesmos direitos que os humanos?”

O segundo problema é ainda mais especulativo, mas possui uma importante reflexão ética sobre o que somos, uma vez que envolve a ideia de sermos capazes de realizar cópias de nossas faculdades mentais em dispositivos externos e, em seguida, emularmos em supercomputadores. Veja o exemplo:

Digamos que eu faça uma cópia de minhas faculdades mentais e, depois, emule-as em supercomputadores. Tanto o “eu biológico” como o “eu máquina” estão vivos ao mesmo tempo.

O “eu máquina” seria necessariamente o mesmo que o “eu biológico”? Se o “eu máquina” é mesmo que o “eu biológico”, quem sou eu ou quem é ele? Eu não tenho uma solução para o problema, mas não deixa de ser uma reflexão importante sobre a nossa identidade, enquanto seres humanos.

PROBLEMAS EPISTEMOLÓGICOS

Uma das grandes problemáticas filosóficas é a ideia de podermos transferir nossos cérebros biológicos, que foram esculpidos em milhares de anos pela evolução biológica, para um corpo robótico.

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O problema não coloca apenas em dúvida a noção de identidade (o que somos), mas também algumas noções do problema mente-corpo e mente-cérebro (dualismo de substância) e algumas considerações importantes sobre a interação do sujeito conhecedor com a realidade externa (realismo e antirrealismo). Por um lado, há quem defenda que o sujeito não pode conhecer, mesmo que parcialmente, a realidade e do outro lado há os realistas que defendem que podemos conhecer a realidade, mesmo que parcialmente e de maneira progressiva, através da ciência.

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A problemática é a seguinte: se não podemos conhecer e interagir com a realidade (antirrealismo), como podemos, então, modificar estruturas internas de organismos biológicos e objetos físicos (manipulação e regulação da química cerebral e modificações das estruturas físicas em escalas quânticas pela nanotecnologia), e melhorar e reparar eventuais falhas e limitações da nossa percepção (aumentar as nossas capacidades mentais, auditivas ou visuais, pela neurotecnologia)? Além disso, como o produto da ciência (id est, a tecnologia) tem se mostrado eficaz na sociedade humana se não podemos conhecer e interagir com a realidade?

Além disso, a ideia de que no futuro poderemos ser capazes de transferir o nosso cérebro para um robô emperra em algumas problemáticas biológicas. Entre elas, existe o problema fundamental de que o cérebro precisa de um corpo (sistema biológico) para interagir (e responder aos estímulos externos) com o meio-ambiente [14], algo que em um computador ainda não seria possível.

CONCLUSÃO

A filosofia transhumanista tem se mostrado compatível com a maior parte do conhecimento científico, sendo uma filosofia futurista que visa utilizar os produtos da ciência e da tecnologia para melhorar a condição humana e alcançar objetivos humanistas. No entanto, assim como todo empreendimento intelectual, ela enfrenta alguns problemas e limitações, mas que podem ser contornados à luz de novas ideias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lalande, Andre. 1938. Vocabulaire technique et critique de la philosophie, vol. 3. Paris: Alcan.
Bunge, Mario. Dicionário de Filosofia. Perspectiva, 2006.
Bunge, Mario. Evaluating philosophies. Vol. 295. Springer Science & Business Media, 2012.
Bunge, Mario. Emergencia y convergencia. Novedad cualitativa y unidad del conocimiento. Barcelona: Gedisa, 2004.
Bunge, Mario. Racionalismo y Empirismo, Escepticismo y Cientificismo: ¿Alternativas o Complementos? La Alternativa Racional n° 10, Año III, 1988.
Wright, Katherine I. “Ground-stone tools and hunter-gatherer subsistence in southwest Asia: implications for the transition to farming.” American Antiquity (1994): 238-263.
—, “Sir William Arbuthnot Lane (1856–1943)”, Historic Hospital Admission Records Project (HHARP), 1 Oct 2003.
Hicks, Jennifer. Peking University Implants First 3D Printed Vertebra. Forbes, 2014.
—, News from The Walk Again Project. Laboratory of Miguel A. L. Nicolelis, 2014.
—, NC’s first bionic eye recipient sees for first time in 33 years. Duke Medicine, 2014.
Harbisson, Neil. I listen to color. TED, 2012.
Rossetti, Victor. Psicologia Evolutiva: Modelo computacional, modularidade e adaptacionismo. Net Nature, 2014.
Levy, David. Love and sex with robots. Harper Collins, 2009.
David Deutsch. The very laws of physics imply that artificial intelligence must be possible. What’s holding us up? Aeon Magazine, 2012.

 

O Lado Negro do Transumanismo

O transhumanismo pode se tornar uma orientação perigosa para a humanidade, caso sua filosofia seja mal interpretada e implementada atendendo aos interesses da elite dominante. Impulsionado pelas novas tecnologias emergentes é considerado por muitos como uma das idéias mais avassaladoras jamais criada pelos seres humanos.

Ele existe na forma de uma abordagem interdisciplinar para compreender e avaliar as questões éticas, sociais e estratégicas levantadas pelas atuais e futuras tecnologias.

Os transhumanistas preveem que, no futuro, os seres humanos podem e devem ser capazes de se transformar em criaturas com habilidades físicas e mentais muito expandidas utilizando-se das tecnologias de vanguarda.

Nossa atenção e desconfiança devem se focar principalmente nas tecnologias que representam uma ameaça para a sobrevivência da civilização humana como a conhecemos, e principalmente nas promessas políticas de se criar "oportunidades" para superar as limitações físicas humanas fundamentais.

O objetivo do transhumanismo é criar uma nova espécie de "super-humanos", onde as limitações humanas ou mesmo a morte serão coisas do passado. A origem do termo "transhumanismo" é atribuída a Julian Huxley, irmão do autor Aldous Huxley que escreveu o famoso livro "Admirável Mundo Novo", uma visão do futuro que a maioria das pessoas interpreta como "A Nova Ordem Mundial".

Julian Huxley afirmou que a espécie humana pode "transcender-se", e quando abraçarmos o transhumanismo a humanidade vai estar no limiar de um novo tipo de existência. "A eugenia é o objetivo final da evolução humana", acrescentou.

Uma das principais elites transhumanistas foi composta por Julian Huxley e Charles Galton Darwin, neto de Charles Darwin, aquele que imaginou a teoria da evolução. Galton Darwin afirmou: "Pode-se criar uma droga que anularia o desejo sexual e reproduziria na humanidade a atitude das abelhas operárias de uma colmeia, que nunca questionam ou se revoltam".

Ao longo da história, este conceito de subserviência social tem sido vislumbrado pela elite dominante como a sociedade ideal. Uma raça humana de escravos manipuláveis, cientificamente concebidos para se conformar, obedecer e servir às necessidades da elite.

Os transhumanistas imaginam que, no futuro próximo, todos os seres humanos possam estar com as suas mentes conectadas a uma matriz computadorizada, desta forma criando uma existência simbiótica homem-computador participando de uma nova superinteligência coletiva.

Segundo eles esta mente coletiva, ou mente de colmeia, só será exequível quando existir uma tecnologia que permita aos seres humanos "descarregar suas memórias" para um dispositivo armazenador, um hardware futurista, de modo que a inteligência combinada de todos os nossos cérebros crie esta nova superinteligência universal.

Este evento futuro teórico deve ser considerado, pelos "diletantes" transhumanistas, como um marco da evolução e uma dádiva para a civilização. Este vindouro momento paradigmático já foi denominado como "a singularidade total" ou "hive mind" (mente de colmeia).

Os fundadores do pensamento transhumanista eram indivíduos altamente educados e, em sua maioria, cidadãos britânicos. Estes indivíduos pertenciam à elite "intelectual" da época, a classe dirigente da sociedade, mas suas opiniões eram absolutamente elitistas, completamente totalitárias e fascistas.

Atualmente, embora alguns transhumanistas afirmem suas pretensões religiosas ou que professam algum tipo de credo, seus membros são compostos por ateus, maniqueístas, agnósticos e humanistas seculares.

Eles especulam que o futuro entendimento da neuro-teologia e a neuro-tecnologia permitirão que os humanos obtenham maior controle dos estados alterados da consciência, interpretados por eles como "experiências espirituais" e que, assim, conseguirão "o mais profundo auto-conhecimento".

Os transhumanistas apostam as suas crenças na compatibilidade futura da mente humana com o hardware de um mega computador, tendo a implicação prática de que a consciência humana poderá ser transferida para mídias alternativas, uma técnica especulativa vulgarmente conhecida como "upload da mente".

Desta forma, poder-se-ia criar as condições necessárias para a perpetuação da humanidade em uma realidade simulada, na qual a mente coletiva coexistiria na memória do "megaware" e, assim, poderia evoluir para a forma de uma criatura incorpórea carregando sua mente universal. Uma espécie de "divindade pós-humana"!

Lúcifer disse à mulher: "Certamente não morrereis, porque Deus sabe que quando comeres do fruto seus olhos se abrirão e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal". Lúcifer, segundo os transhumanistas, é a encarnação da razão, da inteligência e do pensamento crítico, pois se posiciona contra o dogma da existência de Deus, assim como todos os transhumanistas.

Declaram que Lúcifer é o padroeiro do transhumanismo, pois "defende" a exploração de novas idéias e perspectivas na busca da verdade. Também é o iconoclasta rebelde e o adversário que representa a ambição, rebeldia e iluminação racional. Mas, na verdade, é a parte sombria da racionalidade e o corruptor da humanidade!

Segundo a visão transhumanista, a ética, a moral e a religião não devem estar no caminho da auto-realização sem limites, mas podem ser instrumentos usados para alcançar uma vida de sucesso. A moralidade tradicional é algo a ser descartado.

Não deve existir o bem e o mal, mas apenas a eficiência e a ineficiência, a inteligência e a estupidez, os vencedores e os perdedores. Segundo os transhumanistas, atualmente existe apenas um racional auto-interesse perseguido pelos humanos tímidos e ignorantes.

Esta filosofia devastadora para a sociedade atual é a diretriz dos transhumanistas, considerada por eles como um passo fundamental para alcançar a iluminação e a transcendência. Esta ideologia os denunciam como uma classe ávida pelo poder e demonstra o intenso desprezo dos transhumanistas pelas religiões e o total desinteresse pelo destino da humanidade.

Embora a proposta transhumanista para a criação de avatares supra-dimensionais possa parecer atraente para os tecno-teóricos, assim como para a população em geral, existem sérias consequências sociais e graves implicações éticas ou religiosas caso esta realidade sinistra seja exequível. O fato mais grave seria a exclusão de todos os aspectos humanos que definem o nosso caráter.

Existem parâmetros que definem a experiência humana: as três dimensões espaciais, nossos sentidos e emoções, nossa vontade e consciência, a moral e o senso de responsabilidade, a religião e finalmente a morte.

A idéia de abandonar todos esses aspectos humanos em prol de supostos benefícios é muito pretensiosa e assustadora. O mais terrível é quando constatamos que já existem cientistas e teóricos implementando estes planos funestos na tentativa de torná-los uma realidade futura.

Um dos conceitos-chave do antigo transhumanismo foi a pseudociência elitista da eugenia ou "higiene racial". Atualmente a eugenia oculta-se na versão tecnológica conhecida como "transhumanismo mais humano", identificado pelo símbolo (H+) pelos seus seguidores.

O transhumanismo moderno afirma que apoia "apenas a eugenia voluntária", que soa muito mais benevolente do que a esterilização obrigatória ou a eutanásia dos seres humanos indesejáveis.

Mas sabemos que iniciativas como a eugenia voluntária nunca serão voluntárias, porque os perpetradores destas artimanhas sociais possuem poder econômico para escravizar toda a humanidade. A atual elite transhumanista está trabalhando com afinco para impor a agenda eugenista na sociedade, quer queiramos ou não!

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Quando ficamos expostos às imagens da violência e sexualidade explícitas, às aberrações e outras formas de estranhezas, como as apresentadas de forma intensa na mídia atual, passamos a sofrer da dissonância cognitiva e ficamos condicionados a reagir de forma antinatural.

Neste condicionamento geral participam todos os meios de comunicação, dessensibilizando nossas mentes e tornando-nos parte da barbárie geral. Não há nada de positivo na forma como ficamos insensíveis à violência e passamos a aceitar uma variedade de idéias destrutivas e perigosas.

A dissonância cognitiva é implementada na mente quando o indivíduo percebe uma inconsistência lógica em suas crenças causada por duas idéias contraditórias. Assim, reagimos com sentimentos de culpa, raiva, frustração ou constrangimento.

O efeito mais importante e perigoso da dissonância cognitiva dos meios de comunicação, é que uma pessoa confrontada com tais idéias contraditórias cria um conflito ou perturbação que geralmente não é sentido no nível consciente.

O trauma psicológico criado pela dissonância cognitiva é interiorizado e processado pela mente subconsciente, da mesma forma que o sistema nervoso autônomo controla a respiração e o resto do organismo, sem nunca precisarmos pensar sobre isso de forma consciente.

Para reduzir estas dissonâncias opressivas, a população reage como uma unidade motivacional e com a mesma orientação comportamental. Como resultado, alteramos nossas atitudes, crenças e comportamentos de uma forma global e sistemática.

A utilização da dissonância cognitiva, um dos conceitos mais perniciosos da psicologia social, faz parte do plano transhumanista de tornar os seres humanos cada vez mais robotizados e apáticos, para que a implementação da singularidade, a mente de colmeia, seja imposta sem reação ou indignação.

 

7 Razões Porque o Transhumanismo é Uma Grande Ameaça à Espécie Humana

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Várias pessoas veem o transhumanismo e a inteligência artificial como uma forma de “modernizar” os seres humanos, mais ou menos como um programa de software que precisa atualizar.

Alguns chegam a dizer que com o tempo, teremos capacidades extraordinárias além de nossa imaginação atual…

Indiscutivelmente estas pessoas não estão interessadas no estado atual da espécie humana, ignorando inclusive as habilidades inerentes que já temos.

Por isto, o transhumanismo é uma armadilha. Ele vai levar a raça humana na direção desastrosamente errada.

À luz disto, aqui estão 7 razões perturbadoras explicando porque o transhumanismo é conhecido como a maior ameaça à raça humana e o que precisa ser feito para preveni-lo.

1. Exploração em Massa Para a Dominação Mundial

Em sua busca pelo poder e preparada para gastar milhões, a elite governante vê a tecnologia do transhumanismo como uma forma de se tornarem seres divinos imortais. Como a maioria das tecnologias avançadas, eles continuarão a desenvolver o transhumanismo para seu próprio benefício egoísta e como um meio de exploração em massa para a dominação mundial. No entanto, o que eles não percebem é que nós, seres humanos, já somos seres divinos poderosos. O “próximo nível” ou “mudança” vai acontecer como consequência do caminho que escolhemos neste momento.

2. Perda da Espiritualidade

Ao aceitar a tecnologia do transhumanismo sem discernimento, visto puramente como “benéfico” ou um “avanço” através da cibernética, mudanças genéticas, drogas que alteram a mente, robotização, biônica, micro-chipagem e nanotecnologia… são evidencias de um sério risco dos seres humanos ficarem seu poder pela perda de conexão espiritual com a Fonte/O Tudo o Que é: possibilidade infinita, sabedoria infinita, amor infinito…. Se isto acontecer em massa, tornando-se robôs, os seres humanos perderão sua capacidade de fazer algo significativo contra o sistema de controle da elite governante. Para eles, este seria o último ponto para dizerem “conseguimos, temos vocês onde queremos, raça humana”.

3. Perda da Humanidade

Como consequência da razão 2, à medida que nos tornamos desumanos “conchas vazias”, as qualidades humanas de empatia, compaixão, generosidade, bondade, cuidado e compartilhamento… seriam perdidas. Isso levaria a consequências desastrosas: é o AMOR que faz o mundo girar. Como foi dito, precisamos ouvir os sussurros do amor. “Pois só o amor derrotará a Nova Ordem Mundial“.

4. Controle

Em resumo do 1 ao 3 não caia na armadilha: Embora a mentira vendida seja grande, por exemplo, de que os membros perdidos podem ser efetivamente substituídos pela tecnologia, em última análise, o transhumanismo é uma forma de controlar as pessoas, mascarado apenas como “avançado” Ou “benéfico”. A criação da mente de colmeia através do transhumanismo e da tecnocracia tem estado há muito tempo na agenda de controle da elite governante. A mente de colmeia é falha porque não permite a existência dos seres humanos como indivíduos.  Quando os tecnocratas quiserem empurrar este “show”, ignorando todas as necessidades individuais e auto expressões dos seres humanos, somos obrigados a nos revoltar contra o sistema de controle e mentalidade de colmeia…

5. Vigilância em Massa

Aceitar o uso de pílulas microchipadas para monitorar o controle da dosagem de drogas em pacientes é um exemplo evidente de vigilância em massa escondida atrás de um pretenso benefício. Os micro-chips nas pílulas podem ser usados para outras finalidades mais escuras, como alteração de humor e leitura da mente durante a vigilância, ativado a partir de um local de controle central usando computadores. Controlar a mente da massa através da vigilância está no alto da lista de desejos dos autocratas tecnológicos que servem a elite global…

6. Graves Ameaças à Saúde

Há o caso perturbador de vacinas capazes de mudar nosso ADN. A vacina introduzida em nossos corpos contém vírus vivos. Estes vírus podem se incorporar no ADN da célula hospedeira e assim alterar a nossa composição e expressão genética. Um problema de saúde profundamente preocupante é o recente impulso para a vacinação de mulheres grávidas, que precisa parar. Se você está grávida ou conhece alguém que está, então, por favor, compartilhe este artigo ou outros semelhantes que alertam sobre os riscos das vacinas. Indo além da barreira placentária da mãe, as vacinas têm demonstrado causar alterações prejudiciais ao cérebro do feto em desenvolvimento através de sua toxicidade.

Causando também inflamação fetal. Exigindo mais vacinas após o nascimento e tratamento medicamentoso, como paracetamol para tentar reduzir a inflamação do bebê, o dano ao cérebro continua: Ela provoca outras alterações no desenvolvimento estrutural do cérebro, afetando principalmente o córtex pré-frontal, a área da frente responsável pelos processos cognitivos (pensamento) e o sistema límbico animalista, uma região do cérebro posterior que afeta a emoção. A terceira parte importante do cérebro também afetada é o córtex cingulado anterior (desculpe o jargão), que atua como uma estação retransmissora permitindo conexões entre o córtex pré-frontal e o sistema límbico. Danos e mau desenvolvimento nestas 3 estruturas cerebrais resultam em uma série de distúrbios como o autismo… Consequentemente, a capacidade da criança de expressar sua humanidade através da empatia está seriamente ameaçada e pode ser irremediavelmente perdida. Todos nós precisamos considerar estas implicações.

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7. Armas

Na guerra silenciosa contra a humanidade, as armas trans-humanistas furtivas existem em muitas formas. Exemplos incluem: Psicotrônica, escalar, genética, magnética, implantes, energia direcionada e armas de trilha química (chemtrail). Então, existem as vacinas obrigatórias desenvolvidas pela tecnologia militar dos EUA e Bill Gates. Tomando o caso das armas de trilha química, grandes populações humanas continuam a ser infectados com nano-robots de nanotecnologia através da pulverização sem eles saberem. Se você gosta ou não, a finalidade desta tecnologia é fazer uma remodelação no seu ADN através de um nano-robot. Simplificando, a maioria das pessoas não sabe sobre essas tecnologias e que elas estão sendo forçados sobre nós com o objetivo final da elite assumir o controle mundial total. Imagine, em algum centro de controle de coleta de dados composto de supercomputadores, semelhante ao filme “Minority Report“, seu comportamento poderia ser previsto ou detectado. Se, por exemplo, foi detectado que você vai se envolver em um plano para derrubar o governo, então você vai enfrentar terríveis consequências…

Soluções

A guerra contra a humanidade e, de fato, nossa própria existência como espécie está seriamente ameaçada pela agenda transhumanista da elite governante para um controle mundial total. No entanto, existem soluções poderosas. Por que não ficar ativo espalhando as informações ? Para que as pessoas saibam sobre a inquietante agenda do transhumanismo, aumentando a conscientização. Escrever nos blogs, formar grupos de e-mail, fazer apresentações de slides, usar a mídia social e enviar cartas para as autoridades relevantes exigindo responsabilização… faça o que for preciso.

Uma palavra de conselho: Você pode achar que é mais fácil passar esse assunto para os outros simplesmente pensando “Estou fazendo algo” ao invés de olhar do ponto de vista de que “É uma agenda…” Pelo menos, foi isto que eu descobri. Um órgão competente para lidar com a agenda do transhumanismo e sua manipulação não ética, experimentação não consensual em seres humanos, violação de direitos, é a Coalizão Europeia contra o assédio secreto (EUCACH).

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Um dos objetivos da EUCACH foi pressionar a União Europeia para fazer cumprir uma proibição de armas tecnológicas transhumanistas. Apesar do seu controle, a elite dominante só tem um falso poder num mundo ilusório. O poder real pertence a nós: ele existe na maneira como escolhemos dirigir a nossa consciência. Isso não pode ser tirado de nós. A evidência mostrou que fazer escolhas relacionadas ao desenvolvimento da humanidade muda o nosso ADN.

O mundo ilusório está aqui para você usá-lo, não o contrário, não aceite o papel de vítima. Uma mudança na consciência de massa para cocriar uma humanidade evoluída derrubará o sistema de controle da elite governante. Como mencionado anteriormente, nós seres humanos, já somos seres divinos poderosos. O “próximo nível” ou “mudança” vai acontecer como consequência do caminho que escolhemos neste momento.

©Paul A Philips

Origem: newparadigm

Tradução e Divulgação: A Luz é Invencível ¤

 

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org
            http://www.universoracionalista.org/
            http://jesusensinamento.blogspot.com.br
            https://portal2013br.wordpress.com