11/07/2022, por Alia Shoaib - A China lançou o primeiro transportador de drones sem tripulação do mundo que usa inteligência artificial para navegar de forma autônoma em águas abertas. Pequim o descreveu oficialmente como uma ferramenta de pesquisa marítima, mas alguns especialistas disseram que o navio tem potencial para ser usado como embarcação militar. O navio autônomo, o Zhu Hai Yun (foto aqui) tem cerca de 290 pés de comprimento, 45 pés de largura e 20 pés de profundidade e pode transportar dezenas de drones aéreos, ...
marítimos e submersíveis equipados com diferentes instrumentos de observação, de acordo com o construtor naval, CSSC Huangpu Wenchong Shipping Co. Ele descreve a embarcação como "marcando uma época" e a "primeira nave-mãe com sistema não tripulado inteligente do mundo". “O benefício mais imediato para a China é provavelmente a coleta de dados”, disse Matthew Funaiole, membro sênior do China Power Project no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, ao Insider.
“Do ponto de vista puramente científico, que é o ângulo que a China está promovendo, podemos ver os drones chineses (tanto de superfície quanto de subsuperfície, lançados do Zhu Hai Yun) contribuindo para a mitigação de desastres, monitoramento ambiental etc.”
No entanto, a nave-mãe drone também pode ser usada pelos militares da China para coletar informações no contestado Mar do Sul da China, sobre o qual vários países fizeram reivindicações territoriais concorrentes. Nos últimos anos, a China tem feito reivindicações cada vez mais assertivas de soberania sobre o mar e vem aumentando sua presença militar.
"Ao lidar com a China, raramente temos uma visão perfeita de suas intenções, mas, como vimos em suas atividades no Mar do Sul da China, empreendimentos científicos podem ser precursores ou apoiar objetivos militares", disse Funaiole.
"A tecnologia, especialmente os sistemas de coleta de informações, geralmente têm aplicativos de uso duplo. Os dados coletados pela China de sistemas autônomos podem ajudar na vigilância, conscientização de domínio, ajudar os submarinos do PLA [Exército de Libertação Popular] a navegar, melhorar as capacidades ASW [guerra anti-submarina] da China, etc."
O navio foi apresentado pela primeira vez em maio, mas deve ser entregue até o final de 2022 após a conclusão dos testes no mar, de acordo com o South China Morning Post.
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Plataformas não tripuladas podem ser o "futuro da guerra"
A embarcação usa o primeiro sistema de IA do mundo chamado Intelligent Mobile Ocean Stereo Observing System, desenvolvido pelo Laboratório de Ciência e Engenharia Marinha do Sul de Guangdong, de acordo com o South China Morning Post.
O navio será controlado remotamente e poderá viajar a uma velocidade máxima de 18 nós, ou cerca de 20 milhas por hora, de acordo com o construtor naval. Chen Dake, diretor do laboratório, disse ao jornal estatal Science and Technology Daily em 2021 que o navio é uma nova “espécie marinha” que revolucionará a observação oceânica.
A China já é o maior construtor naval do mundo e tem ambições de se tornar uma "grande potência marítima".
Embora as capacidades e usos desta embarcação ainda não sejam vistos, as forças armadas em todo o mundo têm se concentrado cada vez mais no desenvolvimento de drones e veículos não tripulados.
Funaiole observou que a China investiu recursos consideráveis em várias plataformas não tripuladas, como drones e veículos autônomos, para fortalecer a posição de sua marinha.
"Isso fará parte do futuro da guerra", disse ele.
Fonte: https://www.businessinsider.com/