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Brasil registra caso único de cura da raiva. Conheça os sintomas e como prevenir-se !

raiva1Um estudante de 15 anos, internado há 35 dias na UTI do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Recife, foi curado de raiva, doença considerada mortal em 100% dos casos. Segundo o Instituto Pasteur, ...

é o primeiro caso de cura comprovada da doença no país e o segundo no mundo. Um terceiro caso de cura, na Colômbia, ainda está sob investigação. O estudante foi submetido a um tratamento desenvolvido em 2004 por médicos de Milwaukee (EUA). O método, baseado em coma induzido e utilização de um antiviral, foi aplicado com sucesso em uma adolescente americana. Desde então, o mesmo tratamento foi repetido em outras 16 pessoas no mundo, mas apenas a adolescente de Milwaukee e o estudante pernambucano sobreviveram. A equipe médica de Pernambuco, no entanto, não cumpriu integralmente o protocolo de Milwaukee porque alguns dos medicamentos recomendados não estão disponíveis no Brasil.  O Ministério da Saúde acompanhou o tratamento e poderá utilizá-lo como modelo no país.  O estado de saúde do garoto ainda é grave. Apesar de os exames comprovarem a ausência do vírus da raiva no organismo, o jovem apresenta problemas neurológicos decorrentes da infecção.

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Ele permanece sedado, respira com aparelhos e se alimenta por sonda. Segundo um dos responsáveis pelo tratamento, Gustavo Trindade Henriques Filho, ainda não há como avaliar se terá seqüelas.  O garoto, filho de lavradores do município de Floresta (435 km de Recife), foi mordido em casa por um morcego enquanto dormia e só começou a tomar a vacina anti-rábica quatro dias depois --mas não recebeu todas as doses necessárias, nem tomou o soro anti-rábico. Um mês depois, ele apresentou os primeiros sintomas da doença -inquietude, insônia e alterações na sensibilidade.  O último laudo, divulgado ontem, confirmou o diagnóstico de cura. "Faltam agora a recuperação clínica e neurológica do paciente", disse o médico. A raiva é transmitida ao homem por meio de animais, principalmente cachorros, gatos e morcegos. Nos últimos 20 anos, o país registrou 629 casos da doença, a maioria nas regiões Nordeste e Norte.

Jovem curado de raiva está em estado grave em PE

O estudante pernambucano de 15 anos curado de raiva, doença tida como mortal em 100% dos casos, sofreu convulsões ontem, após os médicos retirarem a sedação para avaliar a reação após a infecção.

Ele voltou a ser sedado e está inconsciente, em estado grave e com risco de morte. Segundo um dos médicos responsáveis pelo tratamento, Gustavo Trindade Henriques Filho, as convulsões podem indicar que há lesão cerebral. Exames neurológicos foram feitos para avaliar as seqüelas da doença.

O jovem foi o primeiro caso de cura da raiva no país e o segundo no mundo, segundo o Instituto Pasteur. Ele respira com auxílio de aparelhos, e não há previsão de alta.
 
Tratamento
 
O estudante foi submetido a um tratamento desenvolvido em 2004 por médicos de Milwaukee (EUA). O método, baseado em coma induzido e utilização de um antiviral, foi aplicado com sucesso em uma adolescente americana.
Desde então, o mesmo tratamento foi repetido em outras 16 pessoas no mundo, mas apenas a adolescente de Milwaukee e o estudante pernambucano sobreviveram.

Raiva

O garoto, filho de lavradores do município de Floresta (435 km de Recife), foi mordido em casa por um morcego enquanto dormia e só começou a tomar a vacina anti-rábica quatro dias depois --mas não recebeu todas as doses necessárias, nem tomou o soro anti-rábico. Um mês depois, ele apresentou os primeiros sintomas da doença --inquietude, insônia e alterações na sensibilidade.

A raiva é transmitida ao homem por meio de animais, principalmente cachorros, gatos e morcegos. Nos últimos 20 anos, o país registrou 629 casos da doença, a maioria nas regiões Nordeste e Norte.

Raiva pode levar à morte; conheça sintomas e saiba como prevenir

O Dia Mundial da Raiva é lembrado neste domingo com o objetivo de alertar sobre o perigo da doença e sobre as medidas de prevenção e controle. Se não tratada no período de incubação --tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas--, leva à morte do doente.

A raiva é causada pelo vírus rábico, que é transmitido por animais infectados --principalmente gatos, cães e morcegos. A incubação varia de indivíduo para indivíduo, mas, em média, dura entre 45 e 90 dias. Após o vírus se instalar no sistema nervoso central, mata o infectado em, no máximo, sete dias.

Devido à letalidade da doença, especialistas recomendam que pessoas feridas por animais --seja mordedura ou arranhadura-- ou lambidas por cães e gatos desconhecidos procurem imediatamente o serviço médico.

"É muito importante também conservar o animal agressor, para saber, por meio de exames, se ele está ou não infectado", afirmou a veterinária Maria de Lourdes Reichmann, 63, assistente-técnica do Instituto Pasteur, em São Paulo. "O vírus não precisa de grandes feridas para penetrar no organismo. Pequena perfuração na pele já basta. Lambida em mucosas --como o olho e a boca-- já pode infectar", afirma.

Caso o médico constate a possibilidade de o animal agressor estar infectado, o paciente passará por dois tratamentos: levará uma dose de soro e, em seguida, será vacinado ou receberá apenas a vacina. "A vacina serve para estimular o organismo a produzir anticorpos e o soro, para bloquear a progressão do vírus", disse Reichmann.
 
Ao contrário da crendice popular, o tratamento não é doloroso. As famosas 21 injeções na barriga há décadas deixaram de ser ministradas. Atualmente o tratamento é composto por cinco doses de vacina --no braço-- e apenas uma de soro --geralmente na região dos glúteos.

Sintomas

Os sintomas da raiva surgem logo após o vírus se instalar no sistema nervoso. O primeiro sinal é ansiedade. O doente tem dificuldade em dormir, em repousar. Em seguida vem paralisia muscular, que começa nas pernas e termina na cabeça. Ao final, os músculos respiratórios são afetados e, em no máximo sete dias, a pessoa morre por asfixia.

Neste período, a pessoa desenvolve fobias de água e luz. "A dor que o doente sente ao tentar ingerir água e ao receber um facho de luz no olho fazem com que ele sinta medo de água e de luz", disse a veterinária.

Quando os sintomas aparecem é muito difícil o doente sobreviver. Na literatura médica há apenas um caso de cura. "Nos Estados Unidos, uma menina de 14 anos sobreviveu após o vírus ter se instalado em seu sistema nervoso. Mas ela ficou com seqüelas, como dificuldade de andar e de falar", afirmou Reichmann.

Prevenção

A melhor maneira de prevenir a raiva é a vacinação de animais. Cães e gatos devem estar em dia com a vacinação. Os donos também devem manter seus bichos de estimação sob controle, para que não corram risco de fugir e entrar em contato com animais infectados.

Animais de grande porte, como cavalos e bois, também devem ser vacinados em áreas onde já foram registrados casos de raiva. A prevenção de humanos é mais simples. Basta não entrar em contato com animais desconhecidos.
Em casos de dúvidas, o Instituto Pasteur disponibiliza os telefones 0/xx/11/3289-7738 e 0/xx/11/3288-0088.

Doença Infecciosa

causada por um vírus, quase sempre mortal, que se manifesta entre os animais por transtornos do conhecimento, aumento da excitabilidade nervosa e sintomas paralíticos. Transmite-se entre os animais, quase sempre a traves da mordedura ou contamina-ção de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva, e demais excreções e secreções dos animais acometidos da doença, além de também no sangue.

SINTOMAS: Atinge o sistema nervoso de bois, cabritos, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cães. No bovino, a forma mais comum é a paralítica, porém, pode ocorrer a forma furiosa. O primeiro sintoma é o afastamento do animal do resto do rebanho seguido de coceira na região mordida, perturbação dos sentidos, tristeza, indiferença, baba espumante e viscosa com sinais que sugerem engasgo, movimentos desordenados da cabeça, manifestação de tremores musculares e ranger de dentes, movimentos de pedalagem dos posteriores e anteriores. Na maioria dos casos a doença causa a morte do animal entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas.

CONTAMINAÇÃO: Na maioria das vezes a contaminação dos os animais herbívoros acontece através da mordida dos morcegos hematófagos.

TRATAMENTO: Vacinar o rebanho uma vez ao ano; comunicar a existência de abrigos de morcegos (cavernas, bueiros, ocos de árvore, furnas, casas abandonadas) na propriedade e notificar os casos de morte de animais com suspeita da doença, para a coleta de material e exame em laboratório. Além desses cuidados é preciso controlar a população de morcegos hematófagos.

Atenção

• Uma vez aparecendo os sintomas clínicos da doença, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar pela sua morte, pois para a raiva não há tratamento. Entretanto, o diagnóstico definitivo só poderá ser feito através de exame laboratorial. Por isso, o exame deve ser realizado antes do animal ser sacrificado. Caso o animal morra entes que o exame seja feito, a morte deve ser notificada para a coleta de material.

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• Pessoas mordidas e/ou arranhadas por morcegos, cães, gatos, ou outros animais suspeitos de raiva devem procurar ajuda médica

• Não sacrificar o animal com sintomas nervosos

• Não colocar a mão na boca do animal que parecer engasgado

• Procurar imediatamente o posto médico quando sofrer agressão por animal doente, mas antes, lavar a ferida com bastante água e sabão (quanto pior o sabão, melhor)

• Procurar posto médico para receber orientações sobre a vacinação

• A captura só pode ser realizada por pessoas treinadas

• A ferida feita pelo morcego forma um cordão de sangue, diferente de outras feridas

Enfermidade antiga

É enfermidade das mais antigas que se tem notícia, cuja causa permaneceu desconhecida, até que por volta do ano de 1882, portanto há mais de 100 anos, o químico francês LUIZ PASTEUR,já com 60 anos, começou a estuda-la, pois conforme deixou escrito em seus apontamentos científicos : "não conseguia esquecer-se dos gritos daquelas vítimas do lobo danado que passou pelas ruas de ARBOIS, sua terra natal, quando ainda menino, mordendo várias pessoas, que vieram a adoecer e morrer da doença"

São suscetíveis de contrai-la os animais mamíferos em geral, porém mais de 80% dos casos assinalados pela literatura médica são carnívoros, e em especial o cão doméstico. Interessante assinalar-se que o sintoma da fobia à água somente ocorre no homem quando acometido da moléstia, portanto o termo hidrofobia deve ser reservado exclusivamente ao homo sapiens.

Na Grécia antiga, ARISTÓTELES, já a descrevia como contagiosa , realçando o perigo das mordeduras de cães raivosos; Porém acreditava-se na possibilidade de seu aparecimento expontâneo, admitindo-se mesmo poder ser provocada por alimentos demasiadamente quentes, abstinência de água (sede), falta de satisfação sexual ou excitações nervosas intensas.

Foram os pesquisadores franceses, LUIZ PASTEUR, ROUX e CHAMBERLAIN, o primeiro químico, os dois seguintes médicos, auxiliados ainda pelo veterinário também francês THUILIER, que após exaustivas experiências, conseguiram o primeiro método eficiente para seu combate, através da vacinação pelos mesmos idealizada, e evidenciaram seu caracter infecto-contagioso, além de sua etiologia virótica, ou como dizia-se na época: causada por vírus filtravel, pelo fato dos organismos com essa denominação passarem a traves de velas especiais de porcelana utilizadas em trabalhos de Microbiologia, e denominadas Berkefeld, diferentemente das bactérias e fungos que são retidos por tais velas filtrantes.

A doença pode também acometer os animais herbívoros, como o boi, o cavalo, a ovelha, a cabra, sendo que nos ruminantes como os bovinos, os sintomas são predominantemente paralíticos, e o transmissor para esses ani-mais quase sempre é o morcego hematófago, da espécie Desmodus rotundus, no Brasil.

O morcego (hematófago) sugador de sangue, funciona também como reservatório do vírus, ou seja, contamina-se com o vírus porém sobrevive ao mal, passando então a funcionar como transmissor para outros animais que venha a sugar, devido ao fato de contaminar o ferimento que produz para aspirar sangue com sua saliva, que como já relatado tem alta concentração do vírus. Tal fato foi descrito na literatura médica pelo veterinário brasileiro SILVIO TORRES, que além de narrar o fato observado em sua terra, o Rio Grande do Sul, isolou também o vírus a partir da saliva coletada dos referidos morcegos. Tal fato, posteriormente, foi comprovado por outros pesquisadores, em outras partes do mundo, porém funcionando como veiculado da virose, outras espécies de morcegos hematófagos. Ultimamente vem sendo assinalados no Brasil, casos de morcegos não hematófagos que têm sido capturados em bosques urbanos, os quais examinados foi comprovado encontrarem-se contaminados pelo vírus Rábico. O mecanismo para contaminação destes morcegos não hematófagos deu causa a artigo que escrevi a respeito, e faz parte (em complemento) deste assunto, podendo ser lido neste mesmo site.

Têm os morcegos, o hábito de viverem em cavernas, sem-pre em bandos, pois são gregários; Para comunicarem-se entre si e para orientarem-se, pois são sabidamente quase cegos, emitem verdadeiros guinchos, e nesse ato por assim dizer cospem no ar no momento da emissão desses guinchos, e no caso de estarem contaminados pelo vírus rábico, impregnam o ar das cavernas onde vivem, com verdadeiro aerossol do vírus. Têm eles, também, o hábito de lamberem-se entre si, e com base nessa particularidade biológica, idealizou-se método para seu combate e extermínio.

Foi efetuado o seguinte experimento: Foram colocados em gaiolas teladas, a prova da entrada de morcegos, diversas espécies animais, tais como coiotes, chacais, cães e gatos, os quais foram instalados dentro de cavernas onde existiam morcegos contaminados pelo vírus rábico; Após 7 a 20 dias todos esses animais, sem haverem sido sugados por qualquer morcego, vieram a adoecer de raiva e em seguida perecer, e dos mesmos isolado o vírus rábico a través de provas microbiológicas. Baseado nessa experiência, que foi repetida em diversos países, aventou-se a hipótese da doença haver sido transmitida dos morcegos para os animais cobaias instalados nas cavernas, habitat dos morcegos, através do ar ambiente, ou melhor dizendo, a través do ar impregnado de vírus contaminado pela saliva de morcegos doentes.

Para extermínio dos morcegos em suas cavernas, com base no hábito que têm de lamberem-se entre si, usa-se com sucesso, o método de aprisionarem-se alguns morcegos dessa caverna que se pretende exterminar, os quais exemplares aprisionados têm seus corpos pincelados com o produto farmacêutico dicumarol - cuja propriedade tóxica-farmacológica é agir sobre a coagulação sangüínea, impedindo-a de se realizar, ou seja, provocam hemorragias. Tais exemplares assim preparados, sendo soltos e voltando para os bandos do qual provinham, sendo lambidos por seus parceiros virão estes a perecer por hemorragias provocadas pelo fármaco dicumarol.

A raiva quando declarada em um animal, assim como no homem não tem cura, culminando sempre com a morte, após período breve de evolução e sintomatologia que impressiona sobremaneira.

Para evitar-se a doença, ou seja, como medida profilática, a vaci-nação dos animais susceptíveis, principalmente de cães e gatos, é a medida básica; Porém, deve paralelamente ser efetuada a captura e isolamento de cães vadios, os quais por não terem donos, não têm quem providencie sua vacinação, sendo os cães sem dono comprovadamente os maiores responsáveis pela propagação da doença.

Para rebanhos bovinos, eqüinos, caprinos ou ovinos, criados onde existam morcegos hematófagos, sua vacinação com vacina apropriada para essas espécies animais, é a medida também principal para a profilaxia do mal, além do combate e extermínio das colônias de morcegos em suas cavernas.

No caso do homem, somente é indicada a vacinação como medida terapêutica, em caso do mesmo haver sido exposto à mordedura ou contacto com ani-mais suspeitos de raiva, ou tenha se contaminado acidentalmente, e nestes casos, a urgência da vacinação é de suma importância, assim como número de doses da vacina proporcional à gravidade do caso, o que o médico assistente deve julgar e prescrever, segundo o caso em si.

Países como a Austrália, Bélgica, Suíça, Inglaterra, Dinamarca, Sué-cia e a Noruega, praticamente conseguiram erradicar de seus territórios o mal, a traves de campanhas de vacinação em massa dos animais susceptíveis de se contaminarem. No Estado de S. Paulo, posteriormente a idênticas medidas profiláticas tomadas pelas autoridades governamentais, a Raiva vem sendo contida, e já há mais de 5 anos nenhum caso é assinalado no território paulista.

Fato interessante, é a raridade da doença em Constantinopla, na Turquia. Não se deve tal fato, como se acreditava antigamente, serem os cães turcos refratários à doença, mas sim, ao modo de vida e de se distribuírem por bairros desses cães; Não vagam pelas ruas como é comum em todo mundo, mas sim, vivem agrupados em certas ruas ou certas partes da cidade, onde vigiam com severidade sua zona de residência, e expulsam imedia-tamente todo cão estranho invasor.

O diagnóstico da doença é inicialmente feito pelos sintomas manifestados pelos animais que adoecem quando contaminados pelo vírus; Inicialmente apresentam esses animais alteração de seu comportamento, procurando locais escuros para se abrigarem, já que existe a chamada fotofobia, o que é sua causa determinante; Deixam de se alimentar e beber água e mesmo de atenderem ao chamado quando instados pelos donos. Com o evoluir da doença que é extremamente rápido, quando se trata de animais das espécies carnívoras, como cães, quase sempre ocorre em seguida a chamada fase prodrômica, em que esses animais fogem de casa passando a vagarem pelas ruas, quando então passam a ser perseguidos por outros cães vadios, os quais são mordidos pelo animal com raiva, que assim agem como meio de defesa, e a través dessa mordida contaminam novos cães de rua, dando continuidade a doença. Em seguida evolui a doença para a chamada fase paralítica, em que não podendo mais se locomoverem podem tanto morrerem atropelados por automóveis nas ruas, ou mesmo sucumbirem em decúbito pelo próprio evoluir da doença.

Ocorrendo a chamada paralisia do maxilar, sintoma quase sempre presente, não conseguindo fecharem a boca passam a babar copiosamente, o que chama a atenção do observador atento sendo mesmo sintoma da raiva guardado na memória popular. O latido do cão com raiva torna-se característico, sendo emitido num duplo tom, e porisso chamados de bi-tonais, o que permite o diagnóstico da doença pelo simples ouvir desse latido. Quem teve oportunidade de ouvi-lo uma única vez não o esquecerá jamais. Como já mencionado, é a saliva o principal veículo de transmissão da doença, já que nela o vírus encontra-se concentrado, porém outras secreções como a urina, fezes e até o sangue são também contagiantes para outros animais ou pessoas.

O vírus rábico determina sempre nos animais em que se instala, uma inclusão cerebral denominada CORPÚSCULOS DE NEGRI, por haver sido descrita pelo pesquisador com esse nome, no ano de 1903. Tais inclusões citoplasmáticas, quase sempre encontradas no cérebro dos animais, e principalmente na região denominada Corno de Amon, situada na base do cérebro, são tidas como patognomônicas da doença, tal seja, só ocorrem quando o animal sucumbiu por Raiva e por nenhuma outra causa que não a Raiva. Para serem visualizados, é necessário ser o cérebro do animal fixado e corado por método específico, e observados seus cortes histológicos mediante técnica microscópica chamada de imersão (grande aumento). Ao lado, podem ser observados esses Corpúsculos de Negri, em cérebro de um cão que morreu da doença.

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Animais herbívoros ou ruminantes, como o boi, a cabra, a ovelha e mesmo o cavalo, também podem morrer da doença, como qualquer animal mamífero, porém quase sempre se contaminam a través da mordedura por morcegos hematófagos portadores do vírus, e os sintomas que virão apresentar serão predominantemente paralíticos, não existindo a chamada fase prodrômica inicial dos carnívoros.

Existem vacinas anti-rábicas apropriadas para cada espécie animal, e das mais variadas técnicas de fabricação, desde a antiga vacina Pasteuriana, preparada pela dessecação de medulas de animais inoculados com o vírus, até as mais modernas obtidas por técnicas especiais, quando o vírus é cultivado em meios vivos, como ovos embrionados de galinha, neste caso denominadas vacinas avinizadas, e até em cultivos de células de rim de porco ou de hamster.

O vírus encontrado quando isolado de um animal doente, é denominado de vírus de rua, e é altamente infectante (virulento); Já aquele cultivado em laboratório, e inativado em sua patogenicidade e virulência, por sucessivas passagens em meios de cultura próprios, e por repiques diretos no meio em que é cultiva-do, é denominado vírus fixo. É este último o utilizado no preparo de vacinas, pelo fato de perder sua virulência e patogenicidade, conservando não obstan-te sua capacidade antigênica, qualidade esta última que é a visada na vacina, por ser a responsável pelo estímulo formador de anticorpos pelo organismo no qual for inoculada.


Dependentemente da técnica empregada no preparo dessa vacina anti-rábica, poderá a mesma dar imunidade por um ou dois anos, aos animais em que venha a ser inoculada. Existem vacinas para serem aplicadas em cães, assim como em gatos, bovinos ou eqüinos e outros animais suscetíveis, devendo por essa circunstância serem procuradas e selecionadas de acordo com a espécie animal a ser imunizada. Como advertência final devo frisar não ser a Raiva doença curavel quando já declarada, assim os meios profiláticos existentes de vacinação, são apenas preventivos e não curativos. Mesmo o homem quando mordido por um cão suspeito de estar com raiva, essa vacinação subsequente deve ser efetuada o mais rapidamente possível, a fim de possibilitar que o organismo humano fabrique sob o estímulo da vacina os anticorpos necessários a deterem a propagação do vírus em sentido ao cérebro, e antes que isto tenha tempo de ocorrer, já que essa propagação do vírus é em sentido centrípeto para o cérebro e lenta porque efetuada pelos nervos da região que se deu a mordida, ou foi lesada por esse traumatismo.

 

 


Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/
       http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/.../raiva
       http://www.saudeanimal.com.br/artig175.htm