CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Engenheira cria tijolos de plástico reciclado mais duros que concreto

engeplas109,02/2021, por Natasha Olsen - Startup fabrica tijolos até 7 vezes mais fortes que concreto, reciclando plástico e empregando mais de 100 pessoas. A determinação e o conhecimento de uma engenheira queniana estão ajudando a eliminar a poluição plástica e a dar uma nova oportunidade para mais de 100 pessoas. Decidida a oferecer soluções ao invés de ser mais uma pessoa reclamando, Nzambi Matee pesquisou maneiras de reaproveitar o plástico que ela via poluindo Nairóbi, capital do Quênia onde ela vive. ESTAVA CANSADA DE FICAR APENAS OBSERVANDO GARIS TENTANDO RECOLHER TODO O PLÁSTICO QUE ESTÁ POR AÍ.” Nzambi Matte é engenheira de materiais e criou tijolos feitos de resíduos plásticos e areia que são até ...

7 vezes mais fortes que concreto. Ela também desenvolveu todo o maquinário usado na fabricação dos tijolos e fundou a Gjenge Makers, startup que reaproveita resíduos que antes poluíam o planeta. Os resíduos vem de empresas que iriam descartar plástico de polietileno de baixa e alta densidade. O material é levado a fornos de altas temperaturas e depois de aquecido, o polímero é misturado com areia e esta mistura é moldada com uma máquina hidráulica, produzindo uma variedade de tijolos usados para pavimentação.

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“Usamos resíduos plásticos que não poderiam ser reciclados ou processados”, explica a engenheira. Os tijolos vêm em diferentes espessuras, cores e formatos e são vendidos por cerca de US$ 7,7 por metro quadrado. Até agora, a startup já empregou mais de 110 pessoas e atingiu a capacidade de produzir até 1,5 mil tijolos por dia. Desde que começou a funcionar, em 2018, a empresa já reciclou mais de 20 toneladas de plástico.

Nzambi Matee avisa que este é apenas o começo. A ideia da empreendedora é triplicar a produção e oferecer esta solução para outros países do continente africano. Com o seu trabalho Nzambi recebeu o prêmio Jovem Campeã da Terra de 2020, para a África. O reconhecimento é feito pelo Programa Ambiental das Nações Unidas.

 

Engenheira queniana desenvolve tijolo feito de plástico reciclado

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19/02/2021 - Nzambi Matee, engenheira de 29 anos, inovou ao transformar “lixo em dinheiro” com a criação de tijolos resistentes, sustentáveis e de baixo custo a partir de resíduos de plásticos reciclados e areia. A fábrica de Matee, “Gjenge Maker”, em Nairóbi, Quênia, produz atualmente cerca de 1.500 tijolos por dia, em diferentes tamanhos e cores. “Nosso produto é quase cinco a sete vezes mais resistente que o concreto”, afirma. Ela conta que montou sua fábrica depois que ficou cansada de ver a poluição ocasionada pelo plástico. “Resíduos plásticos não são apenas um problema do Quênia, mas é um problema mundial. Aqui em Nairóbi, geramos cerca de 500 toneladas métricas de lixo plástico todos os dias e apenas uma fração disso é reciclada”, ressalta Matee em vídeo.

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O lixo utilizado na produção dos tijolos vem gratuitamente de fábricas de embalagens, Matee paga apenas pelo plástico que obtém de outros recicladores. Pela iniciativa, a jovem engenheira foi premiada como Young Champions of the Earth 2020, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (original em inglês Unep – United Nations Environment Programme).

Plástico e areia

Os tijolos são feitos a partir de uma mistura de diferentes tipos de plástico. São eles: polietileno de alta densidade, usados ​​em frascos de leite e xampu; polietileno de baixa densidade, muitas vezes usado para sacos de cerais ou sanduíches; e polipropileno, usado em cordas, tampas e baldes. Os resíduos plásticos são misturados à areia, aquecidos e depois comprimidos em tijolos, que são vendidos a preços variados, dependendo da espessura e da cor.

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Os tijolos cinza, mais comuns, custam $ 850 xelins quenianos, cerca de R$ 40,00, por metro quadrado, por exemplo. A engenheira, que antes da Gjenge Maker atuou na indústria do petróleo e como analista de dados, projetou suas próprias máquinas. Ela conta que a fábrica reciclou 20 toneladas de resíduos de plástico desde sua fundação em 2017. Agora, a queniana planeja adicionar outra linha de produção maior, que pode triplicar a capacidade até o final do ano.

Fonte: https://ciclovivo.com.br/
           https://www.senge-sc.org.br/