QUALIDADE DE VIDA

Cuidado com alimentos derivados da soja

alisoja1Toda a publicidade que promove a soja como um alimento milagroso é apenas mais uma armadilha da indústria alimentar. A soja é tratada como uma “estrela” no universo dos alimentos tidos como saudáveis. Inúmeros nutricionistas, jornais e revistas especializadas, recomendam-na. Muitos que se propõem a melhorar a qualidade do que comem começam por acrescentar os seus derivados na dieta acreditando que estão fazendo as escolhas mais saudáveis. “Contém Soja” em qualquer rótulo, seja de uma bebida ou um simples bolo, parece transmitir a noção de que o produto em questão é abençoado e tem tudo o que o seu organismo está precisando. MAS… e se toda esta história for apenas mais um mito criado ...

pela indústria (da soja, obviamente) para vender sua produção? Seria possível a um conjunto de seres humanos criar uma estratégia de disseminação de meias-verdades e publicidade enganosa para vender produtos que trazem, na realidade, mais malefícios do que benefícios para a saúde, somente por dinheiro?

Acredite que sim!

Toda a publicidade que promove a soja como um “alimento milagroso” é apenas mais uma armadilha da indústria alimentar. Afinal, a indústria da soja é tão grande quanto a indústria do leite (que o promove como “fonte essencial de cálcio”) e a indústria da carne (que a promove como “fonte essencial de proteínas”), e dispõe de grande orçamento para patrocinar estudos e publicidade para colocar a leguminosa em alta.

Promovida como uma alternativa “mais do que saudável” para o leite e para a carne, a soja, hoje, é adicionada em quase tudo. Alimentação para adultos e fórmulas nutricionais para bebés, incluindo bebidas prontas e suplementos para atletas. Parece que adicionar soja entre os ingredientes é um bom negócio. O consumidor acredita optar por algo melhor quando lê a palavra mágica “soja” entre os ingredientes. A verdade é que, a menos que seja preparada da maneira correta, a soja é um veneno para a delicada bioquímica do corpo humano.

Sabedoria Ignorada

A soja foi utilizada como alimento pela primeira vez durante a antiga dinastia Chou (1134-246 AC), somente após essa cultura ter aprendido a transformá-la em algo biodisponível através do processo de fermentação, que fez surgir alimentos como o missô, o tempê, o nattô e o tamari. A soja era então, utilizada apenas como condimento e em pequenas quantidades, como é até hoje nas culturas tradicionais. Nunca foi utilizada como substituto para alimentos de origem animal e nem mesmo da maneira excessiva como tem sido propagada nos dias de hoje pela cultura ocidental.

A sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é altamente indigesta. Algo que foi ignorado por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu ou até mesmo geneticamente modificada para ser resistente a pragas e, portanto, fornecer maior lucro por metro quadrado cultivado.

O facto é que existe um elevado conteúdo de anti nutrientes na soja que não é devidamente preparada. Anti nutrientes são substâncias que interferem com a absorção de nutrientes e seu consumo frequente conduz a deficiências crónicas de minerais. Na soja concentram-se substâncias como o ácido fítico e alguns inibidores enzimáticos que bloqueiam a ação da tripsina (uma importante enzima vital), dentre outras enzimas essenciais. Estes inibidores são proteínas resistentes que retém sua configuração mesmo quando cozidas por longos períodos. Quando ingeridas, estas substâncias originam problemas gástricos, redução na capacidade de digestão das proteínas e deficiências crónicas de aminoácidos.

Os chineses sabiam disso e, portanto, só consumiam a soja fermentada. A fermentação, realizado por microorganismos benéficos (probióticos), pré digere a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os anti nutrientes. Desta forma a soja transforma-se num alimento altamente biodisponível, apta ao consumo humano. Se a soja não for preparada desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é evitá-la. A soja contém naturalmente fito estrógenos, substâncias que mimetizam a ação do hormónio estrogénio dentro do corpo humano. Quando alguém ingere uma pequena quantidade dessas substâncias o corpo adapta-se sem alterações, mas em excesso estes fito estrógenos causam desequilíbrio hormonal.

Acontece que, além do hábito ocidental de consumir a soja em quantidades excessivas, a absoluta maioria da soja disponível é geneticamente modificada. A soja geneticamente modificada contém muito mais fito estrógenos do que a soja natural. O seu consumo agride o equilíbrio hormonal e pode conduzir à puberdade prematura e a uma série de doenças relacionadas ao excesso de estrogénio no decorrer da vida. Pesquisas ainda pouco divulgadas (afinal, não contribuem para a lucro da indústria), demonstraram que o uso de soja nas fórmulas de nutrição para bebés pode causar danos irreversíveis no sistema nervoso. A sugestão é não consumir produtos geneticamente modificados de qualquer espécie, e no caso da soja, isso é particularmente proibido.

Suplemento para atletas

A proteína isolada da soja presente em suplementos para atletas e em diversos alimentos industrializados, assim como a proteína vegetal texturizada, ou carne de soja, são, sem exagero, venenos tóxicos para o sistema biológico humano. É importante lembrar que nem todos os venenos matam na primeira dose. Porém, assim como os refrigerantes, os refinados e as frituras, esses derivados industriais da soja são agressivos e anti-naturais para o sistema e contribuem para o desequilíbrio da ecologia interior. Ainda que o organismo seja equipado com uma exímia capacidade de expulsar venenos, cada vez que ingerimos algo inadequado, estamos, desnecessariamente, a desgastar a nossa capacidade de defesa.

A soja na alimentação infantil

Os inibidores enzimáticos da soja afetam a função pancreática. Dietas com elevado teor de tripsina, quando testadas em animais, levaram a uma paralisia do crescimento e desordens do pâncreas. A soja aumenta a necessidade de vitamina D do corpo, necessária para o fortalecimento dos ossos e para o desenvolvimento em geral. O ácido fítico também reduz a absorção do ferro e do zinco, igualmente importantes para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso.

Fonte: http://maiortv.com.pt/