CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Internet banda larga pela rede elétrica

eletrica_12Esta tecnologia de poder transmitir dados pela própria rede elétrica já vem sendo pesquisada a anos e agora está começando a sair de sua fase de testes para a comercialização. Como toda nova tecnologia, ela no momento é cara e só está disponível em alguns lugares do Brasil, mas a Anatel regulamentou nesta segunda-feira a distribuição de banda larga ...

que pode chegar até você de uma forma mais fácil, pela tomada da luz.Em muitas localidades a internet banda larga é muito cara e em sua maioria das vezes lenta e sem disponibilidade de porta para novos assinantes. Fora que as operadoras de telefone abusam por serem as únicas que podem fornecer o serviço. Mas agora as coisas podem mudar, criando uma concorrência saudável e podendo ser facilmente distribuída para quem possui energia elétrica (que são poucos que não tem isso, só lugares mais remotos é que a energia elétrica não é distribuída, fora que existem muito mais linhas de distribuição de energia elétrica do que telefone, por ser mais essencial a população).

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O sistema funciona semelhante a distribuição de banda larga pela TV a cabo, onde o cliente interessado liga para a empresa fornecedora de energia elétrica e esta libera o sinal para que o cliente use a energia e a banda larga. Também é preciso de um modem (como um modem ADSL padrão, mas no formato de tomada) que ligado a tomada da casa ou empresa, poderá lhe permitir acesso a internet.

No Brasil o sistema está sendo testado inicialmente na cidade de Barreirinhas (Maranhão), Goiânia, Santo Antônio da Platina (Paraná), São Paulo e em Porto Alegre. Para quem quiser usufruir da nova tecnologia, terá de esperar um pouco mais, pois as concessionárias de energia elétrica estão fazendo um acordo com as empresas de telecomunicações (que são responsáveis por interligar a internet).

Este sistema de banda larga será tão cômodo como a banda larga 3G (banda larga móvel), podendo em qualquer lugar da casa plugar o modem na tomada (no quarto, na sala, na cozinha, etc) e se conectar a internet. Claro que não será tão móvel como o 3G, onde você pode estar até mesmo em movimento e conectado a internet, mas poderá ser mais barato e estável em suas conexões. A velocidade de conexão da internet pela rede elétrica? Estima-se que usando PLC (Power Line Communication) a velocidade chegue a 120MB. Isso mesmo, conexões de 120MB! Mas no inicio esta velocidade será mais reduzida (entre 40MB e 80MB), mas mesmo assim é uma velocidade espantosa.

 

Saiba como funciona o serviço de banda larga pela rede elétrica

 

2008 - Você sabia que é possível acessar a Internet usando a fiação elétrica de sua casa e que existem estudos no Brasil de entregar este tipo de serviço na casa dos usuários desde 2001? Essa modalidade de acesso vem sendo testada por empresas como a Eletropaulo Telecom (SP), Light (RJ), Copel (PR), Celg (GO), além da Brasil Telecom, que tinha projetos de entregar banda larga pela rede elétrica em pelo menos dez estados. A transmissão de dados pela rede elétrica, chamada BPL (Broadband over Power Lines) ou PLC (Power Line Communications), e da eletricidade ao mesmo tempo e pelo mesmo par de fio de cobre é viável pois cada um destes serviços utiliza faixas de freqüência diferentes - como o que já ocorre com o serviço de banda larga na linha telefônica convencional.

Por conta disso, os dois serviços podem conviver tranquilamente no mesmo meio, e um não vai interferir no funcionamento do outro. Conta a favor da PLC o fato de a rede elétrica estar disponível em um número muito maior de pontos do que a rede de telefonia. Fisicamente falando, a faixa de freqüência utilizada pela energia elétrica é mais longa, porém baixa (na casa dos Hertz - Hz). Já o serviço de dados utiliza um sinal mais curto e uma faixa de freqüência muito mais alta (Megahertz - MHz).

O que isso quer dizer? Na prática, qualquer pequena interrupção no sinal de dados, ou mesmo falhas na rede podem gerar perdas irrecuperáveis na transmissão dos sinais de telecomunicações. Por interrupções ou falhas, podemos considerar, por exemplo, o acionamento de outros equipamentos elétricos na mesma rede. O campo magnético gerado prejudicava o tráfego dos dados na primeiras versões dos modems, problema que já foi resolvido nos equipamentos mais modernos.


Como funciona

 

eletrica11Para compreender como a entrega do serviço de banda larga pela rede elétrica acontece é preciso analisá-la sob dois pontos de vistas distintos. Na parte 'indoor' - ou seja, na casa do usuário, em prédio de apartamentos ou mesmo no escritório - , cada PC deve ter um modem, de um lado conectado ao computador via USB ou rede Ethernet, e do outro ligado à rede elétrica (tomada). Pelo menos dois fatores são vantagens desse método. Com ele, potencialmente, qualquer tomada dentro da casa, prédio ou escritório se torna um ponto de internet, e não se fica à mercê de barreiras que possam impedir a expansão da rede. Por outro lado, comparada ao acesso sem fio, a solução PLC necessita de modem compatível ligado a cada PC (e este, na tomada). Sem contar o preço, que em função da falta de grande escala torna este tipo de solução mais cara. O modem PLC é o responsável por converter as informações que chegam pela fiação elétrica e entregá-la na forma adequada ao computador e vice-versa. Adicionalmente, é preciso ter um demodulador-repetidor, que é instalado junto ao relógio de medição e faz o meio de campo entre as partes 'indoor' e 'outdoor'. Fora do ambiente 'indoor', os dados trafegam pela rede da concessionária de energia elétrica até um concentrador mestre, em geral instalado em uma estação ou subestação de distribuição.

A partir daí, os dados trafegam via cabo de fibra óptica, que pode estar sob a responsabilidade de empresa de telecomunicações ou mesmo da própria empresa de energia, até chegar a um ponto de acesso a web (POP). Na verdade, a parte externa do processo ainda não foi regulamentada pela Anatel, o que deve ocorrer em breve, segundo Pedro Jatobá, presidente da Aptel. Algumas companhias elétricas estaduais, como a Copel, já fazem licitações para testar a tecnologia, razão pela qual não há serviços comerciais em operação. O que já dá para fazer é montar uma rede de dados usando a fiação elétrica e conectá-la a um provimento de acesso externo que venha da rua, como o cabo. De acordo com Jatobá já existem cerca de 5 mil pontos como esse na cidade de São Paulo.


Prós e contras


Como já foi citado, a primeira grande vantagem desse modo de conexão PLC é evidente: a infra-estrutura necessária já está amplamente instalada, pois praticamente todas as construções estão conectadas à rede elétrica. Assim não há gastos nem perda de tempo com instalação de cabos, por exemplo, o que poderia encarecer o serviço. E isso se torna ainda mais importante quando nos lembramos de locais que não podem ter a sua estrutura quebrada para a instalação de cabos – seja por inconveniência ou por impedimento – como prédios antigos, museus, edifícios tombados e alguns hospitais.

A internet via rede elétrica também pode ter vantagens específicas em relação ao wireless. Muitas vezes se pensa que a conexão sem fio à Internet é a solução definitiva de todos os problemas de conectividade.  Mas não podemos nos esquecer de locais onde as ondas de rádio não funcionam, por causa de uma parede muito espessa ou de problemas de topografia. Isso sem falar nos atuais problemas enfrentados por usuários com compartilhamento de banda e baixa velocidade.

A velocidade, aliás, é outro ponto a favor das redes elétricas e pode chegar a cerca de 200 Mbps. Também conta a seu favor a criptografia usada – DES de 56 bits – que garante boa segurança e privacidade. Além disso, os dados estão sempre em rede local, o que livra essa tecnologia dos riscos de sniffing e wardriving, dos quais o Wi-Fi é freqüentemente vítima. Como o demodulador-repetidor fica instalado antes do relógio de medição, dentro dos limites do cliente, não há vazamento das informações para a rede externa.


Banda larga via rede elétrica é segura?


2009 - Com as regras para prestação dos serviços de BPL (Broadband over Power Line) aprovadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil pode ter em breve ofertas de internet que chegarão à casa dos consumidores pela rede elétrica.  Em São Paulo, a AES Telecom, braço da AES Eletropaulo, já faz testes avançados com a tecnologia e pretende estrear ofertas comerciais em parceria com provedores de banda larga em pouco tempo. Outras companhias de energia elétrica como Copel e Cemig também experimentam com o BPL.

Mas o aval da agência pode não ser suficiente para tranqüilizar os usuários sobre os possíveis riscos da tecnologia. Quando noticiamos que a banda elétrica via rede elétrica poderia estrear em 2009, choveram comentários de leitores da INFO questionando a segurança do sistema. A principal preocupação é que a tecnologia possa interferir em freqüências de outras aplicações, como rádios amadoras e até instalações militares.

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Eles não estão sozinhos. Nos Estados Unidos, a tecnologia enfrenta pressão da Associação de Rádios Amadoras, que processou a Federal Communications Commission (FCC) – a Anatel norte-americana – por ter liberado o BPL para uso no país sem prova suficiente de que a tecnologia não interferia em outras freqüências.

O site da associação traz estudos que falam sobre os perigos da banda larga via rede elétrica e trás até vídeos que mostram interferências causadas pela tecnologia em locais onde ela está sendo testada. O que os detratores do BPL alegam – e, em alguns casos, até provam – é que a as redes elétricas não foram feitas para isolar a radiação de radiofreqüência e que de fato em alguns casos a tecnologia de fato gera interferência.

Isso significa que estamos prestes a adotar uma tecnologia de alta periculosidade? Não necessariamente. Segundo Nicholas Maheiroudis, diretor de projetos de BPL da AES Telecom, os problemas de interferência realmente aconteciam no passado, mas a evolução dos equipamentos mitigou grande parte dos riscos. “Hoje a tecnologia evoluiu e os equipamentos são capazes de anular as interferências”, diz o executivo. Segundo Maheiroudis, todos os aparelhos usados no Brasil terão que ser homologados e certificados pela Anatel, o que deve eliminar os riscos.


Além das interferências externas do BPL, a companhia também está trabalhando para minimizar os ruídos internos causados por eletrodomésticos e outros na banda larga via rede elétrica. Secadores de cabelo, liquidificadores e até luminárias podem interferir no sinal do BPL. Neste caso, o resultado pode ser uma degradação na qualidade do sinal de internet. “O BPL não afeta o microondas, mas uma luminária não-padronizada pode derrubar o BPL”, explica Maheiroudis.

Segundo o diretor, menos de 3% das casas que participam dos testes feitos pela AES Telecom apresentam problemas de interferência. Para mitigar o problema, a empresa está trabalhando com fornecedores nacionais para produzir filtros e nas próximas gerações, os próprios modens virão com chips preparados para bloquear os ruídos, de acordo com Maheiroudis.


Anatel regulamenta critérios técnicos para banda larga via rede elétrica


eletrica1014/04/2010 - A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) publicou nesta segunda-feira uma resolução que regulamenta a transmissão de internet banda larga pela rede de energia elétrica. Chamado de BPL (Broadband Powerline), o sistema permitirá que o usuário acesse a internet ao plugar um modem especial em qualquer tomada da casa. A tecnologia "injeta" a conexão vinda de um cabo de fibra óptica na rede elétrica. Em novembro do ano passado, a AES Eletropaulo havia anunciado que disponibilizaria a internet por rede elétrica ao consumidor no primeiro trimestre de 2009. A Resolução 527, publicada hoje pela Anatel, estabelece "os critérios e parâmetros técnicos que permitem a utilização dessa tecnologia", informa nota divulgada pela agência. A Resolução 527, que libera a adoção da nova tecnologia de internet, cuja prestação é feita pela rede elétrica, define critérios técnicos para o oferecimento do serviço através de comunicação de dados utilizando radiofreqüência na faixa entre 1.705 kHz e 50MHz. O sistema BPL será oferecido através da instalação de um modem feito com chips de silício, desenvolvido por empresas de equipamentos tecnológicos. Por cabos ligados à tomada com o formato de um plug, o aparelho irá conectar a rede elétrica ao computador, meio pelo qual será disponibilizado o acesso à web com velocidade de cerca de 200 megabits por segundo e por onde o BPL irá receber os dados informáticos.

"Ele funcionará como um conversor que você ligará na tomada e, a partir disso, terá acesso à internet no seu computador pela captação de dados repassados pela rede elétrica", explica Diana Tomimura, especialista em regulação da Anatel. "Esse equipamento poderá ser ligado em qualquer tomada residencial que forneça energia elétrica para que seja possível navegar no espaço virtual", complementa.

Segundo a agência, com essas regras a banda larga poderá chegar a um número maior de pessoas, "uma vez que as redes de distribuição de energia elétrica disponíveis apresentam grande capilaridade no território brasileiro".


Sem custo definido


Ainda sem custo definido, o que depende da adesão ao produto e do interesse de fabricantes e prestadoras em oferecer a tecnologia, a internet via rede elétrica deverá ter, no entanto, um valor semelhante às assinaturas atuais de acesso à web. "A idéia é que este serviço seja competitivo no mercado de internet", diz Marco Antônio de Oliveira Tavares, gerente operacional de planejamento da Anatel.

Ele destaca também como diferencial do sistema BPL o benefício da capilaridade do acesso à energia elétrica no país, em mais de 90% das residências. "Tendo energia elétrica em casa, será possível ter acesso à internet", argumenta o gerente operacional. "Não será preciso ter linha telefônica para poder ter internet", reforça ainda a especialista Diana.

Os equipamentos que vão ser utilizados no sistema BPL deverão ter certificação de uso específica reconhecida pela Anatel. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá dispor sobre a prestação do serviço elétrico. As empresas interessadas em prestar serviços de internet em sistema de BPL devem apresentar à Anatel, no mínimo 30 dias antes do início de suas operações, informações referentes à criação e à manutenção de uma base de dados pública.

Até o dia 11 de maio, a Aneel fará uma consulta pública sobre o interesse em prestação de serviços de banda larga pela rede elétrica. Para o dia 13 de maio, está agendada uma reunião da Aneel, em Brasília, ocasião na qual será decidida a redação final da regulamentação. O BPL já é oferecido na Europa, a exemplo da Espanha, onde é oferecido por companhias especializadas em internet elétrica.

 

AES Eletropaulo


O serviço, que deve ser oferecido em breve pela AES Eletropaulo, está em teste no bairro de Moema, zona sul de São Paulo, desde o fim de 2007. Atualmente, 150 clientes em 20 prédios da região têm acesso à esse tipo de conexão.

"A vantagem é que você não precisa fazer cabeamento, quebrar parede para puxar cabos que permitam o acesso à internet. É só usar as tomadas que já existem na residência", afirma Teresa Vernaglia, diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom.

Os equipamentos que unem o sinal da fibra óptica à rede elétrica podem ser colocados nos postes de rua ou diretamente nos medidores (popularmente conhecidos como "relógios") dos prédios. A empresa afirma que o sistema é mais adequado para edifícios, em que a conexão é dividida para vários clientes. Montar essa infraestrutura para uma casa sairia muito caro.

De acordo com a Eletropaulo, durante os testes o sistema permitiu uma conexão de 80 MB por prédio: a velocidade para cada cliente vai depender do número de assinantes no local e do serviço contratado com a operadora.

Hoje, a empresa afirma que tem 2.000 km de fibra óptica instalada na Grande São Paulo --valor equivalente à distância entre São Paulo e Aracaju.

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Interferência


Segundo a Anatel, a agência tomou as precauções necessárias para evitar que o compartilhamento da rede de cabos provoque interferência negativa no fornecimento de energia ou na velocidade da conexão da internet. Havia o risco, por exemplo, de ao ligar um liquidificador a velocidade da conexão cair.

A nota divulgada pela agência informa que foi estabelecida a obrigatoriedade da utilização de filtros "capazes de atenuar as radiações indesejadas". Além disso, informa a Anatel, "os sistemas deverão dispor de mecanismo que possibilite o desligamento remoto, a partir de uma central de controle, da unidade causadora de interferência prejudicial, caso outra técnica para sua atenuação não alcance o resultado esperado".

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u550155.shtml
       http://tecnologia.terra.com.br/
       http://www.dicasparacomputador.com/
       http://info.abril.com.br/noticias/ti/