CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Mega, o novo Megaupload, começa a funcionar !!

mega_-_mega_novo19/01/2013 - Na tarde deste sábado, Dotcom colocou no ar o Mega, seu novo produto para hospedagem de arquivos na nuvem. “Em poucos anos, o Megaupload voltará ao ar”. A promessa, feita no início de 2012 pelo fundador do serviço de compartilhamento de arquivos Kim Dotcom, foi cumprida antes do previsto. Na tarde deste sábado, Dotcom colocou no ar o Mega, seu novo produto para hospedagem de arquivos na nuvem. O lançamento aconteceu antes mesmo do anúncio oficial, que será realizado na mansão do empresário em Auckland, Nova Zelândia, na madrugada deste domingo.

O diretor de arte da INFO, Rafael Costa, acompanha em Auckland a apresentação feita por Dotcom. Uma sessão de fotos na casa do criador do serviço Megaupload e uma entrevista exclusiva com Kim Dotcom serão publicadas na INFO de fevereiro, única publicação brasileira a acompanhar a estreia do Mega na Nova Zelândia.

 

O serviço é acessível no endereço https://mega.co.nz/. Como antecipado por Kim Dotcom no Twitter, seu grande diferencial em relação ao Megaupload é o sistema de criptografia. O recurso ‘tranca’ os dados que o usuário armazena no serviço. Desse modo, só o próprio usuário terá uma chave para abri-lo.

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"COMO IMPEDIR A PIRATARIA: 1 CRIE PRODUTOS BONS; 2 FACILITE A COMPRA; 3 LANCE MUNDIALMENTE NO MESMO DIA; 4 PREÇO JUSTO; 5 FUNCIONANDO EM QUALQUER DISPOSITIVO." (KIM DOTCOM)


Dotcom, portanto, pode dizer que não consegue saber se o arquivo armazenado é um vídeo com conteúdo protegido ou uma música com copyright. E, mesmo que a justiça americana o obrigue a entregar os dados, ele entregará arquivos criptografados, sem muita utilidade para quem não detém a chave de abertura do arquivo, que ficará nas mãos apenas de quem postou o arquivo.

Com a tecnologia, acredita Dotcom, juízes não poderão processá-lo por armazenar dados piratas ou participar de quadrilhas especializadas em pirataria. No passado, juízes americanos usaram arquivos hospedados no Megaupload para sustentar as acusações de pirataria que levaram ao fim do serviço. Bastante espaço

O Mega oferece gratuitamente para seus usuários 50 GB. O tamanho é bem superior ao oferecido pelos concorrentes de maior sucesso, como o Google Drive e o Dropbox (que oferecem, respectivamente, 5 GB e 2 GB de espaço de armazenamento).

Mas quem precisar de mais espaço, pode optar por um dos serviços pagos, que custam entre 10 e 30 euros mensais. Os preços são mais em conta que os concorrentes. Dotcom não esconde o motivo para cobrar mais barato: ele quer retomar a liderança no mercado de serviços de armazenamento em pouco tempo.

 

Acesse o novo site do Megaupload:

https://mega.co.nz

 

Mega, o novo Megaupload, atinge 100 mil registros em uma hora




20/01/2013 - Mega, o novo site do Megaupload, atingiu ontem a marca de 100 mil registros em uma hora, durante seu lançamento. Segundo seu fundador, Kim Dotcom, o novo serviço de compartilhamento de arquivos é “100% seguro e impossível de parar”. Impossível mesmo? Até o momento, alguns usuários tem dificuldade de entrar no site, que está com tráfego pesado. Mesmo assim, o Mega continua com sua proposta atraente de 50 GB de espaço gratuito. Por 10 euros é possível aumentar o espaço até 500 GB.

O total de registrados e os problemas no site

Além de atingir a marca de 100 mil usuários em apenas uma hora, o serviço encerrou sua estreia no dia 19 de janeiro com um total de 250 mil registros. O fundador do Mega, Kim Dotcom, acredita que seu serviço é a empresa startup (iniciante) com maior crescimento da história. As visitações ao Mega ficaram tão pesadas que o site deixou de funcionar no final da noite e no começo da madrugada de hoje (20). Nas redes sociais, muitas pessoas reclamaram que não conseguiram ver o Mega e sequer fazer o cadastro no novo serviço.

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"SOPA ESTA MORTO. PIPA ESTA MORTO. ACTA ESTA MORTO. MEGA IRÁ VOLTAR. MAIOR, MELHOR, MAIS RÁPIDO. LIVRE DE TAXAS E BLINDADO PARA ATAQUES. EVOLUÇÃO !"  (KIM DOTCOM)



Mesmo com esses problemas, a empresa Instra da Nova Zelândia será responsável pela infraestrutura do Mega e pelas cobranças dos usuários que pagarem pelo serviço. A corporação tem experiência com dados de e-mails e é um dos acionistas do serviço de Kim Dotcom.

Upload no Mega: Funciona até em conexões lentas


Kim afirmou durante o lançamento que existe uma tecnologia no Mega chamado “acelerador Mega”. O recurso é ativado no site, sem a necessidade de aplicativos adicionais, e fragmenta os arquivos enviados em vários pedaços, acelerando o upload.

O recurso é ideal para conexões lentas, pois torna mais fácil o armazenamento de um mesmo arquivo em várias divisões menores. A mesma tecnologia será aplicada para pessoas que queiram baixar arquivos de forma rápida. O novo Mega recebeu investimento em criptografia para que a equipe de Kim Dotcom não tenha acesso às senhas dos usuários e nem mesmo às chaves de acesso. O fundador do site quer evitar problemas com a justiça americana, que o prendeu há um ano atrás sob a acusação de pirataria e infração de direitos autorais.

Mega quer ser um site que não interfere no compartilhamento dos arquivos. Dessa forma, o investimento de segurança permite tanto que os usuários subam arquivos que eles querem – legais ou ilegais – e impede que a empresa seja responsável pela circulação de dados. Nas clausulas legais do Mega, a companhia não quer associação com atividades que incitem crimes virtuais.

Brasileiros no Mega


Em entrevista à revista brasileira INFO no lançamento do site em Auckland, Nova Zelândia, Kim Dotcom pediu desculpas aos brasileiros pelo fechamento do Megaupload em 2012. Segundo o fundador do serviço, os brasileiros eram parte considerável do serviço antigo que ele oferecia.

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"ELES ABUSARAM DO CARA ERRADO. EU VOU VIRAR ESSE MUNDO DE CABEÇA PARA BAIXO. PODER PARA O POVO. TCHAU ECHELON. OLÁ LIBERDADE" (KIM DOTCOM)



Kim completou que o Mega está sendo construído segundo a legislação. Ele quer garantir, diferente de antes, que os dados das pessoas não serão apagados sem aviso prévio. Com sua prisão em 2012, Kim Dotcom não conseguiu sequer avisar os usuários no dia em que o site foi fechado por autoridades dos Estados Unidos.

Megamovie: Um novo serviço?

Kim Dotcom também liberou um screenshot de um serviço chamado Megamovie. O fundador do site disse que quer conversar com a Associações de Filmes da América (conhecida pela sigla MPAA ou Motion Picture Association of America) para reproduzir por streaming filmes, séries de TV e músicas. O serviço parece similar ao que o Netflix faz hoje.

Dotcom vai ter sucesso com o Mega e com novas iniciativas de compartilhamento e entretenimento online? Só o tempo vai dizer. No entanto, o serviço já atingiu 100 mil clientes online em apenas uma hora. O sucesso se deu graças a uma proposta atraente de espaço na nuvem. É um começo com o pé direito.  


Novo Megaupload chega a 1 milhão de usuários em um dia



21/01/2013 - Um dia após o lançamento oficial, o novo site de Kim Dotcom, fundador do Megaupload, chegou a 1 milhão de usuários cadastrados, informa o site The Next Web. O Mega, como é chamado o novo serviço, foi lançado neste final de semana, em uma festa na mansão de Dotcom na Nova Zelândia. O novo serviço "totalmente legal", segundo seu fundador, oferece 50 GB de armazenamento para os cadastrados, e surge exatamente um ano depois da prisão e do fechamento do site anterior.

Relembre os eventos ao longo do ano passado que marcaram o Megaupload

O novo programa oferece 50 GB de armazenamento gratuito aos usuários. Por enquanto, o Mega está em versão beta, mas já oferece planos de assinatura mensal e promete criptografar todos os dados enviados pelos usuários - o que impediria detentores de direitos autorais e até mesmo o próprio site de acessar os dados armazenados.

Megaupload

O site foi desativado na noite de 19 de janeiro, quando foi fechado pelo FBI por integrar "uma enorme rede de pirataria virtual". Teve início então uma história que envolve confisco de bens, acusações de lavagem de dinheiro e espionagem, pontuada por carros de luxo, mansões e ataques de hackers.

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"VOCÊS ASSISTEM A ESSES FILMES, IDENTIDADE BOURNE, ONDE OS GOVERNOS SÃO CORRUPTOS E AS AGENCIAS DE ESPIONAGEM FAZEM COISAS ILEGAIS E VOCÊ ACHA QUE É BOBAGEM, QUE ISSO NÃO ACONTECE. TUDO QUE VEM A PÚBLICO É AINDA MAIS INACREDITÁVEL." (KIM DOTCOM)



O site, à época com cerca de 150 milhões de usuários registrados em todo o mundo - com os brasileiros em 2º lugar -, teria causado, segundo as autoridades norte-mericanas, mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir direitos de propriedade intelectual. O alemão Kim Schmitz, 37 anos, mais conhecido como Kim Dotcom, criador do Megaupload, e outros diretores do site foram presos. As autoridades confiscaram dos detidos e da empresa bens avaliados em US$ 4,8 milhões, além de US$ 8 milhões depositados em contas abertas em diversos bancos da Nova Zelândia, e os Estados Unidos pediram a extradição de Dotcom.

Kim Dotcom, um homem com 129 kg e quase 2 m de altura seria, de acordo com a imprensa local, uma das dez pessoas mais ricas da Nova Zelândia, considerado um apaixonado por carros de luxo, mulheres e mansões. A polícia inspecionou uma delas em Auckland, avaliada em US$ 30 milhões, na qual ele vivia com a família. Encontrou jóias, armas e até um Rolls Royce com placa "Deus".

Atualmente, Dotcom encontra-se em liberdade sob fiança na Nova Zelândia, o país onde vivia no momento de sua detenção. Alemão, ele enfrenta um pedido de extradição dos Estados Unidos, que desejam julgá-lo por violação dos direitos autorais. A audiência para sua extradição foi adiada em duas ocasiões e, até o momento, está prevista para agosto de 2013.

A justiça americana acusa os responsáveis do Megaupload de terem ganhado de forma fraudulenta US$ 175 milhões (135 milhões de euros) oferecendo cópias piratas de filmes, programas de televisão e outros conteúdos.



O “novo Megaupload” avança contra os direitos autorais. De que lado você está?




21/01/2013 - Por André Piunti - Foi lançado, no último final de semana, um site chamado MEGA. Ele é de propriedade do alemão Kim Dotcom, dono do famoso MegaUpload, que foi um dos maiores sites download do mundo. Kim, aos que não se lembram, foi preso em 2012 por diversas violações aos direitos autorais nos Estados Unidos.

Seu novo projeto é um jogo de xadrez que ele disputa com a legislação de diversos países. Kim é um sujeito de 39 anos que segue cutucando uma indústria velha e atrasada, servindo de herói de uma geração que não está muito preocupada com os direitos autorais. Tanto é que em 24 horas, 1 milhão de pessoas já utilizaram seu novo serviço.

A nova aposta do alemão, que mora na Nova Zelândia, é a seguinte: se baixar algo sem autorização é ilegal, vamos compartilhar. Eu te passo meus filmes, você me passa suas músicas, e ninguém interfere nas nossas atividades pessoais.“Mas qual a novidade nisso?”

A privacidade*. Você usa o site, mas eles não têm acesso a seus dados, por conta de um sistema próprio de criptografia. Gratuitamente, há um espaço de 50 Gigas (equivalente a mais de 10 mil músicas) que cria links dos arquivos que você coloca lá dentro. Com os links em mãos, você compartilha os arquivos com uma ou com 10 milhões de pessoas.

“Mas o 4shared e tantos outros sites fazem algo parecido há anos!”

Aí entra mais uma vantagem: os arquivos também são criptografados, e o próprio MEGA não tem acesso ao que você coloca dentro da sua conta. É como se fosse um espaço seu, na rede, que ninguém pode ter acesso além de você (seu email, seu Facebook e diversos outros serviços não tem tanta privacidade quanto você acha). O MEGA não tem a chave para descriptografar suas informações.

*Sobre a questão do anonimato prometido pelo site, há um texto do TorrentFreak, em inglês, que discorda da eficiência anunciada.

Ou seja, mesmo que a justiça obrige a empresa a colaborar com alguma investigação (ela assume que vai colaborar),  não há muito o que fazer, pois ela não sabe quem usa seu serviço, muito menos quais tipos de arquivos estão em seus servidores.

É claro que vão cair em cima do tal do Dotcom, vão brigar pra tirar o site do ar, e vão alardear que “essas pessoas vão acabar com a indústria do entretenimento“.

Fato é que, mais uma vez, surge uma tentativa do livre compartilhamento de conteúdo na internet. Neste caso, uma tentativa abertamente confrontadora. O site está no ar, e mesmo ainda passando por testes e com falhas a ser corrigidas, já está causando barulho.

Há duas posições a se tomar diante dos fatos: reconhecer que o direito autoral sofrerá um baque pesado dentro de poucos anos e pensar em alternativas antes que o mundo te deixe pra trás, ou ficar condenando eternamente tais atividades, apoiando-se no velho discurso dos malfadados estúdios e gravadoras.

A maior parte das pessoas que trabalham com música no Brasil, ao que parece, infelizmente, ainda prefere a segunda opção.

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