TERAPIAS COMPLEMENTARES

Aromaterapia - Parte 2

aroma5História da Aromaterapia  - A Aromaterapia tem suas origens no uso de ervas para fins curativos, religiosos e estéticos. Civilizações como Egito, China e Índia usavam ervas para os mais diversos fins e de formas variadas. A destilação dos óleos essenciais ocorreu apenas em 1.000 d.C. e revolucionou o mercado de perfumes internacional. No século 16, os alquimistas já acreditavam ser o óleo essencial a parte da planta responsável em produzir a cura.

A Aromaterapia como é hoje conhecida é relativamente recente, descoberta quando René-Maurice Gatefossé, um químico francês sofreu um acidente em seu laboratório e providencialmente mergulhou seu braço ferido em um pote de lavanda, percebendo que com isto, seus ferimentos não infeccionaram e cicatrizaram rapidamente. Após este incidente, passou a pesquisar os poderes dos óleos essenciais, cunhando o termo Aromaterapia. Tudo isto no início do século 19, na França, sendo o precursor de muitos outros estudiosos na Europa, como Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert Tisserand, do Instituto Tisserand, um dos maiores expoentes da atualidade em aromaterapia.

O que é Aromaterapia?


Aromaterapia é a arte e a ciência de utilizar óleos essenciais para proporcionar bem estar físico, mental e emocional. É um tipo de terapia extremamente simples em seu uso, apesar de exigir conhecimento e cuidados por parte do usuário e principalmente do profissional da área de saúde ou estética pois, por serem altamente concentrados, os óleos essenciais devem ser usados diluídos ou em baixas concentrações, para evitar reações de sensibilização e irritações, entre outras. Também pode ser considerada democrática,  uma vez que a Aromaterapia combina-se bem com os mais diversos tipos de tratamentos, sejam convencionais ou alternativos. Além de tudo isto, a Aromaterapia é prazerosa, mexe com nossas emoções, nossos sentimentos, nossa VIDA.


Como funciona a Aromaterapia


Podemos absorver o óleo essencial através da pele e do nariz, que são as vias mais seguras. Na pele deve-se tomar cuidado extra, para evitar reações alérgicas, sensibilizações, queimaduras, irritações, etc. Para o uso seguro, deve-se diluir os óleos essenciais em veículos carreadores, como cremes neutros e óleos vegetais. Penetrando na pele, os óleos essenciais entrarão na corrente sangüínea e agirão nos órgãos internos, sendo excretadas as quantidades não metabolizadas. Pode-se fazer isto através de cremes e óleos corporais, massagens, tratamentos estéticos, compressas, etc.

Via olfato deve-se tomar cuidado com tempo de exposição e concentração. Uma parte do aroma inalado vai para os pulmões via traquéia, penetrando nos brônquios, bronquíolos e alvéolos, passando para a corrente sangüínea nas trocas gasosas, agindo da mesma forma da penetração cutânea. Outra parte do aroma vai para o cérebro, atingindo o Sistema Nervoso Central e mais especificamente o Sistema Límbico, que é nosso antigo Cérebro das Emoções, responsável por nossas emoções, nossos comportamentos e atitudes, nossa memória e nossos humores. Para esta via, pode-se usar aromatizadores pessoais, aromatizadores à vela ou elétricos e pot pourris.

Desta forma, cada óleo essencial agirá de uma forma diferente no nosso corpo, físico mental e emocionalmente, de acordo com sua composição química. Por isto, podemos dizer que a Aromaterapia é Holística, pois podemos atacar diversos males sob todos os aspectos, pois não podemos tratá-los isoladamente.


O poder terapêutico das essências aromáticas das plantas

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A Aromaterapia consiste em tratar as doenças com a ajuda de óleos extremamente concentrados extraídos dos vegetais. Esses extratos chamados essências ou óleos essenciais contêm as substâncias que dão perfume às plantas e, por isso, seu odor é a característica principal.

Os óleos essenciais são produzidos por minúsculas glândulas presentes nas pétalas, no caule, na casca e na madeira de numerosas plantas e árvores. Se, na natureza essas glândulas liberam os aromas das plantas de forma progressiva, quando aquecidas ou trituradas, elas explodem e liberam os odores com uma potência muito maior.

Para extrair o óleo essencial puro, recorre-se a um processo de destilação no vapor d’água. Se a essência é dissolvida no álcool ou em outro solvente, denomina-se essência absoluta. São menos puras que os óleos, porém conservam propriedades curativas interessantes.

Os usos dos óleos essenciais são múltiplos, mas eles são mais utilizados na unção da pele (massagem), podendo também ser inalados ou colocados na água de banho ou em compressas. Raramente são ingeridos. Certamente são mais eficazes quando inalados, pois provocam uma ação imediata no cérebro.

Não se deve pensar que a Aromaterapia não apresenta contra-indicações. Devem ser utilizados com precaução, pois podem causar irritação e alergia na pele.

Os aromaterapeutas utilizam cerca de 30 plantas e flores para tratar a maior parte dos problemas.

Os óleos essenciais são divididos em três categorias: os que tonificam o organismo e favorecem o bom humor; os que estimulam e regulam as principais funções do corpo; e os que têm um efeito calmante sobre o corpo e o espírito.


Aromaterapia Ambiental


Vivendo Melhor!

A utilização de plantas aromáticas no ambiente constitui-se em uma prática milenar que aparece praticamente em todas as culturas, originada tanto por propósitos de puro prazer, como maneira de higienizar o ar ou incensar por motivos místicos, religiosos ou como rituais.

A descoberta das especiarias pelos europeus causou um tremendo impacto em seus estilos de vida. Os portugueses traziam das Índias e da China, navios abarrotados de deliciosos aromáticos como a canela, o cravo e o cardamomo, que eram comprados por pessoas de grande poder aquisitivo. Esses hábitos orientais sofisticados contribuíram para o refinamento dos europeus.

Assim como as tapeçarias dos países árabes, introduziram cores, formam e texturas às paredes cinzas dos castelos medievais.

O mesmo impacto ocorreu em relação ao vestuário, com a introdução de tecidos finos como a seda e brocados cheios de cores, brilho e maciez.  Estes elementos literalmente enlouqueceram o povo do velho mundo, possibilitando o desenvolvimento de estilos excêntricos de vestir-se, decorar  e perfumar as suas vidas.


Função Polivalente


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Muitas plantas aromáticas como a lavanda, o tomilho, a tuya, o cipreste e o pinheiro eram usadas em forma de guirlandas e festões. Além de possuírem formas agradáveis e darem um toque especial como ornamento, elas eram utilizadas principalmente por causa do seu poder anti-séptico e por seu valor antibiótico.Durante as pestes que castigaram a Europa, cortes de justiça, igrejas e outros lugares públicos só continuavam a funcionar graças aos aromáticos, que "limpavam"o ar e incensavam as roupas. Mais recentemente, dispersadores elétricos vem sendo instalados inclusive nos hospitais com enorme sucesso, diminuindo a infecção hospitalar e fazendo pacientes e funcionários compartilharem um ambiente com um astral mais pra cima.

A aromatização de casas de idosos do Reino Unido, por exemplo, vem trazendo resultados muito positivos: a maioria deles não está mais precisando tomar remédios para dormir e o número de quedas e fraturas da bacia também diminuiu consideravelmente. Ao despertarem de madrugada para ir ao banheiro sob o efeito de sedativos, os idosos tinham tortura e perda de equilíbrio. O resultado da utilização da lavanda nestas instituições vem recebendo muitos elogios de especialistas ingleses.

Jardins aromáticos tornaram-se célebres por ter dado inspiração e matéria-prima para deliciosos licores. Os monastérios possuem muitas histórias sobre essas áreas reservadas, que perfumam a habitação de freiras e padres, além de contribuir à culinária. Passeios à tarde ou pela manhã nestes paraísos de formas geométricas , cheios de fragrâncias de rosas, alecrim, lavanda, manjerona, hortelã, continuam a ser ambientes perfeitos para escutar música, meditar e refrescar a alma.

Até os ambientes de comércio já adotaram a prática de aromaterapia. Lojas de antiguidades, tapetes, roupas e grandes magazines europeus e brasileiros v6em utilizando dispersadores de aromas, que purificam e perfumam o ar. Outros estabelecimentos comerciais desenvolvem com firmas especializadas fragrâncias personalizadas, as quais, inclusive, ajudam a aumentar as vendas.

Nos EUA, a moda (Sell With Smell) "venda pelo cheiro" é uma realidade. Numa loja de peças íntimas, por exemplo, as calcinhas aromatizadas venderam muito mais rapidamente que as outras que estavam ao lado- idênticas, porém, sem cheiro.

Aproveitando os benefícios da aromatização ambiental, firmas se especializaram em fazer "terapia" de prédios e lojas "doentes". Geralmente estabelecimentos muito antigos ficam impregnados de ácaros e toda sorte de fungos, que acabam impossibilitando trabalhar ou morar em tais ambientes. Vários destes prédios tiveram de ser demolidos.

Em países como o Japão, Inglaterra, Austrália e EUA, aromas microencapsulados são dispersados dentro da tubulação do sistema de ar condicionado, durante a noite. O resultado é a recuperação da saúde dos prédios. Os funcionários relataram não ter ocorrido mais problemas de rinite e sinusite. Os proprietários observaram que gastaram menos com a pintura, pois diminuiu muito o mofo das paredes.

 

No Ambiente de Trabalho

 

A aromatização de ambientes também faz parte da vida de diversas indústrias japonesas que aderiram a esta moda empresarial. Lá, alguns dos benefícios comprovados são a melhora do humor dos empregados, queda do nível do stress, um clima mais descontraído e até um aumento de produtividade. Os digitadores da fábrica de cosméticos Shiseido , considerada a maior indústria do setor no país, aumentaram a sua capacidade de produção. A empresa usa lavanda e rosa para acalmar; o limão e o cipreste para estimular e a menta para tirar a sonolência.

A Sony e a Mitsubishi do Japão estão entre as indústrias que aderiram à prática para melhorar a qualidade de vida de seus funcionários. Algumas fábricas chegam até a dispersar uma fragrância composta por odores de plantas indicadas para preparar os trabalhadores a enfrentar o trânsito após o expediente.

A aromaterapia de ambientes com óleos essenciais tornou-se uma solução natural principalmente para locais com muita circulação de pessoas, que estão impregnados de agentes causadores da toxoplasmose, meningite, tuberculose, e pneumonia, entre outras doenças. Certos óleos, como o tea tree, extraído das folhas de uma árvore nativa da Austrália e parente do Eucalipto, tem um alto valor para a purificação do ar.

 

Cuidados Essenciais na Aromaterapia

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Crianças e Gestantes

Precauções:


Devem ser tomados cuidados especiais com crianças pequenas, gestantes e idosos.


• A aromaterapia pode ser útil durante a gravidez e o parto mas apenas sob orientação de um profissional qualificado. óleos que devem ser evitados durante a gravidez: alecrim, cedro, esclaréia, hissopo, junípero, manjericão, manjerona, mirra, poejo, sálvia, tuia, canela, erva-doce, hortelã. As doses para mulheres grávidas devem ser a metade das máximas recomendadas.


• Para crianças e bebês use quantidade extra diluídas.


• Mantenha os frascos longe do alcance das crianças.


• Mantenha os óleos longe dos olhos com leite integral e procurar ajuda médica.


• A não ser em casos indicados, não aplique óleo essencial puro diretamente na pele pois podem causar reações.


• É aconselhável fazer um teste de sensibilidade. Um desequilíbrio emocional, stress, distúrbios hormonais podem alterar a sensibilidade de uma pessoa.


• Os óleos essenciais são solventes e inflamáveis, portanto mantenham longe do fogo, plástico e madeira.


• Nunca faça uso de óleo essencial oralmente, somente sob orientação médica.


• Se tiver tomando remédios homeopáticos consulte seu médico antes de usá-los.


• No caso de hipertensão evite os óleos de alecrim, hissopo, sálvia e tomilho.


• No caso de eplepsia evitar os óleos de erva-doce, hissopo, alecrim e sálvia .


• Óleos essenciais que não devem ser usados antes da exposição ao sol: bergamota, limão, laranja, tangerina.


• Não usar um óleo essencial por mais de 3 semanas, caso seja necessário, descanse uma semana, depois retome-o.


• Não substituir os óleos essenciais por um acompanhamento médico, quando este for necessário.


• Sinergias


É o processo pelo qual a soma de suas partes formam uma nova composição, isto é, alguns óleos essenciais tem o poder de se acentuar mutuamente. As sinergias permitem que um tratamento seja preciso ao histórico do indivíduo, pois deve-se levar em conta o sintoma a ser tratado, a origem do distúrbio e os fatores psicológicos e emocionais envolvidos.


Ao preparar uma sinergia deve-se levar em conta:


Não misturar mais de 4 óleos essenciais por mistura.


Não usar óleos com efeitos opostos.
Fazer uma mistura agradável.

Doses e Proporções:
Óleo de Massagem:
40 a 50 gotas (2 ml) para 100 ml de óleo carreador (2%)

Óleo para o Rosto:


10 gotas para 30 ml de jojoba ou qualquer outro óleo carreador.
Loção:
40 gotas em 10 ml de loção neutra
Xampu ou Condicionador:
50 gotas em 100 ml de xampu ou condicionador neutro (sem perfume ou corante)
Banhos:
10 a 30 gotas por banheira cheia d'água, diluídas em um pouco de álcool, creme de leite ou mel antes de acrescentar a água.
Cremes ou Máscaras:
5 a 15 gotas por colher de sopa (10 g) de creme ou máscara facial.

Hidrossol


40 gotas de óleo essencial dissolvidas em 5 ml de álcool de cereais por 120 ml de água destilada. Mantenha sob refrigeração e agite antes de usar.

Aromaterapia e Gravidez


Auxílio na Gestação

Por meio de massagens ou banhos, os óleos essencias usados sob orientação de um especialista tornam-se coadjuvantes no auxílio de uma gestação mais tranquila.


Todos os momentos da vida são mais prazerosos quando podemos contar com o auxílio da "Mãe Natureza". Essa relação harmoniosa torna-se mais estreita, no momento em que a mulher inicia a geração de um novo ser. O uso dos óleos essenciais na fase de gestação é um recurso adicional ao bem estar da mãe e do feto, através de massagens e banhos, desde que a aplicação seja feita com orientação de um especialista.


A restrição à adoção de alguns óleos durante os primeiros meses de gravidez deve-se ao fato que são compostos químicos altamente concentrados. Em cada gota existe uma grande quantidade de substâncias, que em contato com a pele ou pelo sistema olfativo, acabam caindo na corrente sanguínea. Por mais gostoso que possa parecer o aroma, a sua utilização prejudicará a mãe e o bebê.


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As essências mais tóxicas possuem elementos químicos, que podem ocasionar contrações, e consequentemente abortos;alterar a pressão sanguínea e até mesmo envenenamento em situações extremas. Os óleos essenciais que possuem propriedades "emenagogas" também são contra-indicados à gestante, porque induzem à menstruação. Com o uso frequente, o fígado e os rins sofrem prejuízos. Portanto, a aromaterapia para crianças, gestantes, epiléticos, idosos e bebês deve ser sempre acompanhada por um profissional habilitado. Entre os mestres da Aromaterapia, podemos seguir as orientações de Patrícia Davis (pesquisadora, terapeuta e diretora da Escola de Aromaterapia de Londres e uma das fundadoras da Federação Internacional de Aromaterapeutas). A especialista faz restrição do uso dos seguintes óleos essenciais durante a gravidez.


Óleos Essenciais considerados tóxicos


Alecrim, Anis, Arnica, Artemísia, Bétula, Cânfora, Cedro, Cipreste, Erva-Doce, Sálvia Esclaréia, Hissopo, Hortelã-Pimenta, Jasmim, Manjericão, Manjerona, Mirra, Orégano, Poejo, Rosa, Tomilho e Zimbro.


Óleos com propriedades emenagogas


Alecrim, Camomila, Esclaréia, Hissopo, Lavanda, Manjericão, Mirra, Rosa e Zimbro (Junípero)
Apesar da Lavanda, Camomila e a Rosa serem considerados óleos "emenagogos", eles poderão ser usados em uma diluição bastante reduzida, ou seja, de 30 ml de óleo vegetal para 1 gota de  óleo essencial, após o quinto mês de gravidez. A indicação é feita a pessoas que não tenham um histórico de abortos.


É importante destacar que os óleos, por serem substâncias concentradas- a alma da planta- precisam ser diluídos. Um meio comum utilizado nas fórmulas é o óleo vegetal, que serve como carreador ou veículo, e tem propriedades terapêuticas.

As massagens suaves são outra alternativa. Recomenda-se que até o quinto mês de gestação seja apenas usado um bom óleo vegetal de Amêndoas com germe detrigo com a finalidade de combater as estrias, ao mesmo tempo que proporciona relaxamento.

Após esse período, podem ser adicionados aromas de Lavanda, Néroli, Rosas ou Gerâneo. Adota-se a proporção de uma gota de óleo essencial escolhido na quantia de óleo vegetal a ser utilizado no momento da massagem, para evitar riscos desnecessários.

Durante a gravidez, os banhos aromáticos são uma opção saudável, desde que evite-se os óleos tóxicos e água quente. O ideal é que seja utilizado um sabonete neutro ou óleo vegetal na banheira, na esponja de banho ou em uma bacia com água morna. Em seguida seleciona-se apenas um óleo essencial de cada vez, considerando suas propriedades, pingando uma gota dele sobre o sabonete neutro. O próximo passo é aproveitar o momento de relaxamento.

Outra fórmula recomendada é a adição de uma gota de óleo essencial em uma colher de sopa de óleo vegetal ( amêndoas, semente de uva ou germe de trigo), que poderá ser passada nas pernas, pés, braços, costas- exceto no abdômen. Por mais que tenhamos cuidado com as substâncias, devemos respeitar a privacidade do bebê.

A partir do sexto mês de gravidez, os óleos essenciais colaboraram ainda mais na prática de cuidados gerais em relação à saúde, reduzindo dores nas costas, nas pernas e no cansaço de forma geral. Esse equilíbrio pode ser conquistado com os óleos essenciais citados acima, sempre tomando-se o cuidado em manter a diluição adequada.

Grandes benefícios são originados com o uso dos óleos essenciais durante a gravidez; para tanto, o mais adequado é procurar a orientação de um aromaterapeuta. Vale ressaltar  que uma gestação acompanhada de um tratamento especializado irá proporcionar bem-estar à mulher e garantir um bebê mais tranquilo ao nascer.


Dicas para Banhos e Massagens


Lavanda ou Gengibre- a cada dois ou três dias, quando houver predisposição a enjôos.


Tangerina ou Grapefruit- auxilia na fadiga causada pelas mudanças hormonais; devolve a alegria e o bom humor.


Camomila- ajuda no relaxamento, diminui o estresse e proporciona leveza


Erva-Doce- Após o nascimento, auxilia o aumento do fluxo de leite


Gerânio e Lavanda- Ajuda a aliviar cansaços na região das pernas, inchaços e dores lombares.


Neroli- aplicado na prevenção de estrias- após o quinto mês.


Limão- para problemas circulatórios.


Rosa- ajuda a atenuar a ansiedade e outros problemas emocionais.

História da Aromaterapia
Antiga e moderna

Não podemos datar com exatidão a primeira extração por destilação do que chamamos de "óleos essenciais". O objetivo das primeiras destilações feitas teria sido inclusive de extrair-se álcool do vinho, o chamado "espírito" presente no mel fermentado.

Provavelmente isto data do período posterior ao dilúvio, de acordo com as escrituras hebraicas. Há alguns milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas eram empregados para embalsamar cadáveres, em cerimônias religiosas ou sacrifícios e nenhum documento que permaneceu, fala com exatidão do uso de óleos essenciais isolados.

Os mais antigos relatos sobre o uso de produtos naturais estão presentes nos livros em sânscrito dos Ayurvedas (há mais de 2.000 A.C.). A partir disto nós podemos concluir que os hindus conheciam a fermentação, rudimentares aparatos de destilação e os produtos destilados, no caso óleos essenciais, resultantes deste processo. Cálamo e capins do gênero andropogon (capim limão, cidreira, citronela, vetiver, etc), espicanardo, mirra, etc, em meio a mais de 700 substâncias aromáticas são citados. Eles eram provavelmente extratos alcoólicos (não óleos essenciais puros) e não eram empregados simplesmente como perfumes, mas possuíam usos, segundo o Rig Veda, tanto em cerimônias religiosas, quanto num sentido terapêutico.

Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o reinado de Nero, escreveu um trabalho sobre "matéria médica", que foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens da invenção da destilação depois que notou as possibilidades médicas das águas destiladas (hidrossóis). Concluiu que o Egito teria sido o berço da arte da destilação, apesar de existirem poucas referências atuais disso. Os antigos persas e egípcios isolaram vários perfumes e conheciam os óleos essenciais de terebintina (madeira de pinheiro) e resina de mastique, sem dúvida o primeiro óleo essencial, obtido a partir da destilação a seco. Referências em manuscritos datados de 2000 A.C. falam de "finos óleos, perfumes e os incensos de templos usados para a adoração de Deus". Eles queimavam olíbano ao nascer do sol oferecendo ao Deus sol, Rá, e mirra que era oferecido à lua. Vasos de alabastro encontrados em antigas tumbas dos faraós continham óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 atrás. Os egípcios empregaram gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres, eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por seus preparados de ervas.

Muitas evidências mostram que os chineses também teriam utilizado ervas e compostos aromáticos durante o mesmo período que os egípcios. O livro de ervas de Shen Nung é o mais antigo livro médico chinês que data de 2.700 A.C e que dá estas referências. Também o livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo, da China, fala sobre o uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos destes empregados não só terapêuticamente, mas inclusive em cerimônias religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.

Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste seu conhecimento dos gregos. Dioscorides, Plínio e Galeno mencionam isso em seus escritos. O primeiro dos documentos escritos sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX, onde descrevia a destilação a seco e a hidrodestilação.

Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste e Arábia e um físico conhecido como Avicena que viveu de 980 D.C. a 1037 D.C. acabou sendo reconhecido por ter sido o primeiro a ter utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de rosas, contudo levou-se muitos anos para que o método fosse aperfeiçoado adequadamente.

Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias naturais do que os árabes. Os doutores árabes e alquimistas inventaram a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados. A primeira descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século XIII onde relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram inicialmente maceradas em "l'eau de vie" ou fermentadas em água (devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era feita ao fim do processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas. No mesmo século muitos óleos essenciais como amêndoas amargas, arruda, canela, sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez. Em fins dos séculos XV Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A intenção das destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.

Mas todas estas destilações eram intensamente alcoólicas e eles não tinham nenhuma idéia sobre óleos essenciais verdadeiramente "puros". Depois de um grande número de publicações a respeito da arte da destilação, nós tivemos que esperar até 1563 quando Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das aromáticas águas destiladas.

Foi somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas primeiras aplicações e sua introdução no comércio. A partir disso a aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo.

O termo em si, "aromaterapia" teria sido criado por um químico francês em 1928 e que se chamava Maurice René de Gattefossé. Gattefossé veio a ficar fascinado pelas possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais a partir de uma experiência pessoal com o óleo de lavanda. Até então Gattefossé utilizava os óleos essenciais em seus produtos e criações com o objetivo de perfumá-los, mas sem nenhum fundamento terapêutico. Ocorreu que ao estar fazendo uma destilação em seu laboratório, houve um acidente onde o produto que era inflamável caiu em seus braços causando uma séria queimadura. Num ato sem pensar ele mergulhou seus braços numa tina de lavanda, que pensava ser de água e percebeu imediatamente que a sensação de dor logo passou.

Em poucos dias o machucado havia sarado e no lugar da queimadura não ficou nenhuma cicatriz. Isto o levou a se interessar em pesquisar as possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais. Ele também descobriu que muitos óleos essenciais são mais efetivos em sua totalidade do que seus ingredientes ativos isolados ou sintetizados. No início de 1904 Cuthbert Hall já havia demonstrado que o poder antiséptico do óleo de eucalipto globulus em sua forma natural era muito mais forte do que seu principal constituinte e princípio ativo isolado, o eucaliptol (= cineol).

Outro importante trabalho e que lançou no mercado a "terapia através dos óleos essenciais", foi um livro escrito pelo Dr. Jean Valnet, que havia estudado as pesquisas de Gattefossé e iniciado então suas experiências com os óleos essenciais.

Durante a Segunda Guerra Mundial, O Dr. Valnet serviu como médico na Frente Armada Francesa nas muralhas da China. Ao tratar das vítimas, teria ele ficado sem antibióticos, o que o levou a tentar fazer uso dos óleos essenciais. Para seu espanto, eles possuíam um poderoso efeito em reduzir e parar com os processos infecciosos, estando assim, o Dr. Valnet, possibilitado de salvar muitos soldados que de outro modo morreriam sem os antibióticos. Também teria ele empregado os óleos essenciais como parte de um programa através do qual tratou com sucesso desordens médicas e psiquiátricas e estes resultados foram publicados em 1964 no livro "aromatherapie".

O Dr. Valnet teve dois estudantes que estiveram trabalhando junto a ele e que ficaram responsáveis, após sua morte, pela divulgação de seu trabalho: Dr. Paul Belaiche e Dr. Jean Claude Lapraz. Eles descobriram que os óleos essenciais contêm propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antissépticas, sendo também poderosos oxigenadores com a habilidades de agir como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células do corpo.

Outra personalidade de destaque durante o período foi Margaret Maury (1895-1968), bioquímica que estudou o trabalho de Valnet e foi a pioneira em introduzir a visão holística dentro da aromaterapia, criando assim um método de aplicação dos óleos pela massagem e de acordo com as características temperamentais e de personalidade de seus clientes. O trabalho combinado de Margaret Maury e Jean Valnet criaram a aromaterapia hoje empregada em todo o mundo.

Também ao longo do tempo, junto ao crescente interesse pela área, cresceu também a indústria de sintéticos (essências) que domina hoje o mercado no mundo todo. Ao mesmo tempo que contribuiu para uma maior divulgação da aromaterapia (através de um intenso marketing), também prejudicou e degradou a utilização e uso terapêutico dos óleos essenciais. Isso porque produtos sintéticos não podem ser comparados a produtos naturais em seus efeitos terapêuticos, o que conforme falamos anteriormente foi observado por Gattefossé e Cuthbert Hall.

Fontes: http://www.bioessencia.com.br/aromaterapia.html
http://www.orientacoesmedicas.com.br/medicinaalternativa.asp
http://www.planetanatural.com.br/
http://www.aromalandia.com.br/historia.htm