QUALIDADE DE VIDA

Kambô: a vacina extraída de um sapo e usada com sucesso por índios da Amazônia

sapo 3O kambô é uma resina retirada de uma perereca que vive na Amazônia, a Phillomedusa bicolor. Essa resina contém peptídeos analgésicos e de fortalecimento do sistema imunológico que provocam a destruição de microrganismos patogênicos. A aplicação é realizada sobre a pele e transportada rapidamente para todo o corpo pelos vasos linfáticos. Os índios indicam a vacina para qualquer distúrbio e desequilíbrio, afirmam que purifica o sangue eliminando as impurezas, mas quem não tem nenhum sintoma usa o kambô para reforçar a imunidade. Após o inicio do tratamento é indescritível o estado de conscientização e clareza de pensamentos; a sensação de harmonia e de felicidade é visível; os sonhos, a percepção e a intuição melhoram; a autoestima retorna.

Diz a lenda que os índios da aldeia estavam muito doentes e de tudo havia feito o pajé para curá-los. Todas as ervas medicinais que conhecia foram usadas, mas nenhuma livrara seu povo da agonia. O pajé então se embrenhou na floresta e, sob os efeitos da Ayahuasca, recebeu a visita do grande Deus. Este trazia nas mãos uma rã, da qual tirou uma secreção esbranquiçada e ensinou como deveria ser feita a aplicação dessa secreção nos enfermos. Voltando à aldeia da tribo, e seguindo as orientações que havia recebido, o pajé pôde curar seus irmãos índios. A história pode nos parecer exótica ou mesmo inverossímil, mas a perereca existe.

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Ela recebeu dos índios catuquinas a denominação de kambô, também podendo ser chamada de kampum ou kempô dependendo da tribo indígena. E é usada pelos indígenas para prevenir, curar ou afastar o “panema” – conhecido entre os índios e caboclos como preguiça, baixo-astral, má sorte (na caça, na pesca, na colheita ou na conquista amorosa). O curandeiro guarda a secreção da perereca numa espátula de madeira gerando pequenas queimaduras na pele, com um pedaço de cipó (titica) em brasa, aplicando a secreção nas queimaduras.

O efeito da “vacina do sapo” – como é popularmente conhecida – é curto, porém muito forte. Ocorre uma forte onda de calor, que sobe pelo corpo até a cabeça. A dilatação dos vasos sanguíneos parece provocar uma circulação mais veloz do sangue, deixando o rosto vermelho. Em seguida a pessoa fica pálida, a pressão baixa, podendo provocar náuseas, vômitos e/ou diarreia. Esse processo dura cerca de 15/20 minutos, com uma sensação muito desagradável, mas aos poucos a pessoa retorna à normalidade. Em seguida a pessoa se sente mais leve, como se tivesse feito uma boa limpeza, presenciando uma maior disposição.

Pesquisas científicas vêm sendo realizadas sobre as propriedades da secreção de Phylomedusa bicolor desde a década de 80 ou antes. Os primeiros a “descobrir” as propriedades da secreção para a ciência moderna foram os pesquisadores italianos. Amostras das pererecas foram levadas do Peru para um pesquisador nos EUA que já tinha pesquisado e patenteado anteriormente substâncias da rã Epipedobates tricolor, utilizada tradicionalmente pelos povos indígenas de Equador. Também foram publicadas pesquisas sobre as propriedades da secreção por pesquisadores franceses e israelenses. Mais recente, a Universidade de Kentucky (EUA) pesquisou (e patenteou) uma das substâncias encontradas na secreção em colaboração com a empresa farmacêutica Zymogenetics.

Resultados surpreendentes

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As pesquisas revelaram que a secreção da Phyllomedusa bicolor contém uma série de substâncias altamente eficazes, sendo as principais a dermorfina e a deltorfina, pertencentes ao grupo dos peptídeos. Esses dois peptídeos eram desconhecidos antes das pesquisas de Phyllomedusa bicolor. Dermorfina é um potente analgésico e deltorfina pode ser aplicada no tratamento da Isquemia (um tipo de falta de circulação sanguínea e de falta de oxigênio que pode causar derrames). A secreção do kambô também possui substâncias com propriedades antibióticas e de fortalecimento do sistema imunológico.

A Anvisa determinou a suspensão de toda a propaganda com alegações de propriedades terapêuticas e/ou medicinais, veiculadas em todos os meios de comunicação, da vacina do sapo, por meio da Resolução nº 8, porque ainda não existe comprovação científica que garanta qualidade, principalmente segurança e eficácia da substância. Em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, um homem de 52 anos morreu após a aplicação da vacina. Ainda não se sabe se o kambô realmente pode envenenar e até mesmo matar quando aplicado incorretamente por gente despreparada. Esta matéria não recomenda o uso do kambô, apenas mostra um tratamento tradicional da medicina indígena da Amazônia.


Phyllomedusa bicolor

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A Phyllomedusa bicolor é um anfíbio da Família Hylidae encontrado na Amazônia e conhecido pela sua utilização na medicina tradicional de alguns povos indígenas. Da família das pererecas (Hylidae), apresenta discos adesivos na ponta dos dedos, que utiliza para escalar a vegetação (de hábitos arborícolas). É a maior espécie do gênero, podendo chegar a 11,8 cm de comprimento (comprimento rostro-anal) e também um dos maiores hilídeos da Amazônia.

Apesar de ser uma perereca, é chamada de sapo pelos povos que vivem nas florestas (indígenas, ribeirinhos e extrativistas). Os indígenas da língua Pano (Katukina, Kaxinawá) chamam esse anfíbio de Kambô ou Kampu, assim como também a aplicação de sua secreção (veneno) em seres humanos (É comum ouvirmos no oeste da Amazônia perguntarem: "Você já tomou Kambô?).

A Phyllomedusa bicolor é encontrada nas florestas e durante os meses de reprodução os machos vocalizam empoleirados em árvores e arbustos em alturas de até 10 metros. Os ovos são colocados sobre a vegetação nas margens de igapós e quando os girinos eclodem, caem no ambiente aquático. A distribuição dessa espécie de anfíbio compreende a Amazônia brasileira e também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.

Indígenas de algumas etnias (Katukina, Kaxinawá) retiram a secreção de coloração branca que esse anfíbio anuro exala ao ser molestado e a conservam em palhetas de madeira para depois realizarem a aplicação da "vacina-do-sapo". Esse veneno da Phyllomedusa bicolor é rico em peptídeos e o animal utiliza como mecanismo de defesa, uma vez que vários predadores podem morrer ou então ter uma experiência desagradável ao tentar ingerir esse anfíbio.

A "vacina ou injeção-do-sapo" é aplicada em uma pessoa da seguinte forma: queima-se com um pequeno cipó ("titica") o braço do homem (nas mulheres é feita na perna) fazendo-se vários pontos, por onde o veneno retirado da palheta é aplicado em cada uma dessas pequenas queimaduras. Os sintomas são quase que imediatos, a pessoa passa por um grande desconforto (um forte calor, náuseas, dor no estômago, vômitos, etc) durante aproximadamente 15 minutos, tendo um grande alívio após a retirada com água do veneno sobre sua pele.

Há séculos os indígenas utilizam o Kambô como uma forma de medicina da floresta, para fortalecer o sistema imunológico e também para afastar o "panema" (má sorte). Com a colonização do Acre, seringueiros aprenderam essa técnica e atualmente a aplicação da "vacina-do-sapo" já ocorre em várias regiões do Brasil, especialmente nos grandes centros urbanos.

Muitos dos que experimentaram essa vacina gostaram, mas nada existe comprovado cientificamente sobre os possíveis benefícios da aplicação da secreção bruta desse veneno em um ser humano. Foi observado que “in vitro” peptídeos isolados do veneno de espécies de Phyllomedusa apresentam ação antimicrobiana contra algumas bactérias (Ex. Pseudomonas aeruginosa), protozoários (Ex. Leishmania amazonensis, Plasmodium falciparum e Trypanosoma cruzi) e até a inibição também “in vitro” da infectividade do vírus HIV. Isso demonstra a grande importância que os anfíbios tem para os seres humanos com a possibilidade de descoberta de novos medicamentos.

São necessários mais estudos sobre esse rico potencial farmacológico dos anfíbios e também uma atenção especial das autoridades com o risco de biopirataria e ou de tráfico desses animais e de sua secreção e de impactos sobre as populações de Phyllomedusa bicolor.


Kambô uma rã milagrosa

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Antes que você diga que o Kambô é um remédio feito de veneno de sapo, vou logo corrigir. A técnica do Kambô é uma técnica indígena para tratamento de doenças. A seguir relacionei as principais dúvidas com relação ao Kambô.

O que é o Kambô?

O Kambô é uma rã encontrada na Amazônia e em todo Acre. A secreção do veneno da rã é um antibiótico natural que elimina impurezas e distúrbios do corpo e aprimora as defesas do organismo.

Como é o efeito do Kambô?

O efeito do Kambô no corpo é diferente. Somente a pessoa que recebe a aplicação consegue descrever.

Qual a sensação do Kambô?

A sensação do Kambô é de que as células do corpo estão sendo renovadas.

Opinião de médicos sobre o Kambô

Médicos que utilizaram e estudaram o Kambô alegam que a rã é eficaz no tratamento de diversas doenças, entre elas o cancêr, AIDS ou qualquer distúrbio crônico.

Como o Kambô atua no organismo?

O Kambô atua reforçando o sistema imunológico. O Kambô destrói as membranas celulares das bactérias.

De onde surgiu o Kambô?

Na sabedoria cabocla, o Kambô é remédio de índio. Os índios encaram as doenças de uma maneira diferente da nossa. Para os índios a doença é um espírito maligno que combate o indivíduo.

Por que as pessoas tomam Kambô?

O porquê de tomar o Kambô é para afastar o inimigo, e para afastar o desânimo, falta de vontade para caçar, namorar, má sorte, tristeza, fraqueza mental, espiritual, física, baixa estima, desarmonia com a natureza.

Por que é bom tomar o Kambô?

O índios dizem que é bom tomar o Kambô porque traz felicidade para quem toma e para quem pára de caçar.

O que acontece quando se toma o Kambô?

Quando se toma o Kambô a caça se aproxima curiosa do caçador. Quem toma o Kambô emite um tipo de luz verde e isso faz a caça se aproximar. O Kambô também desentupe as veias do coração fazendo circular a emoção, o sentimento, o amor.

Dói aplicar o Kambô?

Não, a aplicação do Kambô é indolor.

Quanto tempo leva para sentir os efeitos do Kambô?

Os efeitos do Kambô são sentidos imediatamente após a aplicação.

Como é feita a coleta da secreção da rã do Kambô?

A coleta da substância do Kambô é feita sem machucar a rã, no tempo certo e na lua certa. Sabe-se que é o animal certo através do canto. Logo que a secreção é retirada, a rã é devolvida à natureza. Após seis meses a rã pode ser reutilizada.

Riscos da agulha utilizada na aplicação do Kambô

Não há riscos de contaminação no material utilizado no Kambô. Na aplicação não se utilizam agulhas.

Como é feita a aplicação do Kambô?

São feitos pontos para introduzir a vacina do Kambô no corpo com um cipó aceso fazendo uma leva escamação na pele. O cipó utilizado na aplicação do Kambô é antiinflamatório e não são necessários cuidados especiais após a aplicação do Kambô pois a cicatrização dos pontos do Kambô é rápida.

Como é feito o tratamento através do Kambô?

O tratamento do Kambô é composto de três aplicações com intervalo de 30 dias para cada aplicação.

Em que região do corpo é feita a aplicação do Kambô?

A aplicação diferencia-se de acordo com o sexo: nas mulheres, a aplicação do Kambô é feita na batata da perna. Nos homens é feito no braço.

Quanto tempo leva para sentir os efeitos do Kambô?

A reação da vacina do Kambô dura cinco minutos. Nesse tempo ocorrem limpezas no campo físico, energético, espiritual e emocional. Após cinco minutos a sensação é de limpeza, leveza, tranqüilidade, bem estar, paz interior e conscientização do desequilíbrio ou distúrbio a ser tratado. Depois de 30 minutos da aplicação, a pessoa já está apta para suas atividades normais.

Pra quem o Kambô é indicado?

O Kambô é indicado para qualquer tipo de pessoa que tenha algum tipo de distúrbio ou desequilíbrio. O Kambô purifica o sangue e trata todos os processos agudos e crônicos do organismo.

O Kambô também é indicado para pessoas que buscam auto-conhecimento e a imunização do corpo.

Onde o Kambô atua?

O Kambô atua na percepção, intuição nos sonhos, 3ª visão, no inconsciente e nos bloqueios que impedem o fluxo de energia vital.

Contra-indicações da vacina do Kambô

O Kambô não é indicado para mulheres grávidas, menstruadas e crianças com menos de nove anos.

Quais doenças podem ser tratadas com o Kambô?

Doenças combatidas pelo Kambô tem apresentado bons resultados nas pessoas que se encontram com dores e inflamação em geral. Entre as enfermidades que o Kambô tem se mostrado eficaz podemos citar:

Dores musculares, coluna, ciática, artrite, reumáticas, tendinite, enxaqueca, e outros. Cansaço nas pernas, dor de cabeça crônica, asma, bronquite, rinite, sinusite, acne, alergias, gastrite, úlcera, diabetes, pressão arterial, obesidade, problemas circulatórios, formigamento, retenção de líquido, colesterol, cateterismo, doenças do coração em geral, hepatite, cirrose, malária (aguda) e pós-malária, labirintite, epilepsia, TPM, irregularidades menstruais, infertilidade, impotência, redução da libido, depressão e suas conseqüências, ansiedade, insônia, irritação, insegurança, nervosismo, medo, stress, fadiga, sistema nervoso abalado, esgotamento físico, mental, emocional, desintoxicação, dependência química, tabagismo.

O Kambô também é eficiente no tratamento de distúrbios nos órgãos genitais, pulmão, rim, vesícula, baço-pâncreas, bexiga, coração, estômago, intestino, tiróide, fígado, garganta.


Fonte: http://curapelanatureza.blogspot.com.br
http://www.herpetofauna.com.br
http://www.portalgranjaviana.com.br