Em 9 de novembro de 1929, enrolado em uma prateleira empoeirada do famoso Museu Topkapi, em Istambul, dois fragmentos de mapas foram encontrados. Tratava-se das cartas de um almirante turco, Piri Reis, célebre heroi(para os turcos) e pirata(para os europeus), que nos deixou ....
Ali, os medos eram superados pela compreensão de que nada há a temer, que a morte é apenas um passo para a outra vida. Aprendia-se que o medo apenas desperdiça energia vital necessária para que se atinja a paz interior. Há templos como o de Philae, dedicados a divindades femininas, iam os iniciados nos primeiros níveis para serem guiados pelas sacerdotisas do templo, de forma a tomar consciência dos desejos gerados por seu instinto de atração. O desejo permite ao homem reconhecer uma necessidade ou uma atração. Produzem uma reação de agrado ou de rejeição nos centros emocionais que, por sua vez, conectam os sentimentos na mente. Mas tais sentimentos são polarizados.
As mulheres dedicadas a musica, chamadas de Shemayet, podiam também servir as divindades masculinas e também transformar-se em escribas. Mas era a mulher a encarregada de tocar o sistro, cujo som acalmava as divindades e permitia que a mente do homem descansasse. As sacerdotisas dedicadas a Hathor, divindade que representa a sexualidade feminina, o amor, a musica, a dança, e cujas festividades eram de embriagues, origem das festas dedicadas a Baco, tinham outras funções sociais. Elas traziam a fertilidade e ensinavam as artes do amor aos homens que iam casar, para que aprendessem a dar prazer a futura mulher.
Aproveitando a extensão da Ilha de Philae, dedicada desde tempos remotos ao culto de Isis, a força feminina geradora da espiritualidade na consciência do homem, veremos como a mulher ocupava um lugar privilegiado na hierarquizada sociedade egípcia. O universo egípcio estava fundamentado na dualidade, no masculino e no feminino, iguais entre si, responsáveis por gerar a ordem em meio ao caos, responsáveis por tornar o mundo cada vez mais perfeito para depois conservá-lo eternamente. Os sacerdotes do Olho de Horus ensinaram ao seu povo que o Deus único, o que está em todas as partes, tem uma parte masculina, a sabedoria com a informação absoluta, e uma parte feminina, a substância homogênea com o amor infinito.