(O Arquivo – Já é um absurdo termos que alertar um fumante normal dos riscos terríveis, amplamente divulgados e comprovados, do vício do cigarro. Uma mulher fumante que fica grávida ...
deveria ter como primeira atitude parar imediatamente de fumar mas por mais incrível que possa parecer não é o que acontece em muitos casos !!! Até quando vamos permitir que se fabrique e se comercialize livremente um produto que é comprovadamente MORTAL e que não produz NENHUM benefício ao fumante, muito pelo contrario? Será mesmo que não poderíamos, lentamente, trocar o plantio de fumo pelo plantio de outros produtos mais necessários e urgentes, que produzam saúde e vitalidade ao invés de morte, dor e agonia?? Até quando essa INSANIDADE vai continuar? - O Arquivo ) A gestação de um modo geral é um momento muito especial na vida da mulher. A grávida manifesta uma grande preocupação com a saúde do feto e com a gestação.
Nesse período, costuma cuidar mais da sua saúde que está intimamente ligada à do feto, emergindo um sentimento inato de preservação da espécie.
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A grávida tabagista não foge à regra em relação a essa preocupação. Esse é um momento de contato muito importante, onde a gestante deve ser motivada a parar de fumar, visto que os ganhos relacionados à sua própria saúde e a do feto são extraordinários. É muito comum a grávida parar de fumar durante a gestação e retornar ao cigarro durante a amamentação, por desconhecer os riscos de fumar nesse período da vida do bebê.
O feto não é um fumante passivo qualquer, ou seja, aquele que inala a fumaça de cigarro, em um ambiente fechado, no caso o ventre materno. O feto é um ser em formação no ventre de sua mãe, indefeso, completamente dependente e vulnerável.
O percentual de gestantes tabagistas ativas atualmente gira em torno de 20 a 25%.
Nesse artigo veremos os malefícios do cigarro para a mulher antes da fecundação, durante a gestação e no período da amamentação, além dos prejuízos observados durante a fase escolar.
A intenção do artigo é conscientizar e motivar a gestante tabagista a parar de fumar, e orientá-la que, em caso de dificuldade, deve buscar ajuda de um profissional de saúde.
Efeito da nicotina na fertilização
As adolescentes que começam a fumar antes dos 18 anos de idade têm suas chances de engravidar diminuídas em até 50%, ou poderão ter um atraso na primeira gestação. Caso a adolescente fume um maço por dia, essas chances caem mais ainda.
Isso ocorre devido às alterações desencadeadas pelo tabaco nos hormônios femininos. A redução da concentração do hormônio estradiol dificulta a maturação do óvulo e a implantação do mesmo após a fecundação. Quando a implantação do óvulo é bem sucedida, muitas vezes a gravidez é interrompida, bem no início, nem sendo percebida pela mulher como um aborto espontâneo.
Todas essas alterações podem ser revertidas caso a mulher pare de fumar.
Nos homens fumantes há uma redução na concentração dos espermatozóides. Esses podem ter uma alteração na sua estrutura, facilitando a ocorrência de aborto por má-formação no feto, além da diminuição na sua movimentação, dificultando a fecundação do óvulo
Efeito da nicotina sobre a gestação
A gestação e o feto da mãe tabagista sofrem inúmeras agressões ocasionadas pelo tabaco e seus compostos.
O tabaco contém nicotina que é uma droga estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC). Durante a tragada, ela atinge rapidamente a circulação e o cérebro da mãe, liberando várias substâncias como a noradrenalina, dopamina e vasopressina. Essas substâncias atuam sobre a circulação da mãe provocando a contração dos vasos sangüíneos, o aumento dos batimentos do coração, culminando com o aumento da pressão arterial. A gravidez quando cursa com pressão alta é considerada de risco, tanto para a mãe quanto para o feto.
Os cigarros interferem dificultando a implantação e o desenvolvimento normal da circulação da placenta. Essas alterações na placenta vão interferir nas trocas gasosas e de nutrientes entre a mãe e o feto, aumentando consideravelmente o risco de descolamento prematuro da placenta.
A cotinina é um subproduto da nicotina. Ela induz a contração do vaso, o seu acúmulo na circulação fetal pode ser a causa do trabalho de parto prematuro e do aborto espontâneo em fumantes.
A nicotina altera os movimentos dos cílios da trompa de Falópio, esses cílios têm a função de ajudar o óvulo a migrar até o útero, onde normalmente se desenvolve a gravidez. Com os movimentos ciliares prejudicados, a ocorrência de gravidez nas trompas aumenta.
Efeitos da nicotina sobre o feto e o bebê
Além da nicotina, o cigarro contém outras 4.720 substâncias sabidamente tóxicas ao organismo, porém algumas, com efeito, ainda desconhecido sobre a gravidez. O monóxido de carbono e a cianida já foram estudados e seus malefícios para o feto identificados. A hemoglobina, um dos componentes do sangue, tem como incumbência transportar oxigênio para o feto. O monóxido de carbono compete com o oxigênio, e ganha, por ter 250 vezes mais afinidade pela hemoglobina do que o próprio oxigênio. Portanto, o feto de uma mãe tabagista tem muito mais dificuldade em receber oxigênio quando comparado com o feto de uma mãe não-fumante. No feto, o monóxido de carbono chega a apresentar níveis de concentração no sangue entre 10 a 15%, sendo bem maior do que o encontrado no sangue materno.
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A cianida leva à diminuição da concentração de vitamina B12. O feto de uma mãe tabagista tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado pela baixa dessa vitamina. O sistema respiratório do feto é afetado, pois há uma redução na fabricação de uma substância que facilita a expansão pulmonar, evitando que ele colabe. Essa substância é conhecida como surfactante.
O bebê tem um risco duplicado de nascer com baixo peso, são em média de 100 a 300 gramas mais leves. Cada cigarro consumido reduz 0,2% ao dia o peso ao nascimento, então, 10 cigarros/dia durante a gestação é capaz de reduzir em 2% o peso ao nascer. A criança que convive com dois ou mais fumantes em ambiente fechado tem risco aumentado em 50% para as infecções respiratórias, como: pneumonia, sinusite, otite, amigalite, bronquite.
Entre as outras alterações que podem ocorrer com o bebê da mãe tabagista podemos citar: redução da circunferência do crânio, síndrome da morte súbita infantil e asma.
Por outro lado, deve-se encorajar a amamentação natural mesmo nas mães que não conseguiram deixar o tabagismo, pois sabe-se que crianças filhas de fumantes alimentadas artificialmente estão da mesma forma expostas a fumaça do cigarro no ambiente doméstico e, além disso, ao risco adicional de doenças respiratórias, gastrintestinais, alérgicas, caso não sejam amamentadas. Em função da curta meia vida da cotinina no leite (aproximadamente 1½ hora), nessas situações, deve-se recomendar às mães fumantes que não conseguiram parar de fumar que esperem cerca de duas horas após o último cigarro para o início da amamentação.
Efeito da nicotina na idade escolar
O consumo de cigarro na gestação tem sido associado à redução do quociente de inteligência (QI), devido ao atraso no desenvolvimento mental, evidenciado pela menor habilidade em especial para matemática e leitura. Essas crianças em idade escolar apresentam baixa compreensão na leitura e dificuldade nos cálculos de matemática. Outra associação é a ocorrência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
O que acontece
Ao inalar a fumaça do cigarro, componentes tóxicos chegam até os pulmões e vão para a corrente sangüínea da mãe.
O coração bombeia o sangue "intoxicado" para todo o corpo da mulher, chegando até o bebê.
QUANDO A MÃE FUMA
O monóxido de carbono entra no sangue da mãe, diminuindo a quantidade de oxigênio circulante.
A nicotina causa ainda o estreitamentodos vasos, fazendo com que menos nutrientes cheguem ao feto.
A placenta não impede a passagem de moléculas pequenas como a nicotina, que contamina o bebê.
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QUANDO A MÃE NÃO FUMA
Na corrente sangüínea, os glóbulos vermelhos transportam oxigênio para todo o corpo e para o feto também.
Além disso, é pela corrente sangüínea que chegam até o bebê os nutrientes necessários para seu desenvolvimento.
A placenta, que envolve e protege a criança, serve como um filtro, impedindo a entrada de impurezas.
RISCOS PARA A CRIANÇA
• O bebê pode nascer já com o coração, os pulmões e o cérebro afetados e tendência a dependência química ao cigarro;
• Geralmente, filhos de mulheres fumantes nascem com baixo peso e altura. Há riscos de má formação do feto.
NÚMEROS
Entre as gestantes que fumam, 36% não conseguem largar o vício na gestação
Mulheres que fumam têm 40% mais chances de ter o bebê prematuro
A possibilidade de acontecer um aborto é 70% maior
No Brasil, a cada 8 fumantes, 3 são mulheres
DICAS PARA DEIXAR DE FUMAR
Decisão e força de vontade são essenciais para quem quer largar o vício. Além disso, existem algumas dicas que podem facilitar o caminho:
• Fixe uma data específica para parar de fumar e não volte atrás;
• Deixe de fumar totalmente no dia marcado. Reduzir gradativamente a quantia diária de cigarros não é uma boa alternativa nem facilita largar o vício;
• Peça à sua família e aos seus amigos que o ajudem, evitando, por exemplo, fumar perto de você. Além disso, eles podem estimulá-la, encorajando-a;
• Reflita sobre as atividades ou locais que a estimulam a fumar. E, se possível, evite-os;
• Prepare um plano para enfrentar a ânsia de nicotina, irritabilidade, ansiedade e o aumento de apetite causados pela abstinência. É o seu corpo se ajustando à falte de nicotina, sinal que seu objetivo está sendo alcançado;
• Comece a fazer exercícios físicos correspondentes ao seu preparo atual.
Se você não consegue parar de fumar sozinha, procure um médico para indicar tratamentos farmacêuticos à base de produtos que substituem a nicotina.
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/fumo-gestacao3.htm
http://www.santalucia.com.br/obstetricia/fumonagravidez/default.htm