VERDADES INCONVENIENTES

A TV Antieducativa - Parte 5

tv 396.2 A educação no lar - Baseado no que foi visto acima, pode-se concluir que a educação no lar deve seguir certas diretivas para que seja sadia e efetiva: a) Respeito à idade e maturidade de cada criança. Nesse sentido, a Pedagogia Waldorf parece-me dar a conceituação mais profunda e abrangente no sentido de se saber o que é mais apropriado para cada idade. Minha filha mais velha foi com seus filhos ainda mais rigorosa nesse sentido do que nós; por exemplo, ela não deixava que segurássemos as mãozinhas de nossos netinhos para que eles se erguessem, dizendo que os nenês iriam fazê-lo sozinhos quando tivessem o impulso para isso, a coordenação motora e a musculatura suficientes. Ela estava absolutamente correta. O caso mais triste em relação a isso é usar o 'andador', em que a criança não tem no início nem capacidade para ficar sentada, quanto mais em pé, e acaba 'remando' com os pezinhos, em vez de andar.

A TV Antieducativa - Parte 4

tv 295.19 Condicionamento e não informação - Como vimos no capítulo 3, o estado normal de um telespectador é de sonolência, ou semi-hipnótico, e tudo o que é visto e ouvido fica essencialmente gravado no subconsciente ou mesmo no inconsciente profundo, não podendo ser lembrado conscientemente. Naquele capítulo, foi descrita uma experiência que qualquer um pode fazer para comprovar isso: deixar alguém assistir o noticiário nacional e perguntar depois quais notícias assistiu; em geral as pessoas lembram de pouquíssimas notícias. Com isso, a TV acaba condicionando, muito mais do que informando, pois a aquisição de informação exige que ela permaneça no consciente, possa ser lembrada e se possa refletir sobre ela e criticá-la. No item 5.18 foi mostrado como a TV é o veículo ideal para a propaganda, que justamente procura condicionar a pessoa a ter vontade de comprar algum produto.

A TV Antieducativa - Parte 3

tv 225.12 Confusão de fantasia com realidade - Um dos problemas sérios dos aparelhos com tela é que somente ao redor de 8 anos as crianças começam realmente a distinguir fantasia de realidade (Spitzer 2005). Portanto, tudo o que vêem, em particular na TV, é tomado como algo que pode ser real. Até mais ou menos os 9 anos as crianças são extremamente abertas ao mndo, isto é, não desenvolveram um grau tal de autoconsciência que as isole das suas vivências e lhes permitam encará-las objetivamente.

A TV Antieducativa - Parte 2

tv 11 colesterol5.2 Riscos de doenças - Além do aumento de peso e obesidade, o que por si só já provoca vários problemas de saúde, a TV aumenta o risco de se ter várias doenças, como foi comprovado por inúmeras pesquisas. Por exemplo, N. Wong e colaboradores (1992) verificaram que crianças e jovens que assistem muita TV tem muito maior chance de ter colesterol aumentado, e que o consumo de TV é o fator, dentre os estudados, que tinha maior valor de previsão para o nível de colesterol. Hancox, Milne e Poulton (2004), já citados acima, também detectaram uma correlação entre consumo de TV e aumento do colesterol. Eles verificaram ainda que, quanto maior o consumo de TV em criança, menor a resistência na idade adulta a testes ergométricos.