CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Cristal armazena 360 TB de dados

crisarma410/03/2016 - Um pequeno cristal foi desenvolvido por pesquisadores da universidade de Southampton, no Reino Unido. Por meio de gravação e leitura de dados digitais com tecnologia 5D, capaz de armazenar 360 terabytes de dados durante 13 bilhões de anos. O que mais impressiona no cristal, é que ele tenha o tamanho de uma moeda, além de resistir a temperaturas de 190° Celsius e conservar a qualidade dos dados armazenados por tanto tempo. O formato de tecnologia 5D se deve às cinco dimensões do disco: tamanho, orientação e três posicionamentos de nanoestruturas. Mas você pode se perguntar como isto é possível? E aqui está a resposta: É de modo parecido com a produção de microprocessadores. Um feixe extremamente rápido produz feixes de luz curtos e intensos, que gravam os dados em três camadas de pontos nanoestruturados (nível atômico).

Cada camada é separada por cinco micrômetros (5 milionésimos de um metro) Estes pontos nano estruturais, modificam a forma como a luz atravessa o cristal, alterado sua polarização. Deste modo, a leitura do cristal pode ser feita com o uso de um microscópio ótico e de um polarizador combinados. Esta tecnologia inovadora é comparada aos quadrinhos do Superman: os cristais da Fortaleza da Solidão armazenam os ensinamentos do pai do herói. Já os discos de cristal criados pelos cientistas da universidade de Southampton armazenaram documentos históricos, como a Magna Carta, a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Bíblia Sagrada.

Até o momento, os pesquisadores conseguem armazenar apenas arquivos leves como textos, sendo que o processo de leitura dos dados é considerado complexo. Mas os inventores pretendem aprimorar o cristal e resolver suas limitações, para que nada do que aprendemos possa ser esquecido fisicamente – Pelo menos é o que os cientistas esperam. No futuro, pendrives e HD’s externos serão considerados dispositivos rudimentares, e quem sabe, a nova invenção possa garantir a última evidência da civilização para que nada do que aprendemos ou o modo como estruturamos nossa sociedade não seja esquecido e tenha para sempre um testemunho da história.


Memória de cristal pode armazenar 360 TB de dados por mais de 1 milhão de anos

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2013 - Armazenar dados por longos períodos de tempo é uma tarefa difícil. Enquanto tabletes cuneiformes resistiram ao tempo, permitindo que historiadores os estudem hoje, mais de 3500 anos após sua criação, se a humanidade hoje se extinguisse, visitantes de um eventual outro planeta que aqui chegassem no futuro provavelmente não encontrariam muitas fontes sobre nossa história. CDs se desgastam, HDs deixam de funcionar, impressão em papel não resiste à primeira chuva…

Pois agora parece que esse problema está em vias de ser resolvido. Utilizando quartzo fundido em nanoestruturas, pesquisadores da Universidade de Southampton conseguiram gravar dados no formato que chamam de 5 dimensões (definidas como tamanho, orientação e as 3 dimensões da nanoestrutura). sso foi conseguido através de um laser que emite pulsos de luz poderosos e curtos, gravando os dados em 3 camadas, com espaços de apenas 5 micrômetros. Chamado de “cristal de memória”, em função da semelhança com os cristais do Superman, o material é capaz de armazenar um número enorme de dados, da ordem de 360 TB, por mais de um milhão de anos. A nanoestrutura muda a maneira como a luz atravessa o cristal, modificando a polarização da mesma, que pode então ser lida por uma combinação de microscópio óptico e um polarizador.

A pesquisa é liderada por Jingyu Zhang, do Centro de Pesquisa em Optoeletrônicos, em parceria com a Universidade Eindhoven de Tecnologia. Estamos desenvolvendo uma forma muito segura e estável de memória portátil usando vidro, que pode ser muito útil para organizações com arquivos grandes. No momento as empresas tem que fazer backup de seus arquivos a cada 5 ou 10 anos por causa do curto tempo de vida dos discos rígidos. – Jingyu Zhang

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O professor Peter Kazansky, supervisor do grupo de pesquisa, comentou que “é emocionante pensar que criamos um documento que provavelmente vai sobreviver à espécie humana. Essa tecnologia pode garantir a última evidência da civilização: tudo que aprendemos não será esquecido”. O teste do sistema foi feito gravando um arquivo de texto de 300 kb com a nova tecnologia. O cristal resultante, além de extremamente durável, resiste a temperaturas de até 1000 ºC.

Fonte: http://teclab.net.br/
University of Southampton