Por Corete Silvane Sheibel - O amor pode ser definido de duas formas: 1º significa amor como um relacionamento e o outro é o amor um estado de ser, No momento em que o amor se torna um relacionamento, ele se torna uma escravidão, porque existem expectativas, exigências, frustrações, e um esforço de ambos para dominar. Tornar-se uma luta pelo poder. Quem pode mais? Quem ama mais? Relacionamento não é uma coisa certa. Mas o amor, como um estado de ser, é uma palavra totalmente diferente. Significa que você está simplesmente amando, não está criando um relacionamento a partir disso. Seu amor é exatamente como a fragrância de uma flor. Ele não cria um relacionamento, ele não lhe pede que você seja de uma determinada maneira. Ele não exige nada. Ele simplesmente compartilha. E, o compartilhar, não existe também qualquer desejo de recompensa. O próprio compartilhar é a recompensa.
Quando o amor se torna como uma fragrância para você, aí ele tem uma extraordinária beleza, e algo que está muito acima da assim chamada humanidade. Ele tem algo maior, algo do divino. Quando o amor é um estado de ser, você não pode fazer nada a respeito dele. Ele simplesmente irradia, mas não criará prisão alguma para ninguém, nem lhe permitirá ser aprisionado por qualquer pessoa. O relacionamento como tal, real ou imaginário, é um tipo de escravidão psicológica muito sutil; ou você escraviza o outro, ou você próprio se torna um escravo.
Duas pessoas podem ser muito amorosas juntas. Quanto mais amorosas elas forem, menor é a possibilidade de qualquer relacionamento. Quanto mais amorosas elas forem, mais liberdade existe entre elas. Quanto mais amorosas elas forem, menor é a possibilidade de qualquer exigência, qualquer dominação, qualquer expectativa. E naturalmente, não existe nenhuma frustração. Mas porque esse amor é tão necessário, exige tamanha necessidade, porque ele é tamanho alimento? Todos os problemas surgiram ao redor dele. Você quer que seu amante, seu bem amado esteja disponível para você amanhã também. Foi bonito hoje, e você está preocupado com o amanhã e disso nasceu o casamento. E somente o medo de que talvez amanhã seu amante o seu bem amado possa deixá-lo então se criou um contrato perante a sociedade. Fazer do amor um contrato significa que você está colocando a lei acima do amor.
O amor é autêntico somente quando ele dá liberdade. O amor é verdadeiro somente quando ele não interfere na privacidade da outra pessoa. Ele respeita a individualidade, a privacidade do outro. Mas os amantes que você vê pelo mundo, todo o esforço deles é para que nada seja privado; todos os segredos devem ser contados. Eles tem medo da individualidade; eles destroem a individualidade um do outro. E eles esperam que, destruindo um ao outro, suas vidas se tornem mais e mais miseráveis. Seja amoroso, e lembre-se: qualquer coisa verdadeira não permanece para sempre. Um ser vivo tem que morrer um dia..
A existência é uma constante transformação. Mas a noção, a ideia de que o amor deve ser permanente se ele é verdadeiro... Se o amor desaparece um dia, então a dedução natural é de que não era verdadeiro. É preciso entender: o amor veio repentinamente, mas não foi por qualquer esforço de sua parte; ele veio como um presente da natureza. Naquele momento, você não o teria aceito se tivesse ficado preocupado com o fato de ele ir embora um dia repentinamente. Portanto do mesmo modo que ele vem, ele vai.