CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Dispositivos médicos hackeados podem ser a maior ameaça de segurança cibernética em 2016

meddis124/12/2015 - Hackers têm usado ransomware – um tipo de malware em que os atacantes podem roubar ou apagar o conteúdo de computadores dos usuários, caso eles não paguem um resgate – durante os últimos 25 anos. Agora, ao que parece, a mesma tática pode ser usada em bombas de insulina e marcapassos. Ransomware em dispositivos médicos é a maior ameaça à segurança cibernética para 2016, de acordo com um relatório recente da empresa de pesquisa e consultoria Forrester e relatado pela Motherboard.

Por enquanto não há casos documentados de hackers pedindo resgate de usuário pelo seu dispositivo médico, mas os especialistas estão percebendo que a segurança cibernética para os dispositivos médicos – na verdade, qualquer coisa ligada à Internet, incluindo robôs cirúrgicos – está ficando terrivelmente para trás do armamento para proteção digital de outro sistemas e dispositivos. Especialistas citados em um artigo recente na Bloomberg Business estimam que a segurança em torno de dispositivos médicos tem o padrão global de cerca de uma década atrás. No início deste ano, o FDA emitiu uma carta aos hospitais e pacientes alertando que uma sonda comumente usada para racionar a dosagem adequada de medicamentos poderia ser vulnerável a ataques.

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Ameaças aos dispositivos médicos pode ter sido de conhecimento comum (o suficiente para tornar-se uma reviravolta na história da série de TV Homeland), mas ninguém prestou muita atenção, porque não parece haver qualquer benefício claro para um hacker. Quem iria querer estragar a bomba de infusão de drogas de John Doe? Mas à medida que mais provedores de seguros de saúde encontram-se sob o fogo, é claro que os hackers estão de olho no setor de saúde. E com a perspectiva de um resgate, nessa ameaça se sente tudo muito imediato e pessoal, especialmente porque não é barato – a maioria dos hackers exigirão US $ 200 a US $ 10.000, de acordo com o FBI.

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Entre abril de 2014 e junho de 2015, extorsões de hackers através de computadores pessoais custaram às vítimas americanas $ 18 milhões. Ao contrário de um computador pessoal, os indivíduos não podem colocar as medidas de segurança digital para proteger seus dispositivos biomédicos. Cabe aos fabricantes do hardware e software do dispositivo colocar os protocolos de segurança adequados no local. Esperemos que eles possam fazê-lo antes que o ransomware torne-se tão grande quanto o problema previsto.


Fonte: https://www.curioso.blog.br