17/08/2022, por Lucas Custódio - Arquétipos são muito utilizados para humanizar discursos e criar gatilhos nas pessoas. Por mais que muitos já sejam conhecidos, quando bem utilizados no storytelling, se provam efetivos. Empresas, por exemplo, utilizam arquétipos para criar posicionamentos de marca perante o público. É preciso, no entato, ter cuidados para saber qual usá-los. Listamos os 50 principais com exemplos de uso para você adotar na sua estratégia. Lista dos 50 principais arquétipos - Abaixo, você encontrará uma seleção de alguns arquétipos tradicionais que foram identificados por algumas pessoas especialistas ao longo da história, como Carl Jung, Joseph Campbell, etc. Eles foram organizados em categorias para melhor entendimento.
Os arquétipos junguianos
Carl Jung foi o pesquisador que mais dedicou sua vida para o entendimento da teoria dos arquétipos. Apesar de isso já ser algo que outras pessoas já perceberam ao longo da história, foi ele quem formalizou academicamente. Por conta disso, seus arquétipos são mais estruturais, elementares e descrevem a personalidade humana acima de tudo. Abaixo estão somente os principais de sua teoria:
1. Persona
Um dos arquétipos mais importantes de Jung, a persona significa literalmente “máscara” e representa as diferentes versões que criamos o tempo todo para diversas situações. A persona é um arquétipo da personalidade que é essencial para sobreviver em sociedade, pois promove fácil identificação e permite que as pessoas se conectem e se categorizem em grupos e contextos. Exemplo: Esse conceito abstrato quase sempre surge na figura de máscras, pois é ela quem melhor representa sua relação com a personalidade. Em um baile de máscaras, por exemplo, geralmente personagens utilizam máscaras que mais representam sua personalidade. No teatro clássico, as personagens eram representadas por meio de uma máscara. A pessoa espectadora já sabia quem era a personagem e sua personalidade só de reconhecer a máscara.
2. Sombra
Assim como a máscara, a sombra é a representação mais tradicional dos valores e traços que temos vergonha de demonstrar para a sociedade, logo, os guardamos dentro de nós mesmos, algumas vezes evitando até mesmo reconhecê-los. A sombra, para algumas pessoas, pode ser compreendida como a oposição à persona. Exemplo: Uma utilização clássica da sombra acontece em Homem-Aranha. A personagem “Venom” (literalmente, veneno, que é a parte mais letal e perigosa da aranha), é a sombra do clássico herói do cinema e dos quadrinhos.
3. Anima
A anima representa a essência da energia feminina, que é associada a diversos traços como fertilidade, passividade, emoção etc. É importante deixar explícito que a Anima, na teoria junguiana, é a contraparte feminina de uma pessoa que se vê masculina em sociedade. Logo, ela se dá como o oposto a uma representação masculina. Exemplo: A anima sempre se dá como oposta ao Animus, a essência masculina. A representação mais tradicional desses dois arquétipos juntos é o símbolo Yin-Yang. Yin, a parte escura do símbolo, cria uma equilíbrio perfeito.
4. Animus
Animus representa a essência da energia masculina, que é associada a diversos traços como agressividade, ação, razão, etc. Ele existe para contrabalencear a Anima e, na teoria junguiana, é a essência masculina de uma pessoa que se enxerga feminina diante da sociedade. Exemplo: O Animus sempre se dá como oposta à Anima, a essência feminina. A representação mais tradicional desses dois arquétipos juntos é o símbolo Yin-Yang. Yang, a parte clara do símbolo, cria uma equilíbrio perfeito.
5. Self/Eu-mesmo
O Self ou Eu-mesmo é o ponto alto da teoria junguiana. É a força-motriz que organiza todas as imagens e equilibra as diferentes forças dentro da personalidade. Por ser um conceito muito asbtrato e amplo, muitas vezes o self vem com uma representação divina ou espiritual.
Exemplo: O self é uma das representações mais difíceis de se criar ou expressar, exatamente pela sua indefinição e nível de abstração. Geralmente,ela é aquela força inexplicável que dá sentido a tudo dentro de um universo, como a força, em Star Wars, ou a magia no mundo de Harry Potter.
Os principais arquétipos do Storytelling
Após a teoria junguiana, outras pessoas analisaram diversas narrativas e surgiram com tipos arquetípicos que normalmente são utilizados em histórias clássicas e tradicionais, como mitos. São 12, essencialmente:
5. Herói
O Herói é o arquétipo favorito para protagonismo, por conta de sua facilidade em se encaixar em arquétipos situacionais (como a jornada, provação, etc.) e representa o que todas as pessoas tentam ser (forte, valente, resiliente, moralmente aceitável, etc.), além de ser destinado a ações nobres, como salvar o mundo. Exemplo: Toda e qualquer personagem protagonista de sagas tradicionais possuem traços desse arquétipo, como Harry Potter, Luke Skywalker, Superman, etc.
6. Explorador
O Explorador é o arquétipo de personagem bastante nobre também e é encontrado em diversas protagonistas. Sua intenção é a liberdade e o seu maior desejo é viver experiências únicas e novas. Exemplo: Podemos colocar personagens como Moana, do filme da Disney e Odisseu/Ulisses, da clássica Odisseia.
7. Cuidador
O Cuidador é o arquétipo que existe para tomar conta e abdicar de seus próprios desejos em prol do bem estar de outras personagens. Por sua ausência de liderança, há poucas utilizações como protagonistas. Normalmente, há uma personagem cuidadora para o herói, auxiliando-o em sua jornada. No entanto, há uma grande simpatia do público para com esse arquétipo. Exemplo: Personagens cuidadoras aparecem como tutoras, professoras ou conselheiras. As vezes, pais e mães podem fazer esse papel também. Diferentemente de outros tipos de ajudantes, como o Sábio, o Cuidador não tem respostas ou conhecimento, apenas o desejo de ajudar e manter a salvo quem ele ama.
8. Amante
O Amante é uma personagem que tem como foco o amor, seja ele qual for (romântico, amizade, familiar, etc.) É usada para enredos ligados a romance ou questões pessoais e emocionais. Pode ser uma pessoa ou um casal. Exemplo: O exemplo mais clássico e tradicional (que por si só é quase arquetípico) é Romeu e Julieta.
9. Pessoa Comum
A pessoa comum é uma personagem que tenta se aproximar do público por sua relação com a normalidade e a vida em sociedade. Resolve questões ordinárias e seu maior objetivo é a justiça. Não possui habilidades nem talentos especiais. Exemplo: Pode aparecer muitas vezes como órfão ou uma pessoa trabalhadora. Um exemplo da cultura pop é Homer Simpson, criado para representar homens comuns de meia-idade estadunidenses.
10. Inocente
A personagem sob o arquétipo Inocente tem uma ligação direta com a ingenuidade e, consequentemente, com a infância, que é a fase da vida em que menos se tem noção da maldade do mundo. Sua maior intenção é ser feliz e viver no paraíso. Exemplo: Toda personagem com um toque infantil tem características do arquétipo do Inocente. Podemos citar o famoso Mr. Bean, vivido pelo ator Rowan Atkinson ou a peixinha Dory, que sore de perda de memória recente e, por isso, é bastante ingênua.
11. Rebelde
A personagem Rebelde se desvia do arquétipo do Herói a partir de que ela não segue normas ou regras para fazer justiça, apesar de haverem muitas semelhanças em suas jornadas. O rebelde tem uma causa motivada geralmente por vingança e deseja fazer justiça com suas próprias mãos, custe o que custar. Exemplo: Esse arquétipo é muito usado para personagens do Velho Oeste, os forasteiros. Rick Sanchez, de Rick and Morty, é também um Rebelde.
12. Criador
O Criador é um arquétipo que representa personagens excêntricas que vivem em uma realidade própria, com a intenção de criar coisas novas. Seu objetivo é inventar e experimentar. As vezes, sua criação pode ser o que causa toda a trama, pois essas personagens têm a tendência de “brincar de Deus”. Exemplo: Cientistas representam grande parte desse grupo de personagens. O clássico desenho da Cartoon Network, Dexter, traz um garotinho assim como protagonista.
13. Soberano
O arquétipo do Soberano reina em todas as personagens que se encontram em uma posição de poder e grande influência. É um arquétipo flexível pois há diversas formas de utilizá-lo, assim como suas sombras (mais discutido adiante, nos arquétipos masculinos). Logo, ela pode ser tanto uma grande líder quanto uma tirana detestável. Exemplo: Grandes personagens vilãs são geralmente soberanas, pois é muito fácil sucumbir a sua sombra. Temos a Rainha da Branca de Neve, A Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas, Darth Vader em Star Wars e Lord Voldemort, em Harry Potter.
14. Sábio
Personagens sábias são aquelas que parecem deter todo o conhecimento do universo em questão e intervêm na jornada do Herói quando necessário. Não estão disponíveis o tempo todo e geralmente são associadas à uma idade mais avançada. Geralmente, mesmo quando derrotadas, elas ainda mantêm a última palavra. Exemplo: Personagens sábias podem ser como o Mestre dos Magos, do clássico A Caverna do Dragão, Alvo Dumbledore, de Harry Potter, etc.
15. Mago
O arquétipo do Mago não está exatamente presente na jornada do Herói. É um personagem com objetivos próprios e fará tudo para alcançá-lo. É frequentemente visto como alquimista pois sua relação com a magia permite a transformação. Geralmente o herói precisa enganá-lo ou negociar com ele para que o ajude. Exemplo: Personagens magas são aquelas com relação direta com a magia e conhecimento. No entanto, isso pode ser totalmente metafórico em alguns casos. A personagem pode ser uma ilusionista, por exemplo, ou uma charlatã.
16. Louco
O Louco é um arquétipo que cria as próprias regras. Ele transita entre mundos e conhece a verdade. É difícil enganá-lo, já que geralmente ele é a fonte da enganação e mentira, disfarçado de humor. Em alguns casos, pode ser uma personagem completamente desconsiderada, já que poucas pessoas a levam a sério. Mas, sempre será ela que dirá a mais profunda e verdadeira lição. Exemplo: Há muitas formas de representação do Louco. Loki, da cultura nórdica, por exemplo, é uma representação mais ligada a uma conotação negativa. Enquanto o arlequim, ou bobo da corte, é mais ligado à verdade e bondade.
Os principais símbolos arquetípicos
17. O Sol
O Sol é um dos maiores símbolos arquetípicos, representado em diversas culturas como Rá, na egípcia, Hélio/Apolo, na grega, e até mesmo na mitologia Tupi-Guarani, com o deus Guaraci. Geralmente, é associado a uma energia masculina, de criação e destruição, de nascimento e morte. Exemplo: Na própria crença cristã há inúmeras referências e metáforas associando a figura de Jesus Cristo com o Sol.
18. A Lua
Funcionando na mesma dicotomia que Animus/Anima, Yin-Yang, A Lua é a contraparte do sol. Ela é associada a uma energia feminina, de controle, de tempo, de colheita, etc. Exemplo: Na mitologia grega, diversas deusas tem relação com a Lua, como Hécate, Selene e Ártemis.
19. Água
A água é uma representação arquétipica e simbólica de renovação, do ciclo da vida e de purificação. Exemplo: Diversas religiões incluem um batismo em imersão na água como parte do ritual para aceitação da fé.
20. Mar
Juntamente com a representação da água, o Mar é visto como um símbolo arquetípico de criação de vida, de nascimento e de jornada. Afinal, muitas jornadas, no passado, aconteciam pelo mar. Exemplo: Uma das histórias mais famosas que foi imortalizada em uma obra de arte icônica é o nascimento de Vênus (ou Afrodite). Afrodite é a representação do amor romântico e vista como uma das formas de representação materna. Seu nascimento se deu a partir do mar.
21. Rios
Enquanto o mar é nascimento e jornada, a figura do rio é um arquétipo para transição. É uma associação muito forte entre como o canal da vida e da morte. Exemplo: Diversas culturas acreditavam que a jornada pós-morte se dava em um rio, entre elas as grega, egípcia e nórdica.
22. Espiral/Redemoinho
Representa a destruição inevitável e a força da natureza. Muitas vezes, associada à ação do destino. Exemplo: Na mitologia, Caríbdis é um monstro que vive na península itálica, no estreito de Messina. Era vista como um grande redemoinho que destruía todas as embarcações que passavam por ela.
23. O submundo
Representa o “outro lado”, o lado não-vivo, a outra realidade. Geralmente, é para lá que as almas vão quando morrem na cultura popular. Exemplo: Todas histórias heróicas do passado incluíam uma descida ao submundo. Acontece tanto no clássico “Odisseia”, quando na atual obra “Percy Jackson”. Adicionalmente, Stranger Things criou uma nova representação para esse arquétipo, chamando de “The Upside Down” ou o mundo invertido. Na crença cristã é representada como o inferno.
24. O “limite”
É um arquétipo que serve para representar a linha do que separa o normal e o cotidiano do que é mágico e extraordinário. Quando o herói inicia sua jornada, ele deve atravessar ela linha. Se ele não o fizesse, a jornada nunca aconteceria. Exemplo: Muitas vezes, o limite é metafórico, mas pode se apresentar em formas mais consistentes também. Por exemplo, um portal que divide dois mundos é uma forma de limite. Em “Harry Potter”, por exemplo, o limite é dissolvido entre a carta de convite à Hogwarts e a entrada para a plataforma 9 ¾ que fica no meio de uma pilastra.
25. O item “Mágico”
Em toda jornada arquetípica o herói recebe, muitas vezes durante a chamada para a aventura, um item que se revela mágico de alguma forma, e que será chave para sua aventura. Somente a personagem que é herói poderá utilizá-la ou desbloquear seu poder por completo. Exemplo: Em “Percy Jackson”, o herói recebe uma caneta esferográfica que, ao ser destampada, se transforma em uma pesada espada mágica. O item é dado por seu professor e tutor Quíron, que se encaixa bastante no arquétipo do Sábio.
26. Fogo
É uma representação ambígua. Pode representar tanto a destruição e a morte, quando a alvorada de um novo e tecnológico tempo. Adicionalmente, pode representar conforto e proteção. Exemplo: Na mitologia grega clássica, Prometeu é punido por dar à humanidade o fogo como presente. Isso permitiu que ela saísse da escuridão e se tornasse consciente.
27. Árvore
Representa o conhecimento, a sabedoria e a disseminação. Exemplo: Não é à toa que a árvore se popularizou como a metáfora para representar a linhagem genealógica de uma família.
28. Círculo
Representa a unidade, o ciclo, a renovação, a imortalidade, a perfeição. Exemplo: Um dos temas mais discutidos do mitológico estudo da alquimia foi a imortalidade ou juventude eterna. Um de seus símbolos mais famosos é a Ouroboros, uma serpente que morde a própria cauda, criando um círculo.
29. Triângulo
O triângulo, desde Pitágoras, é visto como a perfeição. O motivo para isso é que três pontos é o mínimo que você precisa para criar uma superfície perfeita e estável. Para compreender melhor, pense em uma cadeira. Se ela tivesse duas pernas, você provavelmente cairia. Agora, se ela tivesse três, você não teria problemas com isso. Exemplo: A trindade sempre está presente como ideal para equilíbrio. É por isso, por exemplo, que há a santa trindade na religião cristã.
Os principais arquétipos de situação
30. A Jornada
É o caminho pelo qual a personagem Herói é destinada a percorrer. Serve como uma representação para a vida real e suas diversas situações. Exemplo: Esse arquétipo está presente em praticamente qualquer trama. Pense em um filme de aventura qualquer e analise o caminho pelo qual a pessoa protagonista passa. Você estará se deparando com sua jornada.
31. A Missão
Geralmente é constituído de um ato quase praticamente impossível e perigoso que a personagem Herói precisa fazer para reestabelecer a paz e a normalidade para uma determinada sociedade. É o objetivo do Herói na sua Jornada.Exemplo: Usando novamente a trama de “Harry Potter”, A Missão de Harry é derrotar o bruxo mais poderoso e maligno de todos os tempos, sendo apenas uma criança.
32. A Tarefa
Refere-se a uma ação que somente a personagem Herói pode performar, e que a identificará ou que fará com que estabeleça sua posição de direito novamente. Exemplo: Nos contos medievais que tiveram grande impacto na nossa literatura, o Rei Arthur retira uma espada da pedra como prova de sua nobreza. Em “A Odisseia”, Odisseu retorna a seu lar disfarçado de camponês, onde diversos homens tentam ganhar a mão da rainha Penélope em um concurso de usar o arco do antigo rei. Ele consegue usar o arco provando sua identidade e retomando o trono.
33. A Intervenção Divina
Algumas situações só conseguem ser resolvidas com a intervenção de alguém que consegue ter todo o controle da situação. Essa intervenção também pode ser contra, para dificultar a jornada do Herói. Exemplo: Na história de Hércules, a deusa Hera sente ciúmes por ele ser fruto de um relacionamento extramarital de Zeus, interferindo e dificultando sua jornada.
34. A descida
Representa a alteração de um estado superior para um inferior, normalmente para conseguir conhecimento ou adquirir algo. É fortemente associada ao submundo, já que é naturlamente o local para onde se descende. Exemplo: Orfeu desce até o submundo para recuperar sua amada. Em “Divina Comédia”, Dante Alighieri precisa passar pelo Inferno para ver sua amada Beatriz. Adão e Eva são expulsos e precisam “descer” do paraíso.
35. O ritual
Um processo necessário que marca a transição de um estado para o outro. Pode ser de diversos tipos, como o de passagem, o de crescimento ou o de sacrifício. Exemplo: Festas de 15 anos ou a cerimônia do Bar Mitzvá são exemplos de rituais ou ritos de passagem da infância para a vida adulta.
36. A luta do bem contra o mal
Crença motivadora de que, independentemente da dificuldade da tarefa, a personagem protagonista será capaz de reverter o estado de maldade imposto pela personagem antagonista. Exemplo: Esse é um dos enredos mais arquetípicos que existem. Grande parte das histórias contadas estão sob essa tensão. Harry contra Valdemort, Chapeuzinho Vermelho contra o Lobo mal, etc.
37. Morte/Renascimento
Sempre presente, a morte ou renascimento é o fim ou o recomeço de algo. Exemplo: A Fênix é a exata representação dessa tensão, pois precisa morrer em chamas e renascer de suas próprias cinzas.
Os principais arquétipos relacionados às cores
38. Vermelho
Representa a violência, o sacríficio ou a paixão avassaladora e viciosa. Exemplo: Um dos melhores exemplos para isso é a utilização do sangue na cena do elevador, no clássico “O Iluminado” de Stanley Kubrick.
39. Azul
O Azul é associado à pureza, à religiosidade, ao místico e ao espiritual. Exemplo: O azul é muito utilizado para criar representações e imagens de figuras religiosas, juntamente com o branco.
40. Amarelo
Representa a felicidade, o otimismo e a alegria. Exemplo: Em “O Mágico de Oz”, a estrada que leva todas as personagens ao seu destino e é motivo de bastante animação e otimismo é de tijolos amarelos. Isso pegou tanto que virou até mesmo uma expressão na língua inglesa. Estar “na estrada de tijolos amarelos” significa dizer que alguém acredita que está rumando a algo bom.
41. Verde
Por um lado, verde pode ser usado para representar o sentimento, o crescimento e a fertilidade. Por outro, também é uma referência à morte e podridão. Exemplo: Ainda em “O Iluminado”, o banheiro do quarto 237 em que Danny e Jack Torrance encontram a mulher nua, morta e apodrecendo na banheira é completamente verde.
42. Rosa
Se por um lado o vermelho indica paixão violenta, o rosa é usado para indicar verdadeiro amor, amizade e atração. Exemplo: Barbie é constantemente associada ao rosa.
43. Roxo
O Roxo é uma cor associada ao místico, usada para rituais ou transformações mágicas. Também é uma cor muito associada à nobreza e realeza. Exemplo: O filme “Frozen”, da Disney, tem uma paleta de cores que transita nas principais cenas entre o branco, o azul e o roxo, especialmente quando Elsa está construindo seu palácio de gelo. Essa transformação tmabém representa a transformação interna.
44. Branco
O Branco também tem dois lados. Ele pode representar a pureza, inocência e leveza, mas também pode ser usado para o sobrenatural, morte e o horror. Exemplo: Um recurso muito utilizado em filmes e histórias de terror é a neblina. A névoa branca adiciona o toque de mistério e terror que antecede uma morte ou tragédia.
45. Preto
Assim como o Branco, o Preto também é utilizado para morte e sobrenatural. No entanto, sua utilização se volta mais ao sentido do desconhecido e do inconsciente. Exemplo: Na cultura popular atual, a personificação da morte acontece geralmente com ela utilizando um manto preto e que impede qualquer pessoa de ver seu rosto, mantendo o aspecto desconhecido e misterioso dela.
Os principais arquétipos relacionados aos números
46. (1)
O número um é usado para representar a igualdade, a unidade definitiva, a existência, o todo. Exemplo: No código binário de máquinas, se utiliza Uns e Zeros para marcar se algo está ligado ou desligado, respectivamente. Logo, o 1 pressupõe a existência alguma coisa.
47. (3)
Fortemente associado ao triângulo, o 3 representa o equilíbrio, a unidade, o espiritual e a transição para o um. Exemplo: Dentro da religião cristã, acredita-se que a santa trindade, na verdade é a representação de uma única entidade.
48. (4)
Muito associado a ciclos completos e ao que é físico. Exemplo: Quatro estações, quatro elementos fundamentais (Água, Fogo, Terra e Ar), etc.
49. (6)
Acredita-se que esse número associa-se à maldade. Exemplo: Devido à crenças religiosas, diz-se que a repetição desse número três vezes evoca seres malignos ou que é amaldiçoado.
50. (7)
Muito visto como um dos números mais simbólicos, representa a junção do três, que é espiritual e do quatro, que é físico. Exemplo: As sete maravilhas do mundo antigo.
Onde e como usar os arquétipos?
Os arquétipos são ferramentas poderosas que auxiliam primeiramente a compreender melhor de onde surge a construção da personalidade humana e, posteriormente, como transmitir uma determinada emoção inconscientemente. O tempo todo, somos completamente bombardeados por símbolos que se baseam em arquétipos. Esses arquétipos só existem pois eles são eficaz em nos ensinar algo ou em nos fazer sentir de uma maneira que noas ajuda a nos conhecermos melhor.
Com a ajuda dos arquétipos, somos capazes de direcionar uma narrativa, história, campanha de marketing, filme, comercial, produto (ou o que seja) diretamente para onde queremos, conquistando as pessoas por meio delas. Paa usar um arquétipo precisamos primeiramente conhecê-lo a fundo e entender como ele se apresenta. Por exemplo, o arquétipo do Herói pode ser um clássico soldado grego em uma guerra, ou pode ser uma pessoa comum no seu dia a dia. Porém, haverá traços indistinguíveis que farão com que seja possível reconhecê-lo.
Esperamos que essa lista de arquétipos tenha lhe ajudado a compreender alguns arquétipos e a inspirar você a construir algum projeto a partir deles. Lembre-se que o efeito esperado somente virá se você souber trabalhá-los e torná-los realmente interessantes. Afinal, arquétipos não são estereótipos. Eles são somente a fundação para determinada representação, e não a representação completa.
Fonte: https://blog.betrybe.com