RELIGIÃO, CULTOS E OUTROS

Por dentro da Maçonaria - Parte 7

Hirao_1O Mito de Hirão Abiff - Meia noite, numa rua que poderia ser qualquer uma, de qualquer cidade do mundo. Estamos no interior de um templo maçônico para testemunhar o ponto alto de um ritual estranho e sagrado, que acontece poucas vezes no por ano. Cada ritual envolve um alto nivel de planejamento e os bastidores são coom os de uma apresentação teatral. Mas os homens ali não são atores representando para as câmeras. São homens de negócios, advogados, cidadãos e irmãos, ...

maçõns do século 21 representando uma história que vem sendo encenada exatamente da mesma forma em lojas maçonicas de todo o mundo, desde o incio do século 18. Uma cena que evolui para um climax arrepiante e uma única palavra secreta, aparentemente absurda para quem esta de fora, mas séria para os homens com barbas falsas e roupas que parecem de Papai noel.

O personagem central do ritual é um artífice pedreiro bíblico chamado Hirão Abiff, arquiteto do tempolo de salomão em Jerusalém. Ele é um personagem bíblico obscuro, que aparece no Livro de Crônicas, transformado no personagem central da lenda e do ritual maçônico. Hirão Abiff personifica os valores que todos os maçons se esforçam para ter em sua jornada para se tornarem mestres maçons.

 

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Robert Lomas é o autor de "Virando a chave de Hirão", ele é maçon. "Ele é a personificação de uma forma de pensar. É puro mito maçônico. Hirão Abiff representa o ego. O ego deve ser morto para que o espírito possa se elevar livre. É preciso aprender a controloar o próprio ego. É um ritual bem dramático." o arquiteto mítico tem uma morte dolorosa. Nesse ponto, segundo a lenda, o rei Salomão fica sabendo que seu mestre pedreiro foi assassinado.


Mahabon


De todos os segredos da maçonaria, nenhum é tão bem guardado como a palavra de 3 sílabas, a palavra de passe para o 3º grau, p grai de mestre maçom. A palavra secreta é "mahabon". A interprestação mais comum para essa palavra é que ela é uma corruptela da palavra hebraica "mahabone", que pode ser traduzida como "é esse o construtor?". A palavra é passada num sussuro ao futuro mestre maçom, junto com um aperto de mão e um sinal. Embora seja facil encontrar a palavra secreta na internet ou em livros de consulta, seu real significado ilude a todos, menos os iniciados nos mistérios maçônicos. Para os maçons, a questão não é a palavra em si,  mas a lição moral de ter e manter um segredo, além do respeito por quem trabalhou para obter sabedoria.

No ritual "3º Grau", nessa cerimonia de iniciação de novos membros, cada candidato faz o papel de Hirão Abiff. O candidato é vendado e conduzido pela sala da loja. Ninguem lhe diz o que esperar, o medo é bem real. Os maçons confrontam-no, exigindo a senha secreta do mestre pedreiro. Quem conduz o candidato responde por ele. Robert Lomas: "É um ritual admiravelmente poderoso, mas é o ritual. O fundamentel da maçonaria é ensinar a conhecer-se. E fazer o papel de Hirão Abiff é o modo mais dramático de descobrir quais são seus medos mais profundos. O medo da desintegração dever ser enfrentado. O medo de não continuar vivo para sempre. No 3º grau, voce enfrenta sua mortalidade. E Hirão Abiff é o personagem que morre por você."

 

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Para o maçom, a lição é óbvia: o conhecimento da irmandade é levado para o túmulo. Essas dramatizações são uma parte importante do simbolismo maçonico. Robert Cooper teme que eles sema ihterpretados literalmente. "O que se tem hoje, infelizmente é uma situação emque as pessoas, principalmente os não maçons, veem o que os maçons fazem nessas dramatizações e acham que aquilo é literal. E é claro que não é. E ai que incorrem num erro grave, porque tentar provar algo que não foi concebido para ser real é impossível."


Jack, o Estripador


A disposição do publico a acreditar que os maçons são capazes de qualquer coisa para proteger seus segredos levou-os a serem acusados de um crime muito mais horrendo. John Hamill: "Um dos pontos em que continuamos, de tempos em tempos, a ser envolvidos em teorias de conspiração, é a lenda de Jack, o Estripador."

O assassino cortava a garganta das vítimas, depois mutilava os corpos e removia as viceras. O assassino conhecido como Jack, o Estripador, nunca foi encontrado.  Phillip Hutchinson é guia de um tour sobre Jack, o Estripador, mas não é maçom. "a 1h e 44 de 30 de setembro de 1888, o corpo de Catherine Eddowes foi achado numa esquina da Mire Square. As mutilações em seu rosto e corpo foram bem violentas. Desde então, tem-se associado esse crime a uma conexão maçônica. Foram feitos cortes em forma de dois "V" invertidos na face. Ha quem diga que, juntando os dois, daria um "M", de "maçom". Em segundo lugar, o nome Mitre Square seria uma referência a mitra e ao esquadro, ambos simbolos maçons.

John Hamill: " Vários escritores afirmaram que foi uma conspiração maçônica, por uma série de razões, mas em geral, uma conspiração para preservar o status quo."

Se as provas circunstanciais associando os maçons aos crimes ja nao bastassem, outras descobertas horríveis apontavam para conspiração maçonica. "As 2h55, apenas uma hora depois do assassinato de Catherine Eddowes na Mitre Square, o policial Alfred Long estava andando pela rua Goldstein, quando encontrou metade de uma avental branco. Jack arroncou-o da vitima, usando-o para limpar as mãos e a faca, enquanto fugia do local do crime. Mas foi algo encontrado junto ao avental que alimentou a lenda."

John Hamill: "Havia uma inscrição no muro, algo no sentido de que os "juwes" teriam feito aquilo."

Teria a inscriçao sido feita como uma delcaração antissemita? Ou sera que a palavra "juwes" tem significado para os maçons? Hamill: "Nos rituais maçonicos americanos, ha uma parte de uma cerimonia que se refere a um grupo de 3 pessoas que foram chamadas de Jubelo, Jubela e Jubelum." Esses tres homens são os que matam Hirao Abiff no ritual do 3 grau. Surgiu a teoria de que os 3 eram conhecidos com "os juwes", o que sugeriu que o assassino tinha conhecimento maçonico.

Phillip Hutchinson: "Segundo um livro lançado em 1975, O Arquivo Ripper, esses 3 homens, Jubelo, Jubela e Jubelum, eram chamados coletivamente de "juwes", o modo como "judeus" estava escrito incorretamente na parece. Isso é total ficção."

Na história maçõnica, esses tres homens são chamados de "os rufiões".

 

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"Esse ritual, com Jubelo, Jubela e Jubelum, foi retirado da maçonaria britanica logo depois de 1814. Com certeza, em 1888, apenas os grandes especialistas em maçonaria poderiam saber alguma coisa a seu respeito."

O comissário de Policia, Sir Charles Warren, maçon, mandou apagar a inscrição. Provavelmente mais para abafar sentimentos antissemitas do que para encobrir uma ligação com a maçonaria. John Hamill argumenta que tudo isso é obra de teóricos da conspiração. "foi feito um trabalho tão grande, que acho que mesmo os "estripadorologistas", com exceção da ala dos malucos, aceitam que essa é uma teoria de conspiração e que não existe nenhum fato historico nela.

Phillip Hutchinson: "Tudo o que se le sobre a conexão entre os maçons e Jack, o Estripador é obra de ficção."

Mesmo que aparentemente nao haja ligação entre a maçonaria e os crimes de Jack, o Estripador, ou seu acobertamenteo pela polícia, ainda ha quem insista que os maçons estão envolvidos no assassinato de Roberto Calvi.

John Hamill: "É interessante comparar os casos do Estripador e de Calvi e a maneira como as pessoas reagiram, No caso de Calvi, pelo jeito como ele foi encontrado, pelo histórico e pelo fato de ele ser procurado pela Máfia e pela policia italiana, um enorme quantidade de dinheiro havia sumido do banco, para as pessoas parecia que tinha sido suicídio. Somente alguns meses depois, quando as pessoas passaram a ter dúvidas se fora suicídio, de repente, como no caso do estripador, entra o elemento maçonaria: "Ih, os maçons de novo"."

Teorias de conspiração com a de Jack, o Estripador e a de calvi atingiram os maçons. Eles acirraram as supeitas do público sobre uma organização que se reúne em segredo e mantem silencio sobre suas práticas. Não ha provas reais do envolvimento da maçonaria na morte de Calvi. Então quem mais tinha motivo para mata-lo? Segundo alguns, a Mafia tinha seus motivos, um deles era o fato de ter perdido dinheiro com ele. A mavia havia lhe confiado dinheiro a ser lavado, e esse dinheiro virou fumaça com a quebra do Banco Ambrosiano.

PARTE 8