CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Robôs Militares - Parte 1

robo_Swords12010 - O SWORDS é o primeiro robô equipado com armas. Tem pouco menos de 1 metro e pode carregar vários tipos de armamentos. Além de subir escadas, mergulha até 100 metros e tem boa mobilidade na neve. SWORDS ou o Special Weapons Observation Reconnaissance Detection System (Sistema Especial ...

de Armas Observação Reconhecimento e Detecção), é um robô móvel actualmente em desenvolvimento por Foster-Miller para o exército dos Estados Unidos. Ele foi projectado para ser o primeiro veículo armado robótico para ver um combate, quando 18 dos robôs foram utilizados no Iraque. O robô não é autónomo, ele deve ser controlado por um soldado usando uma pequena consola para direccionar remotamente o dispositivo e disparar suas armas. O preço actual de cada unidade é de 230.000 dólares, porém estima-se que em produção em massa seu preço individual cairá para cerca de 160.000 dólares.



Robôs vão a guerra


2007 - A partir do momento em que com o fim da Guerra Fria e o desaparecer da União Soviética como potência capaz de defrontar os Estados Unidos de igual para igual - ou de pelo menos levar os norte-americanos a pensar duas vezes antes de efectuar uma intervenção – a possibilidade de enfrentar no terreno militares dos Estados Unidos ficou reduzida à possibilidade de atacar militares isolados, com operações furtivas, dissimuladas e de surpresa em zonas estreitas de cidades dificeis de controlar.

Neste tipo de guerra, uma força muito poderosa, equipada com os mais poderosos meios tecnologicos para atacar e defender, fica vulnerável. A melhor analogia para o que acontece, é a analogia do Elefante. O animal é enorme e nada o pode defrontar, no entanto não tem qualquer capacidade para se debater contra pequenos parasitas, e soçobraria perante uma colónia de formigas se não fugisse.

Esta é a teoria por detrás do que nos habituámos a conhecer como guerra assimétrica, que levou os Estados Unidos a não serem capazes de controlar de forma efectiva os lugares que anteriormente tinham tomado, utilizando a sua fenomenal capacidade militar.

Estando condicionado por rigidas regras de intervenção, que determinan onde e quando podem ser efectuadas as operações [1] os militares aparecem como «sitting ducks» ou «patos parados», à espera de serem alvo dos seus atacantes.

Uma das soluções que está a ser estudada e que efectivamente começou a ser utilizada - se bem que a nível experimental – é a da utilização de robots, adaptados de equipamentos até agor a utilizados para desminagem e desativação de engenhos explosivos, defesa civil e operações de bombeiros.
Em pequeno número (apenas três estão a ser utilizados) o sistema SWORDS (Special Weapons Observation Remote reconnaissance Direct action System é uma das possibilidades presentemente em estudo e em operação no terreno.
Até ao momento a apreciação por parte dos militares norte-americanos tem sido positiva, e foi apresentado um pedido para mais 20 unidades do robot , que foi aprovado após mais de três anos de desenvolvimento por parte do exército dos Estados Unidos.

A principal diferença do sistema SWORDS para os sistemas anteriores, é que ele não é apenas utilizável para vigilãncia, como pode contar com armamento instalado, podendo por isso disparar se necessário contra eventuais ameaças.

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O sistema, instalado num robot do tipo «Talon-III B» fabricado pela empresa Foster-Miller e foi pensado para poder entrar em operação em zonas de combate onde o risco para os militares seja muito grande e está especialmente equipado para o combate nas ruas, podendo entrar em ruas estreitas onde atiradores furtivos se podem ocultar com facilidade.

Ele é remotamente controlado e tem sensores e câmaras de TV que lhe permitem nãosó identificar os alvos, como disparar contra eles, facilitando assim o trabalho às patrulhas a pé.
Equipado com uma metralhadora M249, calibre 5.56 com 200 munições, quatro câmaras de TV e com sensores de visão nocturna que permitem identificar o inimigo, o SWORDS é pode ser completamente automático, mas não toma a iniciativa de disparar contra qualquer alvo que se mova.

Essa opção é determinada pelo único operador do sistema, que tem acesso à informação dos sensores, através de uma ligação rádio e pode «ver» como se estivesse no local, utilizando ocúlos de protecção. A visão que o operador tem da mira, é exactamente a mesma que teria se estivesse no local e o alcance dos de comunicação chega a um máximo de 3.2Km embora provavelmente os sistemas sejam utilizados a distâncias entre 500 e 1.500 metros.
Para já o SWORDS não pode disparar em movimento. Ele terá que parar para depois disparar a sua arma. No entanto segundo os militares que utilizaram o sistema afirmaram: «... é tão facil disparar e acertar no alvo, como se estivessemos a tocar fisicamente na arma...».

Presentemente o exército dos Estados Unidos conseguiu verbas de emergência para encomendar mais 80 unidades do SWORD, e embora o numero seja relativamente reduzido, ele é visto como o primeiro numa série de robots de combate que continua a ser desenvolvida, existindo já acordos para o estudo de versões mais poderosas, com melhores sensores e intercambiabilidade de sistemas de armamento. Entre as versões em estudo, está uma com possibilidade de disparar em movimento. O SWORDS deverá ter também capacidade para ser equipado com lança granadas de 40mm e armas anti-tanque do tipo RPG.

Os robots como o SWORDS e os seus derivados deverão ser equipamento standard dentro de alguns anos. A sua chegada ao campo de batalha é notícia, principalmente porque os robots se transformarão inevitaavelmente nos sistemas de combate do futuro.


[1]Independentemente das regras, têm ocorrido violações. Parte das violações às regras têm sido punidas mas a parte restante não é considerada, porque se parte do principio de que os militares reagem perante uma situação nova, para a qual não foram treinados e para a qual não parece sequer haver respostas adequadas.


Um Robô Militar que Faz Tudo

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09/02/2012 - O Guerreiro da iRobot é forte o suficiente para rebocar um carro e habilidoso o suficiente para abrir seu porta-malas pela maçaneta.Com o lançamento do guerreiro, um grande robô sobre rodas com um braço mecânico robusto, os robôs militares ficaram significativamente maior e mais adaptável. O robô anda sobre esteiras como um tanque. Ele pode subir escadas e cobrir terreno acidentado, e executar tarefas que vão desde delicadas (como abrir portas de carro)até destrutivas (quebrar vidros de automóveis), com seu braço mecânico de dois metros de comprimento.

O Guerreiro é a última invenção da iRobot, empresa de Bedford, Massachusetts, mais conhecida pelo aspirador robótico Roomba, e sua linha de controle remoto PackBots, usadas pelas forças americanas de combate para desativar dispositivos explosivos improvisados ??e executar outras tarefas perigosas. O robô pode ser armado - em um teste foi lançado um foguete que guiava explosivos para limpar minas ou outros obstáculos (ver vídeo).

O Guerreiro, com pouco mais de 450 quilos, incluindo o seu braço, é mais do que cinco vezes mais pesado e muito maior e mais forte do que um PackBot. Isso significa que o Guerreiro pode ser usado de forma muito mais generalista, diz Tim Trainer, presidente da iRobot vice-presidente de operações para os robôs governamentais e industriais. "Com os pequenos robôs, você realmente tem que otimizá-los para missões específicas. Com o Guerreiro, você pode fornecer mais flexibilidade."

O Packbot é projetado para ser carregado como uma mochila. O Guerreiro é muito grande, com pouco menos de um metro de comprimento, e de pé um pouco mais de meio metro de altura com o seu braço dobrado para baixo. O robô do motor eléctrico dá-lhe uma velocidade máxima de oito milhas por hora (12,9 quilômetros por hora) e potência suficiente para puxar um carro grande. As correias do robô e suas barbatanas lhe permitem passar por cima de obstáculos de meio metro de altura, e elevar-se e fazer seu braço atingir até 3,5 metros do solo. O braço pode levantar mais de 150 libras (68 quilogramas).

Dois protótipos dos robôs, sem hardware totalmente polido e software, foram enviados para explorar edifícios danificados no local da usina Fukushima Daiichi após o acidente nuclear no ano passado. Vários protótipos do Guerreiro ter sido vistos em feiras ao longo dos últimos anos, mas só agora, depois de extensos testes, tem o projeto foi finalizado. Guerreiros já estão prontos para entrar em fabricação e pode ser encomendado, iRobot diz, apesar de ainda não ter quaisquer ordens para anunciar.

Guerreiro é controlada utilizando software iRobot 2 Consciente e  -  como outro motivo da empresa - robôs operados remotamente usando um controlador Xbox. O motorista vê a vista de até seis câmeras no chassis do robô, braço e garra.

Treinador diz que um Guerreiro pode ser usado para tudo, desde busca e salvamento - por exemplo, levantar escombros - de lado para manobras mais delicadas, tais como abrir uma porta do carro para investigar um pacote suspeito. Outros acessórios, como raio-x equipamentos ou materiais de bombeiros, também serão disponibilizados.

Trabalhadores de Fukushima Daiichi não têm a vantagem de qualquer equipamento especial, mas ainda assim conseguiram usar o robô para limpar quartos contaminados por radiação para torná-los seguros para os seres humanos a entrarem, diz treinador. "Eles grudaram um aspirador no braço para sugar a poeira radioativa."


Robô militar poderá devorar corpos



2009 - Apesar da manchete soar como a trama de um filme de terror/ficção científica, não se engane. Duas visões do Robô Tático Energeticamente Autônomo (tradução para a sigla EATR, que em inglês corresponde a Energetically Autonomous Tactical Robot – EATR) estão sendo desenvolvidas com fundos do exército dos EUA.

Um robô movido a vapor está sendo projetado para se auto-abastecer consumindo material orgânico, de grama a mobília, ou mesmo cadáveres, segundo reportado pela Fox News.
Mas fala sério, poderia mesmo o exército americano implantar algo para fazer isso sem uma reclamação global? O robô, da Robotic Technology Inc., é chamado de Robô Tático Energeticamente Autônomo. Ele pode “encontrar, digerir e extrair energia de biomassa.”
De acordo com o site da empresa, o objetivo do EART é:

“Desenvolver e demonstrar uma plataforma robótica autônoma capaz de cumprir missões de longo alcance e resistência sem a necessidade de re-abastecimento manual ou convencional, o que, de outra forma, prejudicaria a habilidade do robô cumprir tais missões. O sistema obtém energia por meio de forrageamento – usando um comportamento biologicamente inspirado, semelhante a um organismo e coletor de energia, o que seria equivalente a comer. Ele pode encontrar, ingerir e extrair energia de biomassa no ambiente (e outras fontes de energia de base orgânica), assim como usar combustíveis convencionais ou alternativos (como gasolina, querosene, diesel, propano, carvão, óleo de cozinha e energia solar) quando apropriado.”

Cerca de 680 quilos de vegetação poderiam fornecer energia para percorrer 160 quilômetros. A pesquisa é patrocinada pela DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa em Defesa Avançada).


Grandes robôs: ACER



Os robôs militares maiores são basicamente caminhões ou tanques com computadores internos operados por controle remoto.

ACER

O ACER é outro robô feito pela Mesa Robotics. Este robô tem quase o tamanho de um pequeno bulldozer ou de um Zamboni.

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Robô projetado para combate blindado (ACER)


O ACER pode lidar com as tarefas mais pesadas, como limpar explosivos com um braço mecânico, limpar e cortar obstáculos com uma alavanca de lâmina, tracionar veículos desabilitados (mesmo um ônibus), transportar carga em um trailer e servir como plataforma de armas. Pode-se ainda acoplar um desmontador de minas à sua frente, limpando terrenos minados antes que as pessoas passem por ali.

PARTE 2