CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Híbridos de seres humanos com animais

hibridoLONDRES, Inglaterra, 25 de julho de 2011 - LONDRES, Inglaterra, 25 de julho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Num cenário que um grupo de cientistas da Academia de Ciências Médicas avisou se assemelha ao “Frankenstein” de Mary Shelley, cientistas britânicos criaram mais de 150 embriões híbridos de seres humanos com animais em pesquisas secretas conduzidas em laboratórios britânicos. De acordo com o jornal Daily Mail, 155 embriões “mesclados”, contendo material genético tanto humano quanto animal, foram criados durante os passados três anos por cientistas que disseram que dava para se colher células-tronco para serem usadas em pesquisas com a finalidade de alcançar possíveis curas para uma grande variedade de doenças. As pesquisas secretas foram reveladas ...

depois que uma comissão de cientistas alertou sobre um cenário de pesadelo em que a criação de híbridos de seres humanos com animais poderia ir longe demais. O Prof. Robin Lovell-Badge do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas e coautor de um relatório feito pela comissão de cientistas, avisou sobre os experimentos e pediu uma vigilância mais rigorosa desse tipo de pesquisa. De forma especial ele concentrou a atenção em material genético humano que vem sendo implantado em embriões animais, e tentativas de dar atributos humanos aos animais de laboratórios injetando células-tronco nos cérebros de macacos.

Revelou-se que os laboratórios da Universidade King’s College de Londres, da Universidade de Newcastle e da Universidade de Warwick receberam autorizações para realizar as pesquisas após a introdução da Lei de Embriologia e Fertilização Humana de 2008 que legalizou a criação de híbridos de seres humanos com animais, bem como “cíbridos”, em que um núcleo humano é implantado numa célula animal, e “quimeras”, em que células humanas são misturadas com embriões animais.

Entretanto, os cientistas não pediram nenhuma lei adicional para regulamentar tais pesquisas polêmicas, mas pediram, em vez disso, uma comissão de especialistas para supervisioná-las. O Prof. Martin Bobrow, presidente do grupo de trabalho da Academia que produziu o relatório, disse: “A vasta maioria dos experimentos não apresenta questões além do uso geral de animais em pesquisas e esses experimentos devem prosseguir sob os regulamentos atuais. Um número limitado de experimentos deveria ser permitido e sujeito a análises por parte do órgão de especialistas que recomendamos; e só um número muito pequeno de experimentos deveria ser empreendido, até que pelo menos as consequências potenciais sejam mais plenamente compreendidas”.

Peter Saunders, presidente da Federação Médica Cristã, uma organização com sede na Inglaterra com 4.500 médicos ingleses, expressou ceticismo acerca de tal órgão regulador.

“Cientistas regulando cientistas é preocupante porque os cientistas geralmente não são especialistas em teologia, filosofia e ética e muitas vezes têm interesses especiais de natureza ideológica ou financeira em suas pesquisas. Além disso, eles não gostam que coloquem restrições em seu trabalho”, observou Saunders.

Numa sessão de perguntas e respostas no Parlamento sob a direção do Lorde David Alton depois da divulgação do relatório, revelou-se que as pesquisas envolvendo híbridos de seres humanos com animais pararam devido à falta de financiamento.

“Argumentei no Parlamento contra a criação de seres meio humanos e meio animais como assunto de princípio”, disse lorde Alton. “Nenhum dos cientistas que apareceu diante de nós conseguiu nos dar qualquer justificativa em termos de tratamento. Em toda fase a justificação dos cientistas foi: se tão somente vocês nos derem permissão para fazer isso, encontraremos curas para todas as doenças que a humanidade conhece. Isso é chantagem emocional”.

“Eticamente, nunca dá para justificar isso — isso nos tira o crédito como um país. É envolver-se com coisas bizarras”, acrescentou lorde Alton. “Dos 80 tratamentos e curas que ocorreram a partir das células-tronco, todos vieram das células-tronco adultas, não das embrionárias. Na base da ética e moralidade, [os experimentos com células-tronco embrionárias] fracassam; e na base da ciência e medicina também”.

Josephine Quintavalle, da organização pró-vida Comment on Reproductive Ethics (Corethics), disse para o Daily Mail, “Estou horrorizada com o fato de que isso esteja ocorrendo e não sabíamos nada disso. Por que eles guardaram isso como segredo? Se eles têm orgulho do que estão fazendo, por que precisamos fazer ao Parlamento perguntas para que isso seja trazido à luz?”

“O problema com muitos cientistas é que eles querem fazer coisas porque querem fazer experiências. Essa não é uma justificativa boa o suficiente”, concluiu Quintavalle.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/frankenstein-uk-scientists-warn-about-secret-human-animal-hybrid-research

Fábrica de quimeras embriões híbridos entram em linha de produção

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Na Inglaterra, sinal verde do governo para a produção de embriões feitos com material genético humano e de animais. Servirão para se obter células-tronco necessárias à cura de doenças.

Na mitologia grega, a quimera era um ser monstruoso, com cabeça de leão, corpo de cabra e rabo de dragão. No mundo também fantástico da engenharia genética, usa-se o mesmo termo – quimera – para indicar um indivíduo composto de diversos genomas. Um ser cujo DNA possui seqüências provenientes de mais de uma espécie.

Em Londres, dia 5 de setembro, a quimera genética se tornou realidade. Depois de muita polêmica, discussões e inclusive uma consulta à população, as autoridades inglesas autorizaram a criação de embriões híbridos humano-animais para utilização científica na busca da cura de diversas doenças. Em princípio, os seres que nascerão dessas experiências terão pouco ou nada a ver com a quimera mitológica.

Mais de 60% dos ingleses se declararam A FAVOR das EXPERIÊNCIAS realizadas com embriões HÍBRIDOS

Ian Wilmut, o “pai” de Dolly, a primeira ovelha clonada.

Cientistas de dois supercentros britânicos especializados em pesquisa de engenharia genética – o King’s College de Londres e a Universidade de Newcastle – se limitarão a produzir “embriões híbridos” removendo o núcleo do óvulo de uma coelha ou de uma vaca e substituindo-o com o núcleo de uma célula humana. Entre esses pesquisadores está Ian Wilmut, o “pai” de Dolly, a primeira ovelha clonada.

O resultado será um embrião com 99% dos genes tomados do doador humano e apenas 1% do animal. Mas, para seus opositores – sobretudo para as autoridades católicas -, o significado da experiência não se altera: trata-se de “algo absurdo, inútil, utópico”, que se torna realidade. Um conúbio sacrílego e imoral entre o homem e a besta.

Uma idéia que lembra a criação de horrendos Frankensteins surgidos em provetas de laboratórios. A abertura de uma porta que conduzirá a alucinantes experiências contra a natureza.

A fala do Vaticano, expressa pela voz de monsenhor Elio Sgreccia – presidente da Academia Pontifícia para a Vida – no próprio dia em que a notícia foi lançada, não deixa margem a dúvidas: “Trata-se de um ato monstruoso contra a dignidade humana, uma rendição do governo britânico às pressões de um grupo de cientistas que vai certamente contra a moral.” Mas 61% dos ingleses consultados em pesquisa pela Authority se declararam a favor dessas experiências com embriões híbridos, considerando que seu potencial positivo é maior que o negativo.

Como a ciência faz uma quimera? Há vários processos. Um modo relativamente simples, hoje muito usado no campo farmacêutico, consiste em inserir numa bactéria um ou mais genes provenientes de um outro organismo, permitindo àquela bactéria produzir determinadas substâncias úteis para o ser humano. A insulina, por exemplo, necessária para o tratamento da diabete, até há poucas décadas era extraída do pâncreas de vacas, cavalos ou porcos.

Hoje em dia, ela é produzida por bactérias modificadas em laboratório, inserindo-se nelas o gene que contém os códigos para a produção de insulina humana.

Com procedimentos mais complexos, inserindo-se genes humanos no genoma de animais de laboratório, como porquinhos-da-índia, coelhos, ovelhas, cabras e porcos, é possível se produzir proteínas humanas (como o hormônio do crescimento) com finalidades terapêuticas, poe meio do leite ou do soro sangüíneo, da urina ou do esperma do animal doador.

Num nível mais simples, nos anos 60 foi largamente usado na Inglaterra um teste de fertilidade masculina que consistia na fecundação de células-óvulo de hamsteres com espermatozóides humanos: o teste era interrompido quando o zigoto (a célula resultante da fusão) começava a se reproduzir.

DÚVIDAS permanecem a respeito do valor dessa SOLUÇÃO, mas elas não poderão ser resolvidas sem a devida EXPERIMENTAÇÃO

Num extremo oposto em termos de complexidade, é possível fundir não os gametas (as células reprodutivas), mas sim os zigotos de indivíduos pertencentes a espécies diferentes. Foi dessa maneira que, em 1984, foi produzida uma “cabrovelha” que combinava os embriões de uma cabra e de uma ovelha. Com técnicas análogas, espera-se no futuro poder salvar algumas espécies da extinção.

Em 2003, CIENTISTAS chineses anunciaram ter conseguido produzir, em Xangai, híbridos de células humanas e de coelho. Isso foi feito inserindo- se o núcleo de células somáticas humanas no interior de células-óvulo de coelha destituídas de seu próprio núcleo, e deixando que a célula resultante se desenvolvesse até o estágio de blastócito (um dos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário), ou seja, até a formação de um aglomerado de células que seriam depois utilizadas para a pesquisa das células-tronco.

Além de ser condenada pelo bom senso, a produção de embriões que representem um híbrido real entre o homem e um animal é universalmente proibida pelas leis – nos países onde já existem leis a respeito. Mas, de outro lado, a pesquisa médica hoje precisa trabalhar com células-tronco, que são aquelas encontradas nos embriões que ainda estão em seus primeiríssimos estágios de desenvolvimento.

O potencial dessas células é imenso, já que elas são capazes de gerar tecidos e órgãos vitais. Dessa novíssima fronteira da pesquisa científica poderá surgir não apenas uma nova compreensão sobre o modo como pode nascer um organismo inteiro a partir de uma única célula, mas também várias outras vantagens para a medicina.

A possibilidade, por exemplo, de reconstruir em laboratório tecidos danificados, ou de fazer crescer órgãos inteiros no corpo de um animal hospedeiro ou de compreender os mecanismos de doenças degenerativas que impedem um funcionamento correto das células, de modo a se criar fármacos capazes de combatê-las.

Mas, para se alcançar tudo isso, será mesmo necessário criar embriões humanos transgênicos, embriões-quimera que poderão, pelo menos em teoria, dar origem a toda uma geração de monstruosos seres híbridos? A pergunta é cabível, já que, na Inglaterra, os primeiros passos nesse sentido já foram dados com o apoio das agências oficiais de controle.

A aprovação da HFEA – Human Fertilization and Embriology Authority (http://www.hfea.gov.uk) para esse tipo de pesquisa é bem precisa e reflete, de certo modo, as preocupações morais dos cientistas. Ela autoriza apenas a produção de linhas celulares que utilizam o núcleo de uma célula somática humana e uma célula-óvulo bovina ou de outro animal privada do próprio núcleo.

A célula resultante é ativada com estímulos elétricos para que inicie o processo de reprodução. Das linhas celulares que ela gerará serão obtidas as várias células que serão utilizadas com fins de pesquisa científica. Com esse método, seria praticamente impossível obter-se um embrião que dê origem a um indivíduo (neste caso, uma espécie de minotauro), porque as células assim obtidas não têm o potencial para fazê-lo. Mas, no futuro, com o desenvolvimento dessa tecnologia, quem sabe?

Dúvidas permanecem a respeito do valor real dessa solução, mas, como afirma a maioria dos cientistas que opinaram a respeito, elas não poderão ser resolvidas sem a devida experimentação. Entre os objetivos principais está o da descoberta de novos métodos para a produção de células-tronco diretamente a partir de células somáticas, sem a necessidade de se recorrer a óvulos ou a embriões humanos.

E, como um outro objetivo de igual importância, o desenvolvimento de modelos de doenças degenerativas da célula, como os distúrbios motores de origem neuronal, diabete, Mal de Parkinson, Alzheimer, bem como a criação de terapias que permitam o seu tratamento. A fábrica de quimeras, portanto, está aberta. Sua língua oficial é o inglês.

Quimeras - Animal-Humano híbridos gera controvérsia

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25 janeiro , 2005 - Os cientistas começaram a ultrapassar a linha entre o ser humano e o animal produzindo a criatura híbrida que é parte humana e parte animal: As QUIMERAS. Cientistas chineses na Universidade de Medicina de Xangai, em 2003 fundiram, com sucesso, células humanas com óvulos de coelho. Os embriões foram denominados como as primeiras quimeras humano-animal criadas com sucesso. Foram permitidas desenvolver-se por vários dias, em laboratório, até que os cientistas destruíram os embriões para colher suas células. No ano passado, em Minnesota, os investigadores na clínica de Mayo criaram porcos com sangue humano correndo em suas veias.

E na universidade de Stanford, Califórnia, no mesmo ano, uma experiência foi feita para criar ratos com cérebros humanos. Os cientistas entendem que, quanto mais humanizado for o animal, melhor será aproveitado para fins de pesquisa ou para criar "peças de reposição que crescem por si mesmas”, como os fígados, para transplantar em seres humanos. Prestar atenção em como as células humanas amadurecem e interagem em uma criatura viva pode também conduzir às descobertas de tratamentos médicos novos. Mas criando o humano-animal – quimera (quimera: monstro da mitologia grega que tinha cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente), começaram a aparecer incômodas perguntas: Que combinação subumana nova deve ser produzida e para que finalidade? Em que ponto considerar-se-ia humano? E que direitos, se chegar a existir, deve ter? Não há atualmente nenhuma lei federal nos ESTADOS UNIDOS, para responder a estas questões.

Normas Éticas

A Academia Nacional de Ciências, solicitada pelo governo dos ESTADOS UNIDOS, tem estudado a questão da quimera. Em março, planeja apresentar normas éticas para investigadores. Uma quimera é uma mistura de duas ou mais espécies em um corpo. Nem todas são consideradas aberrações. Por exemplo, as válvulas humanas defeituosas do coração são substituídas rotineiramente por válvulas de vacas e porcos. Cirurgias que transformam o receptor humano em um ser humano-animal – uma quimera - são amplamente aceitas. E por anos os cientistas adicionaram genes humanos às bactérias e aos animais de fazenda.

O que causa alvoroço em misturar células tronco humanas com embriões animais para se criar novas espécies. O biotecnólogo e ativista Jeremy Rifkin, é contrário ao cruzamento, porque acredita que os animais tem o direito de existir sem serem alterados ou cruzados com uma outra espécie. Ele concorda com o fato de que estes estudos conduziriam a algumas descobertas médicas. Porém, não devem ser feitos. "Há outras maneiras de fazer avançar a medicina e a saúde humana, sem ter que entrar no estranho, admirável mundo novo das quimeras", disse Rifkin, acrescentando ainda que os modelos sofisticados do computador podem substituir a experimentação em animais vivos. "Não deve colocar em um patamar religioso ou ir nos direitos dos animais por causa deste assunto, isso não faz sentido," ele continuou. "São os cientistas que querem fazer isto. Os cientistas tem ido agora sobre a borda no domínio patológico.

" David Magnus, diretor do centro de Stanford para o Éticas Biomédicas na Universidade de Stanford, acredita que a preocupação real são se os chimeras estarão postos aos patamares de risco, perigo ou problemáticos.

Seres humanos nascidos de parentes ratos ?

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Por exemplo, uma experiência que levará interesse, disse ele, é a engenharia genética de ratos para produzir espermas e ovos humanos, então fazendo fertilização em vidro para produzir uma criança cujos os pais sejam um par de ratos. "A maioria das pessoas encontrariam esta problemática. " Disse Magnus , "mas quem fará uso é bizarro ou não, com relação ao melhor de meu conhecimento, qualquer coisa que qualquer um está contemplando remotamente. A maioria de usos dos chimeras são realmente muito mais relevantes aos interesses práticos." Canadá no ano passado passou o Ato Humano Assistido da Reprodução, que proíbe chimeras. Especificamente, proíbe transferir uma célula de embrião-não-humano em um embrião humano e pôr células humanas em um embrião-não-humano.

Cynthia Cohen é um membro do Comitê de Análise de Células de Tronco de Canadá, que supervisa protocolos de pesquisa para assegurar que eles estão de acordo com as novas pautas. Ela acredita que uma proibição deve também ser posta em prática nos Eua. Criando chimeras, ela disse, misturando gametas humanos com animais (espermas e ovos) ou transferindo células reprodutivas, diminui a dignidade humana. "Isso negaria que há algo distintivo e valioso de valor sobre os seres humanos que é algo a ser honrado e protegido," disse Cohen, que é também o membro sênior de pesquisa no Instituto Kennedy da Universidade de Georgetown de Ética em Washington, D.C.

Mas, anotou, que a redação em tal proibição necessita ser tornada com cuidado. Não deve condenar éticos e legítimos experimentos -- como transferir um número limitado de células tronco humanas de adultos nos embriões animais a fim de aprender como elas proliferam e crescem durante o período pré-natal. Irv Weissman, diretor do Instituto da Universidade de Stanford de Biologia de Células-Tronco/Câncer e Medicina na Califórnia, está de encontro a uma proibição nos Eua. "Qualquer um que põe sua própria orientação moral na direção desta ciência biomédica, onde querem impor que não serão apenas parte do argumento , se este conduzir a uma proibição ou moratória... eles estão parando pesquisas que poderão salvar vidas humanas”, ele disse.

Ratos Com Cérebros Humanos

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Weissman já criou ratos cujos cérebros são 1% humanos. Ao longo deste ano ele pode conduzir uma outra experiência onde os ratos tenham 100% de cérebros humanos. Isto poderia ser feito ,disse ele, injetando os neurônios humanos nos cérebros embrionários dos ratos. Antes de nascerem, os ratos seriam matados e dissecados para ver se a arquitetura de um cérebro humano foi formada. Se isto acontecer , ele procuraria traços do comportamento cognitivo humano. Weissman disse que não é um cientista louco que tenta criar um ser humano em um corpo animal. Ele espera que a experiência conduza a uma melhor compreensão do funcionamento do cérebro, que seriam úteis em tratamento de doenças como o Mal de Alzheimer ou de Parkinson.

O teste não começou ainda. Weissman está esperando para ler o Relatório dA Academia Nacional, esperado para Março. William Cheshire, professor associado de neurologia no Jacksonville Clínica de Mayo, Florida, filial, sente que combinar os neurônios humanos e animais é problemático. "Este é um território biológico inexplorado" , ele disse. "Qualquer ponto inicial moral do desenvolvimento neural humano nós pudemos escolher para ajustar como o limite para tal experiência, haveria um risco considerável de exceder esse limite antes que se pudesse reconhecer."

Cheshire aprova pesquisas que combinam células humanas e animais para estudar a função celular. Quando ele ainda não era graduado, ele participou na pesquisa que fundiu células humanas e dos ratos. “ Nós devemos ser cautelosos para não violar a integridade do ser humano e dos animais , em cima disso nós temos uma administração responsável por isso.” disse Cheshire, membro do Médico Cristão e Associarão Dentária. “ Projetos de pesquisas que visam criar quimeras humanos-animais podem causar distúrbios nos frágeis ecossistemas, pôr em perigo a saúde , e afrontar a integridade das espécies.

Caso Quimera Camundongo-Humana

José Roberto Goldim - O jornal CORREIO DO POVO, na edição de sábado, 21 de agosto de 2004, publicou a notícia de que um pesquisador brasileiro, radicado nos Estados Unidos, havia gerado camundongos com neurônios humanos. Estas células, conforme a notícia, eram funcionais. O pesquisador ao ressaltar a importância da autorização do uso de células-tronco embrionárias humanas em estudos, afirmou que:

'Criamos uma quimera, cujo cérebro é, em parte, de camundongo e, em parte, de humano. O animal não apresentou nenhuma alteração de comportamento'.

Comentário

Em 1995, na França, já havia sido transplantado tecido nervoso humano para cérebros de ratos, com a finalidade de verificar o desenvolvimento de tecido glial. Desde 1997, quando foi solicitada a patente para um "humouse", ou seja, uma quimera camundongo-humana, este debate vem sendo realizado. A utilização de células-tronco embrionárias humanas em pesquisas científicas já é, em sí, um procedimento com inúmeras questões éticas que merecem reflexão. A utilização de células-tronco embrionárias humanas para a produção de quimeras é ainda mais discutível.

A utilização de células-tronco embrionárias para produzirem neurônios humanos em um camundongo se reveste de um conteúdo todo especial. Qual é o significado moral de introduzir neurônios humanos em um cérebro de camundongo? Este camundongo passa a ter um estatuto diferente dos demais? Ou é apenas um experimento a mais, sem novas considerações éticas relevantes, além das já realizadas para outras pesquisas semelhantes?

A questão central desta reflexão é a da utilização de partes do ser humano como material de pesquisa. A tradicional diferença entre pessoa e coisa, fica comprometida quando células ou tecidos humanos passam a ser patenteados ou transferidos para outras espécies de seres vivos.

A perda de uma parte do corpo, em geral, não acarreta a morte do indivíduo. Exemplo disto são as amputações. O indivíduo perde uma perna, um braço, uma mão, mas continua a existir, a ser reconhecido como sendo uma pessoa. Da mesma forma, pode receber órgãos de outras pessoas, com rim, fígado, pâncreas, pulmão, córnea, sem contudo se transformar, por este motivo, em outra pessoa. Até mesmo órgãos de animais de outras espécies poderiam ser transferidos, sem que a característica humana do paciente receptor fosse sequer contestada A única exceção é o sistema nervoso central.

A partir de 1968 a caracterização do final da vida de um ser humano se deslocou do critério cardiorrespiratório para o critério encefálico. O funcionamento dos neurônios do sistema nervoso central passou a balizar a passagem da vida para a morte do indivíduo. Caso fosse tecnicamente possível, não existiria um transplante de cérebro ou encéfalo, mas sim, este cérebro ou encéfalo é que receberiam um transplante de corpo. A identidade do indivíduo estaria preservada nas suas lembranças, no seu modo de ser, predominantemente nas suas características neuronais centrais.

Transferir células-tronco embrionárias humanas para um ambiente neuronal de outra espécie animal é ultrapassar uma barreira de investigação que merece ser adequadamente discutida e refletida antes que suas conseqüências possam ser irreversíveis. As questões que envolvem a dignidade ou a condição humana como ficam a partir deste momento? Esta pesquisa é o típico exemplo de "conhecimento perigoso", que merece ser refletido e avaliado em todas as suas conseqüências e não apenas desde o ponto de vista de sua possível e eventual aplicação terapêutica. A elucidação destas questões demandam mais pesquisas, realizadas de forma eticamente adequada para que possam permitir avançar os conhecimentos imprescindíveis ao desenvolvimento da humanidade.

Cientistas ingleses geram embriões híbridos com DNA humano e óvulos de vaca

02/04/2008 - O jornal inglês The Times informou que já se realizou em Inglaterra o primeiro experimento para obter embriões híbridos humano-animais. Cientistas da Universidade de Newcastle produziram embriões introduzindo DNA humano em óvulos de vaca.

Os chamados embriões "híbridos citoplásmicos" são o resultado de introduzir o núcleo de uma célula humana em um óvulo animal ao que previamente lhe extraiu seu próprio núcleo, onde se encontra a maior parte do material genético. O material genético no embrião resultante é 99.9 por cento humano e 0.1 por cento animal. A equipe de cientistas, liderado por Lyle Armstrong, recebeu em janeiro passado uma das duas primeiras licenças outorgadas no país para este tipo de experimentos. Entretanto, o tema dos híbridos segue em debate. A Câmara dos Comuns debaterá o Projeto de lei sobre Fertilização Humana e Embriologia em maio próximo.

A cadeia BBC informou que os embriões de Newcastle viveram três dias, e o major se desenvolveu até conter 32 células. Os investigadores pretendem obter que os embriões vivam uns seis dias e extrair células tronco embrionárias para usá-las em investigações. O legislador trabalhista, Jom Dobbin, reagiu em contra do anúncio e advertiu que "apagar de forma consciente as fronteiras entre os humanos e outras espécies é um ataque contra o coração do que nos faz humanos".

Embrião chinês é um híbrido de homem e coelho

15/08/2003 - Biólogos na China reprogramaram células humanas ao fundi-las com óvulos de coelho previamente preparados e desprovidos de seu material genético original. A partir dos embriões assim fabricados, obtiveram células-tronco, que têm o potencial para se converter em qualquer tipo de tecido.

A pesquisa original será publicada na revista científica "Cell Research" (www.cell-research.com), ligada à Academia Chinesa de Ciências, e recebeu destaque ontem na seção noticiosa da publicação britânica "Nature" (www.nature.com). Os pesquisadores, liderados por Huizhen Sheng, da Segunda Universidade Médica de Xangai, dizem acreditar que as células obtidas poderiam dar aos cientistas da área uma alternativa às linhagens criadas com embriões humanos, que levantam uma série de questões éticas e legais. Em muitos países, sua utilização é restrita. Apenas o Reino Unido tem uma legislação flexível para essas pesquisas.

Apesar do potencial, muitos pesquisadores que viram o trabalho apontam que as células obtidas não apresentam a mesma flexibilidade das que vêm de embriões humanos, que em alguns casos têm a capacidade de se replicar indefinidamente em laboratório.

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Revista Planeta
http://www.fimdostempos.net
http://news.nationalgeographic.com/news/2005/01/0125_050125_chimeras.html
http://www.acidigital.com
http://www1.folha.uol.com.br